segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Burnout entre Enfermeiros e Médicos - Um Estudo que não podes Perder

O Burnout entre Enfermeiros e Médicos (e eu diria também Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos) tem agora um novo estudo, português, que importa conhecer, discutir e refletir.

Publicado na última edição da Acta Médica Portuguesa, pode ler-se que a nível nacional, 47,8% dos médicos e enfermeiros inquiridos apresentavam níveis de burnout elevados e que 21,6% exibiam sintomas moderados desta síndrome que combina a exaustão física e emocional, a perda de realização profissional e a despersonalização (incapacidade de empatia, cinismo).

É um estado de desgaste extremo, de quase colapso, que, além de atingir o próprio, afecta de forma significativa a relação médico-doente (empatia) e a qualidade dos cuidados de saúde prestados.”

Pode ler-se ainda que “a ocorrência da síndrome de burnout em profissionais de saúde portugueses é frequente, estando associada à percepção de más condições de trabalho e à menor duração do tempo de serviço. A incidência de burnout apresenta diferenças regionais que podem estar associadas ao aumento do stress imposto pelo exercício da profissão em condições sub-ótimas para a prestação dos cuidados de saúde.

Os resultados alertam para a necessidade de intervenções para melhorar as condições de trabalho e formação inicial dos profissionais de saúde de forma a garantir a qualidade do serviço prestado aos utentes e o bem-estar pessoal destes profissionais.”

Um estudo que não podes perder. Faz AQUI o download do texto integral do estudo.

Fernando Barroso
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7 comentários:

  1. Olá.
    ...e obviamente que este «estado de coisas» trará repercussões mais ou menos graves na Segurança dos Doentes....
    Cumprs
    Augusto

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  2. Se este estudo e os seus resultados, para mais nada servirem, serviu pelo menos para que todos os telejornais ontem tivessem abordado o tema.
    Cumprs
    Augusto

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    Respostas
    1. Espero que sirva para mais do que isso Augusto.
      Era importante que os Serviços de Saúde Ocupacional e as Comissões de Trabalhadores das Instituições de Saúde se interessassem (ativamente) pelo problema e construíssem soluções conjuntas. Não podemos esperar que sejam apenas os Conselhos de Administração (apesar das evidentes responsabilidades)a resolver tudo.

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  3. A colheita da amostra para este estudo foi realizada entre 2011 e 2013. Julgo que estes últimos anos com aumento da carga de trabalho (dotações menos seguras), aumento do horário de trabalho, pior qualidade dos dispositivos médicos, doentes cada vez mais graves (porque toda a situação social do país se reflete no estado de saúde da população), não terá contribuído em nada para melhorar os resultados.

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