Publicado na última edição da Acta Médica Portuguesa, pode ler-se que a nível nacional, 47,8%
dos médicos e enfermeiros inquiridos apresentavam níveis de burnout elevados
e que 21,6% exibiam sintomas moderados
desta síndrome que combina a exaustão física e emocional, a perda de realização profissional e a despersonalização (incapacidade de empatia, cinismo).
É um estado de desgaste extremo, de quase colapso, que, além de
atingir o próprio, afecta de forma significativa a relação médico-doente
(empatia) e a qualidade dos cuidados de saúde prestados.”
Pode ler-se ainda que “a ocorrência
da síndrome de burnout em profissionais de saúde portugueses é frequente, estando associada à
percepção de más condições de trabalho
e à menor duração do tempo de serviço. A incidência de burnout apresenta
diferenças regionais que podem estar associadas ao aumento do stress imposto
pelo exercício da profissão em condições
sub-ótimas para a prestação dos cuidados de saúde.
Os resultados
alertam para a necessidade de intervenções para melhorar as condições de trabalho e formação inicial dos profissionais de saúde de forma a garantir a qualidade do serviço prestado
aos utentes e o bem-estar pessoal destes profissionais.”
Um
estudo que não podes perder. Faz AQUI o download do texto integral do estudo.
Fernando Barroso
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Olá.
ResponderEliminar...e obviamente que este «estado de coisas» trará repercussões mais ou menos graves na Segurança dos Doentes....
Cumprs
Augusto
O pior é que tenho a "certeza" de que já está a ter...
EliminarGostei imenso, bom trabalho!
ResponderEliminarObrigado David.
EliminarSe este estudo e os seus resultados, para mais nada servirem, serviu pelo menos para que todos os telejornais ontem tivessem abordado o tema.
ResponderEliminarCumprs
Augusto
Espero que sirva para mais do que isso Augusto.
EliminarEra importante que os Serviços de Saúde Ocupacional e as Comissões de Trabalhadores das Instituições de Saúde se interessassem (ativamente) pelo problema e construíssem soluções conjuntas. Não podemos esperar que sejam apenas os Conselhos de Administração (apesar das evidentes responsabilidades)a resolver tudo.
A colheita da amostra para este estudo foi realizada entre 2011 e 2013. Julgo que estes últimos anos com aumento da carga de trabalho (dotações menos seguras), aumento do horário de trabalho, pior qualidade dos dispositivos médicos, doentes cada vez mais graves (porque toda a situação social do país se reflete no estado de saúde da população), não terá contribuído em nada para melhorar os resultados.
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