domingo, 15 de dezembro de 2024
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Se a AUDITORIA é uma FARSA, então não faças!
Em conversa informal com uma formanda do curso de auditoria
clínica, ela comentou:
- Quando se faz auditoria à higiene das mãos, os
profissionais ainda gozam e fazem um teatro a cumprirem as boas práticas.
Quando ninguém está a auditar, muitos deixam de higienizar as mãos
Este tipo de atitude é revelador do nível de cultura de
segurança do doente deste serviço.
As boas práticas existem suportadas em saber científico e na
melhor evidência e prática clínica.
Saber como se deve proceder e não o fazer é um ato
negligente, que coloca em risco o doente.
Não basta fazer bem algumas vezes. Temos de fazer bem sempre.
Para ultrapassar esta dificuldade há que encontrar outras
formas de auditar, menos exuberantes, para conseguir recolher evidências da
realidade, e com os seus resultados consciencializar os profissionais.
Também não devemos esquecer a necessidade de uma maior
intervenção do superior hierárquico, que detém responsabilidades específicas na
defesa e garantia da segurança do doente, sempre que isso se revelar necessário.
Não basta defender uma cultura de segurança também
temos de implementar uma cultura justa. Saber elogiar quem cumpre e
penalizar quem simplesmente “não quer saber”.
Se a AUDITORIA é uma FARSA, então não faças!
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente
Fernando Barroso
https://fernandobarroso.gumroad.com/
sábado, 3 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
Controlo de Infeção! O que é isso? | #SD467
São 8h15m e estou no meu armazém clínico a fazer o pedido de reposição do material. Porta aberta.
Alguém me chama:
"Enfermeiro, enfermeiro…"
Volto-me e vejo a pessoa à minha frente.
Uma senhora (+/- 50 anos) que nunca vi antes.
Profissional da casa (?)
Vestia fato verde (tipo bloco)
Não tem cartão de identificação
Cabelo comprido, solto
Brincos (pendentes - à espanhola)
Unhas de gel de cor laranja fluorescente
Pintura no contorno dos olhos a condizer
Pulseiras em ambos os punhos
Relógio de pulso
Anéis, vários (claro)
Quase não consigo concentrar-me na pergunta que me está a fazer.
Tenho dificuldade em “olhar” para além de tanto “ruido”. Logo eu que já falei tanto nisto (Link AQUI)
Penso para comigo próprio - Como é que um profissional de saúde, seja lá quem for, consegue prestar cuidados de saúde a um doente, cumprindo as precauções básicas de controlo de infeção, desta forma?
Provavelmente não consegue!
Todos os que trabalham no setor público da saúde sabem bem como somos mal pagos pelo trabalho que fazemos, mas quando encontro pessoas como descrito acima, percebo que alguns de nós até ganham de mais para aquilo que fazem.
E tudo isto interfere com a Segurança do Doente de forma direta e indireta.
"Podem ainda não estar a ver as coisas à superfície, mas por baixo já está tudo a arder" (Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio)
Falamos, discutimos e insistimos com formação sobre higiene das mãos e outras Precauções Básicas De Controlo De Infeção
Somos até capazes de exigir a alguns grupos profissionais que cumpram com as orientações.
Mas outros há que nada querem saber, que nada fazem para melhorar, e que nunca serão responsabilizados por isso
Por favor, aprende mais sobre “Segurança do Doente”.
Podes começar por aqui: Minicurso On-line: Segurança Do Doente (Conceitos Base)
Pode fazer toda a diferença na vida de um doente.
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente
Fernando Barroso
sábado, 5 de junho de 2021
Um Software que avalia - em tempo real - a técnica de higiene das mão | #SD418
Um software que avalia em tempo real a técnica de higiene das mãos, informando o trabalhador do seu resultado...
Parece bom demais para ser verdade... Mas é, e já tem uns aninhos.
Esta informação chegou-me através do Enfermeiro Joaquim Almeida, a quem agradeço.
Fica aqui a partilha.
Link para o video: https://dai.ly/xzr28u
Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
A Importância das visitas ao Doente Internado | #SD404
A Pandemia COVID-19 veio impor a todos nós medidas extraordinárias. Uma delas foi a restrição das visitas aos doentes internados (em hospitais, unidades de cuidados continuados, lares de 3ª idade).
A medida, de elementar lógica epidemiológica, trouxe consigo muita ansiedade e desespero para aqueles que tinham nestas visitas um contato com a “vida” e uma hipótese de aliviar um pouco o seu sofrimento.
Voltar a permitir visitas nas Unidades Hospitalares é uma medida de elementar justiça, ética e moral. É isso que a recente Orientação DGS nº 038/2020 de 17/12/2020 vem propor (clica no link para ler a norma).
Mas são muitos os desafios de segurança do doente que se
colocam.
A Orientação refere inúmeros
aspetos a respeitar. Por exemplo, a visita
terá de:
- Manter o distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde;
- Conhecer e aplicar a Etiqueta respiratória;
- Utilizar corretamente a máscara cirúrgica;
- Higienizar frequentemente as mãos.
Mas existem muitos outros aspetos a considerar, que implicam a realização de um ensino à visita (a maioria só sabe o que vê nas redes sociais e sabemos como essa informação pode ser distorcida).
A visita vai ter de ser orientada acerca de que circuito
deve seguir, como efetuar a higiene das mãos, e como deve usar a máscara, mas também
onde pode ou não tocar (não pode em nada), que instalações sanitárias podem
usar...
Como fazer? Deixo algumas sugestões:
Promover o ensino e o envolvimento da Visita. O ideal seria
realizar um pequeno vídeo educativo.
Um PowerPoint que depois é transformado em vídeo e é apresentado antes da
visita ocorrer (embora nem todos tenham este recurso).
Construir um folheto
orientador (simples) com as recomendações que a visita deve cumprir (usar
imagens simples e pouco texto – Apostar no que a visita tem de saber e tem de
fazer. O folheto deve ser simples (não sei se já tinha dito que deve ser
simples).
Antes da visita entrar, perguntar – Para a segurança do seu
familiar/amigo eu quero ter a certeza de que compreendeu as regras, por isso,
pode por favor dizer-me quais são as regras que vai cumprir?
Com esta estratégia (Teache-back) estamos a confirmar a
informação que foi compreendida pela visita e poderemos corrigir o que for
necessário.
Criar um documento de registo simples (documento em A4) que permita
registar (conforme a Orientação sugere) a identificação da data, hora, e nome
do doente visitado, bem como nome e contacto telefónico do visitante. Cada
Serviço terá de decidir onde e como guarda e depois elimina esta informação.
Caberá a cada Instituição definir em concreto as suas
regras, mas há um aspeto essencial – Para
a pessoa doente, a possibilidade de ter uma visita é absolutamente fundamental
(digo isto com experiencia própria), e
tudo devemos fazer para que tal ocorra.
E tu, na tua Instituição/Serviço, que estratégias são usadas
e que possas aqui partilhar para que todos possam aprender com as diferentes
experiencias?
Fernando Barroso
sábado, 22 de fevereiro de 2020
Curso/Video Formativo OMS sobre o Coronavírus nCoV | (#SD378)
Página original: https://openwho.org/courses/introduction-to-ncov
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Kit Protecção para o Coronavírus | (#SD377)
O novo cononavírus 2019-nCoV volta a colocar-nos em alerta.
Uma das forma de nos prepararmos é possuir nos nossos Serviços, Kit's de protecção, previamente preparados.
Basta ter o material necessário e juntá-lo, por exemplo, num simples saco plástico com a indicação do seu conteúdo (de acordo com as recomendações actualmente existente).
Depois basta definir um local - identificado - que seja do conhecimento de toda a equipa multidisciplinar.
De forma complementar, deve ser promovida informação/formação é equipa.
No meu serviço, os Kits de protecção tem este aspecto:
![]() |
Kit protecção Coronavírus (frente) |
![]() |
Kit protecção Coronavírus (verso) |
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Relatório Actividades PPCIRA - DGS | (#SD330)
sábado, 15 de dezembro de 2018
Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos | PNSD-15-20 | (#SD328)
- Monitorizar as infeções associadas a cuidados de saúde, o consumo de antibióticos em ambulatório e em meio hospitalar e a resistência a antibióticos
- Reportar anualmente à Direção-Geral da Saúde os resultados das monitorizações realizadas.
- Cumprir com as recomendações básicas de controlo de infecção;
- Garantir práticas adequadas de isolamento;
- Formar os Profissionais e educar Doentes e Famílias.
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
NOVEMBRO - Mês do Antibiótico | 2018 | (#SD324)
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 6 | (#SD314)
domingo, 7 de outubro de 2018
10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 4 | (#SD312)
sexta-feira, 4 de maio de 2018
sábado, 31 de março de 2018
ORIENTAÇÃO DGS Nº 001/2018 - SARAMPO: Controlo de Infeção em unidades de saúde | Segurança do Doente 288
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
INFEÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS COM CATETER VESICAL | Desafios à implementação da norma da DGS | SD274
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
DGS divulga NORMA | Prevenção e Controlo Ambiental da bactéria Legionella em Unidades de Saúde
DGS divulga a Norma nº 024/2017 de 15/11/2017
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Antibióticos: Use-os com cuidado! - Dia Europeu e Semana Mundial dos Antibióticos 2017 | SD273
- As infecções causadas por bactérias resistentes provocam 700.000 mortes anuais no mundo inteiro.
- Novas estirpes resistentes, em particular bactérias Gram negativas, têm-se tornado emergentes.
- Estas infeções causam um acréscimo de 10.000 a 40.000€ por doente.
- Entre 30 a 50% dos antibióticos são incorretamente prescritos.
- Se nada for feito, estima-se que em 2050 morram 10 milhões de pessoas em todo o mundo por infecções causadas por bactérias resistentes.
A RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA CADA VEZ MAIS GRAVE
- Evolução preocupante dos Gram negativo resistentes, em particular das Klebsiellas resistentes aos Carbapenemos.
- Portugal continua na linha da frente no MRSA, VRE e Acinetobacter resistente aos carbapanemos, embora em melhoria.
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Fonte: EARS-Net, 2016 |
COMO PROMOVER O USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS?
- Não use antibióticos em colonizações bacterianas ou infecções virais.
- Não peça uroculturas por rotina sem que exista suspeita clínica de infecção urinária. Muitos utentes estão colonizados com bactérias e não requerem terapêutica.
- Não prescreva antibióticos para bacteriúrias assintomáticas (exceto situações específicas).
- Evite prescrever empiricamente carbapenemos, quinolonas e cefalosporinas de 3ª geração, as quais estão associadas à emergência de Gram negativos produtores de ESBL ou resistentes aos carbapenemos, além de MRSA e Clostridium difficile.
- A maioria das infeções trata-se com uma duração máxima de 7 dias de terapêutica.