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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Se a AUDITORIA é uma FARSA, então não faças!

Em conversa informal com uma formanda do curso de auditoria clínica, ela comentou:

- Quando se faz auditoria à higiene das mãos, os profissionais ainda gozam e fazem um teatro a cumprirem as boas práticas. Quando ninguém está a auditar, muitos deixam de higienizar as mãos

Este tipo de atitude é revelador do nível de cultura de segurança do doente deste serviço.

As boas práticas existem suportadas em saber científico e na melhor evidência e prática clínica.

Saber como se deve proceder e não o fazer é um ato negligente, que coloca em risco o doente.

Não basta fazer bem algumas vezes. Temos de fazer bem sempre.

Para ultrapassar esta dificuldade há que encontrar outras formas de auditar, menos exuberantes, para conseguir recolher evidências da realidade, e com os seus resultados consciencializar os profissionais.

Também não devemos esquecer a necessidade de uma maior intervenção do superior hierárquico, que detém responsabilidades específicas na defesa e garantia da segurança do doente, sempre que isso se revelar necessário.

Não basta defender uma cultura de segurança também temos de implementar uma cultura justa. Saber elogiar quem cumpre e penalizar quem simplesmente “não quer saber”.

Se a AUDITORIA é uma FARSA, então não faças!


UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente
Fernando Barroso
https://fernandobarroso.gumroad.com/


segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Controlo de Infeção! O que é isso? | #SD467

São 8h15m e estou no meu armazém clínico a fazer o pedido de reposição do material. Porta aberta.

Alguém me chama:

"Enfermeiro, enfermeiro…"

Volto-me e vejo a pessoa à minha frente.

  • Uma senhora (+/- 50 anos) que nunca vi antes.

  • Profissional da casa (?)

  • Vestia fato verde (tipo bloco)

  • Não tem cartão de identificação

  • Cabelo comprido, solto

  • Brincos (pendentes - à espanhola)

  • Unhas de gel de cor laranja fluorescente

  • Pintura no contorno dos olhos a condizer

  • Pulseiras em ambos os punhos

  • Relógio de pulso

  • Anéis, vários (claro)

Quase não consigo concentrar-me na pergunta que me está a fazer.

Tenho dificuldade em “olhar” para além de tanto “ruido”. Logo eu que já falei tanto nisto (Link AQUI)

Penso para comigo próprio - Como é que um profissional de saúde, seja lá quem for, consegue prestar cuidados de saúde a um doente, cumprindo as precauções básicas de controlo de infeção, desta forma?

Provavelmente não consegue!

Todos os que trabalham no setor público da saúde sabem bem como somos mal pagos pelo trabalho que fazemos, mas quando encontro pessoas como descrito acima, percebo que alguns de nós até ganham de mais para aquilo que fazem.

E tudo isto interfere com a Segurança do Doente de forma direta e indireta.

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superfície, mas por baixo já está tudo a arder" (Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio)

Falamos, discutimos e insistimos com formação sobre  higiene das mãos e outras Precauções Básicas De Controlo De Infeção

Somos até capazes de exigir a alguns grupos profissionais que cumpram com as orientações.

Mas outros há que nada querem saber, que nada fazem para melhorar, e que nunca serão responsabilizados por isso

Por favor, aprende mais sobre “Segurança do Doente”.

Podes começar por aqui: Minicurso On-line: Segurança Do Doente (Conceitos Base) 

Pode fazer toda a diferença na vida de um doente.


UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

Fernando Barroso

sábado, 5 de junho de 2021

Um Software que avalia - em tempo real - a técnica de higiene das mão | #SD418

Um software que avalia em tempo real a técnica de higiene das mãos, informando o trabalhador do seu resultado...

Parece bom demais para ser verdade... Mas é, e já tem uns aninhos. 

Esta informação chegou-me através do Enfermeiro Joaquim Almeida, a quem agradeço. 

Fica aqui a partilha.

Link para o video: https://dai.ly/xzr28u

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A Importância das visitas ao Doente Internado | #SD404


A Pandemia COVID-19 veio impor a todos nós medidas extraordinárias. Uma delas foi a restrição das visitas aos doentes internados (em hospitais, unidades de cuidados continuados, lares de 3ª idade). 

A medida, de elementar lógica epidemiológica, trouxe consigo muita ansiedade e desespero para aqueles que tinham nestas visitas um contato com a “vida” e uma hipótese de aliviar um pouco o seu sofrimento.

 

Voltar a permitir visitas nas Unidades Hospitalares é uma medida de elementar justiça, ética e moral. É isso que a recente Orientação DGS nº 038/2020 de 17/12/2020 vem propor (clica no link para ler a norma).

Mas são muitos os desafios de segurança do doente que se colocam.

 

A Orientação refere inúmeros aspetos a respeitar. Por exemplo, a visita terá de:

  • Manter o distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde;
  • Conhecer e aplicar a Etiqueta respiratória;
  • Utilizar corretamente a máscara cirúrgica;
  • Higienizar frequentemente as mãos.

 

Mas existem muitos outros aspetos a considerar, que implicam a realização de um ensino à visita (a maioria só sabe o que vê nas redes sociais e sabemos como essa informação pode ser distorcida). 

A visita vai ter de ser orientada acerca de que circuito deve seguir, como efetuar a higiene das mãos, e como deve usar a máscara, mas também onde pode ou não tocar (não pode em nada), que instalações sanitárias podem usar...

 

Como fazer? Deixo algumas sugestões:

Promover o ensino e o envolvimento da Visita. O ideal seria realizar um pequeno vídeo educativo. Um PowerPoint que depois é transformado em vídeo e é apresentado antes da visita ocorrer (embora nem todos tenham este recurso).

 

Construir um folheto orientador (simples) com as recomendações que a visita deve cumprir (usar imagens simples e pouco texto – Apostar no que a visita tem de saber e tem de fazer. O folheto deve ser simples (não sei se já tinha dito que deve ser simples).

 

Antes da visita entrar, perguntar – Para a segurança do seu familiar/amigo eu quero ter a certeza de que compreendeu as regras, por isso, pode por favor dizer-me quais são as regras que vai cumprir?

Com esta estratégia (Teache-back) estamos a confirmar a informação que foi compreendida pela visita e poderemos corrigir o que for necessário.

 

Criar um documento de registo simples (documento em A4) que permita registar (conforme a Orientação sugere) a identificação da data, hora, e nome do doente visitado, bem como nome e contacto telefónico do visitante. Cada Serviço terá de decidir onde e como guarda e depois elimina esta informação.


Caberá a cada Instituição definir em concreto as suas regras, mas há um aspeto essencial – Para a pessoa doente, a possibilidade de ter uma visita é absolutamente fundamental (digo isto com experiencia própria), e tudo devemos fazer para que tal ocorra.


E tu, na tua Instituição/Serviço, que estratégias são usadas e que possas aqui partilhar para que todos possam aprender com as diferentes experiencias?

Fernando Barroso

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#segurancadodoente

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Curso/Video Formativo OMS sobre o Coronavírus nCoV | (#SD378)

Os coronavírus são uma grande família de vírus conhecida por causarem doenças que variam entre a constipação comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

Um novo coronavírus (CoV) foi identificado em 2019 em Wuhan, China. Este é um novo coronavírus que não foi identificado anteriormente em humanos.


Este curso (da OMS) fornece uma introdução geral ao nCoV e vírus respiratórios emergentes e destina-se a profissionais de saúde pública, gestores de risco clínico e pessoal que trabalha para as Nações Unidas, organizações internacionais e ONGs.

Vídeo em inglês



Página original: https://openwho.org/courses/introduction-to-ncov

Fernando Barroso
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#segurancadodoente

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Kit Protecção para o Coronavírus | (#SD377)

A melhor forma de nos protegermos como profissionais de saúde e aos doentes que cuidados é estar preparados para enfrentar as situações de risco.

O novo cononavírus 2019-nCoV volta a colocar-nos em alerta.

Uma das forma de nos prepararmos é possuir nos nossos Serviços, Kit's de protecção, previamente preparados.
Basta ter o material necessário e juntá-lo, por exemplo, num simples saco plástico com a indicação do seu conteúdo (de acordo com as recomendações actualmente existente).

Depois basta definir um local - identificado - que seja do conhecimento de toda a equipa multidisciplinar.

De forma complementar, deve ser promovida informação/formação é equipa.

No meu serviço, os Kits de protecção tem este aspecto:
Kit protecção Coronavírus (frente)

Kit protecção Coronavírus (verso)
Cada Kit contem:

Para o Doente:
1 Máscara Cirúrgica para colocar ao Doente suspeito

Para Profissional
1 Bata impermeável com mangas, descartável
1 Toca
1 Máscara de proteção (Respirador Partículas, P2)
1 Par de óculos de proteção
1 Par de luvas tamanho M
1 Par Protetor de sapatos


E tu, como está a preparar-te no teu Serviço?
Fernando Barroso


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#segurancadodoente

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Relatório Actividades PPCIRA - DGS | (#SD330)

Este documento é o relatório de actividades do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) relativamente ao ano de 2017 e 2018.
Dele constam os principais resultados nas áreas de actuação do PPCIRA (Estratégia Multimodal de Promoção das Precauções Básicas em Controlo de Infecção, Vigilância Epidemiológica, Consumos de Antibióticos e Resistências aos Antibióticos), bem como são apresentadas as actividades desenvolvidas pelo Programa em 2018 e as que se prevêem desenvolver em 2019.
O documento chama a atenção para a necessidade de se melhorar a vigilância epidemiológica e de se investir na informação transmitida aos profissionais de saúde e aos cidadãos em geral.
Globalmente é possível referir que entre 2013 e 2017 os resultados melhoraram na área do controlo de infecção e resistência aos antimicrobianos em Portugal.
DGS

sábado, 15 de dezembro de 2018

Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos | PNSD-15-20 | (#SD328)


Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos é o 9º objetivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20

As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) dificultam o tratamento adequado do doente e são causa de significativa morbilidade e mortalidade, bem como de consumo acrescido de recursos hospitalares e comunitários. No entanto, cerca de um terço são, seguramente, evitáveis.

O controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde está associado à prevenção da resistência aos antimicrobianos. (…). Contudo, o seu uso maciço, e frequentemente inadequado, promoveu a emergência e seleção de bactérias resistentes e multirresistentes, (…).
É crescente, a nível mundial, a resistência aos antimicrobianos, existindo bactérias apenas suscetíveis a poucos antibióticos e, como tal, causadoras de infeções de tratamento extremamente difícil.

Assim, o antibiótico, essencial para a realização, em segurança, de muitas intervenções e processos de saúde e determinante do aumento da esperança de vida verificado na segunda metade do século XX, passou a estar ameaçado de perda de eficácia. Há que reduzir a pressão antibiótica, prevenindo todas as infeções evitáveis, não usando antibióticos quando não existe infeção bacteriana e reduzindo a duração da terapêutica ao mínimo indispensável para curar a infeção e evitar a recidiva.  
(…)

Portugal apresenta (…) consumo excessivo de quinolonas na comunidade, um elevado consumo hospitalar de carbapenemes, uma excessiva duração da profilaxia antibiótica cirúrgica e, provavelmente, uma excessiva prescrição e duração de terapêutica antimicrobiana.

A taxa de infeção hospitalar em Portugal é mais elevada do que a média europeia e há infeções do local cirúrgico, como a cesariana e a infeção do local cirúrgico associada a cirurgia da vesícula biliar que apresentam tendência crescente. 
(…)

A adesão dos hospitais portugueses à vigilância epidemiológica de IACS é ainda pouco significativa, sobretudo em termos de vigilância de infeção do local cirúrgico.

Na realidade, controlo de infeção e prevenção de resistências aos antimicrobianos são duas faces da mesma moeda, (…) Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, conforme Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde n.º 2902/2013, de 22 de fevereiro.

Os objetivos gerais deste Programa prioritário são a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos, (…)


METAS PARA O 9º OBJECTIVO

1) Atingir uma taxa de prevalência de infeção hospitalar de 8%.
2) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de antimicrobianos.
3) Atingir uma taxa de MRSA de 20%.
4) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de carbapenemes.
5) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de quinolonas


ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Monitorizar as infeções associadas a cuidados de saúde, o consumo de antibióticos em ambulatório e em meio hospitalar e a resistência a antibióticos
  •  Reportar anualmente à Direção-Geral da Saúde os resultados das monitorizações realizadas.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

Não haverá alterações sem uma consciência global de todos os envolvidos nas estratégias há muito conhecidas. A roda já foi inventada. É só aplicar:
  • Cumprir com as recomendações básicas de controlo de infecção;
  • Garantir práticas adequadas de isolamento;
  • Formar os Profissionais e educar Doentes e Famílias.

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

NOVEMBRO - Mês do Antibiótico | 2018 | (#SD324)


O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos alia-se ao European Centre for Disease Prevention (ECDC) e à Organização Mundial de Saúde (OMS) e lança Novembro como o mês do antibiótico.

É tempo de assumir que as infeções associadas aos cuidados de saúde e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos são um grave e crescente problema de saúde pública a nível mundial, que não deve ser ignorado face às implicações que acarreta para os utentes e para as organizações de saúde, nomeadamente o aumento da morbilidade e mortalidade, prolongamento do tempo de internamento e aumento dos custos em saúde.

Segundo dados de um estudo realizado pela Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE) e divulgado no presente mês cerca de 2,47 milhões de pessoas poderão morrer na Europa, América do Norte e Austrália entre 2015-2050 devido a infeções causadas por bactérias multirresistentes. Países como Itália, Grécia e Portugal lideram a lista dos países da OCDE com maior taxa de mortalidade prevista associada à resistência antimicrobiana e coloca-os numa situação alarmante no que diz respeito ao número de anos de vida perdidos ajustados pela incapacidade (DALYs). Politicas para promover a higienização das mãos, limpeza ambiental e programas de redução da prescrição de antibióticos permitiria salvar between 35,000 to 38,000 lives per year across the 33 countries included 35.000 a 38.000 vidas por ano nos 33 países incluídos no estudo.

Para um maior conhecimento acerca dos padrões de resistência referente a Portugal encontra-se publicado o relatório do ECDC - European Antimicrobial Resistance Surveillance Network (EARS-Net), onde se destaca o crescimento de resistência das enterobacteriáceas aos carbapenemes e uma diminuição de Staphylococcus aureus resistente à meticila (MRSA).

Neste sentido, importa combater a resistência aos antimicrobianos, adotando uma estratégia “One Health, que engloba a promoção do uso racional de antibióticos na saúde humana, na produção agrícola e pecuária e no meio ambiente.
A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica vem emitir um conjunto de orientações sobre antibioterapia propondo uma “classificação dos anti-infeciosos” em função da sua utilização – profilaxia cirúrgica, regular ou condicionada – e uma atenção particular à evolução de consumos de carbapenemos e quinolonas.

Torna-se crucial a partilha de informação junto dos profissionais de saúde e dos cidadãos, envolvendo todos nesta responsabilidade, que deve ser partilhada, no combate à prevenção de resistência aos antimicrobianos. Programas de apoio à prescrição antibiótica, campanhas de sensibilização dirigidas à população, bem como a dinamização de momentos formativos nas diversas equipas são evidência de recursos que devem ser implementados nas organizações de saúde.
Felisbela Barroso
Verónica Florêncio
Enfermeiras do Grupo Coordenador Local de Controlo de Infeção e Prevenção de Resistências aos Antimicrobianos do Centro Hospitalar de Setúbal


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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 6 | (#SD314)


10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE 
10 facts on patient safety 
Actualizado pela OMS em Março de 2018
 
Facto # 6 – As infecções hospitalares (IACS) afectam 14 em cada 100 doentes internados

Em cada 100 doentes hospitalizados num determinado momento, 7 em países de rendimento alto e 10 em países de rendimento baixo ou médio, adquirem infecções associadas a cuidados de saúde (IACS), afectando centenas de milhões de doentes em todo o mundo a cada ano.

Todos os anos, cerca de 3,2 milhões de doentes estão infectados com IACS em toda a União Europeia e um total de 37 000 deles morrem como consequência directa dessas infecções.

Medidas de prevenção e controle de infecção simples e de baixo custo, como a higiene adequada das mãos, poderiam reduzir a frequência de IACS em mais de 50%.

O que é que nos falta compreender para fazer desta uma medida obrigatória?

Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente

domingo, 7 de outubro de 2018

10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 4 | (#SD312)


10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE 
10 facts on patient safety 
Actualizado pela OMS em Março de 2018


Facto #4 - 15% dos gastos em saúde são desperdiçados a resolver aspectos relacionados com eventos adversos

Evidências recentes mostram que 15% do total da actividade e despesas hospitalares nos países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico) é um resultado directo dos eventos adversos.

Os eventos adversos mais dispendiosos, incluem o tromboembolismo venoso, úlceras por pressão e infecções.

Estima-se que o custo agregado dos danos apenas nesses países seja de triliões de dólares a cada ano.
Imagina o que não se poderia fazer na Saúde com esse dinheiro?

Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Dia Mundial da Higiene das Mãos - 4 de maio


A Higiene das Mãos é uma das principais medidas para garantir 
a Segurança do Doentes
Fernando Barroso


UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

sábado, 31 de março de 2018

ORIENTAÇÃO DGS Nº 001/2018 - SARAMPO: Controlo de Infeção em unidades de saúde | Segurança do Doente 288



A DGS publicou a 17-03-2018 a ORIENTAÇÃO DGS Nº OO1/2018 com indicações sobre o Controlo de Infeção em unidades de saúde

Nesta orientação pode ler-se:

“As instituições prestadoras de cuidados de saúde, através das direções clínicas e dos Grupo de Coordenação Regional do PPCIRA (GCR-PPCIRA) e Grupo de Coordenação Local do PPCIRA (GCLPPCIRA), devem:

a) Elevar o seu nível de suspeita clínica perante casos que possam configurar a hipótese diagnóstica de sarampo;

b) Cumprir rigorosamente as normas de isolamento adequadas à forma de transmissão preferencial do vírus em causa, medidas essas que são eficazes na prevenção da transmissão do vírus, se corretamente aplicadas – Aplicação das Precauções de Via Aérea, adicionais às Precauções Básicas de Controlo de Infeção (PBCI);

c) Assegurar prova documentada de imunidade contra o sarampo de todos os profissionais com registo de história credível de sarampo ou registo de 2 doses de vacina contra o sarampo. Não está recomendada a determinação serológica prévia à vacinação.


Fernando Barroso



UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

INFEÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS COM CATETER VESICAL | Desafios à implementação da norma da DGS | SD274

INFEÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS COM CATETER VESICAL
Desafios à implementação da norma da DGS

Resumo da apresentação nas II Jornadas da Qualidade e Segurança do Doente, decorridas no IPO de Coimbra, a 10 de novembro de 2017.
Autor: Filipe Santos | Enfermeiro – GCL-PPCIRA |Pós-graduado em Gestão de Unidades de Cuidados | Mestrando em Enfermagem

As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) têm uma taxa de prevalência de 10,5%, quase o dobro da verificada na União Europeia (UE). A taxa de incidência verificada na UE é de 6,1%. As infeções custam a cada cidadão da UE cerca de 3000€/ano.

As principais localizações das IACS, consoante a bibliografia pesquisada, são as vias respiratórias e as vias urinárias.

Os microrganismos mais frequentemente isolados são Staphylococcus áureos resistentes à meticilina (nas vias respiratórias) e Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus, Proteus sp., Klebesiella sp. e Enterococcus faecalis (nas vias urinárias).

A problemática das IACS é silenciosa e desvalorizada. Para se ter uma ideia, em Portugal, por ano, morre-se 7,2 vezes mais de IACS do que de acidentes de viação. Contas feitas, morrem diariamente 12,6 doentes devido a IACS.

A resistência aos antimicrobianos tem sido uma preocupação crescente. Acredita-se que se não forem encontrados novos antibióticos podem morrer anualmente 390000 pessoas em 2050 só na UE. Estimativas apontam para que 10000000 de pessoas em todo o mundo possam morrer devido à resistência aos antimicrobianos em 2050.

A prescrição de antibióticos perante bacteriúria assintomática não deve acontecer. Se a bacteriúria for sintomática deve ser tratada com antibiótico de baixo espectro, baseado no cultura da urina e no perfil de sensibilidade.

As infeções urinárias (IU) são das mais frequentes e aumentam em 2,4 dias o internamento de doentes cirúrgicos. 17% das bacteriemias nosocomiais são de fonte urinária e têm uma mortalidade associada de 10%. No entanto, as IU têm baixa morbilidade comparativamente a outra IACS.

De todas as IU, entre 70% a 80% são devidas à presença de cateter vesical (CV).

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Antibióticos: Use-os com cuidado! - Dia Europeu e Semana Mundial dos Antibióticos 2017 | SD273

Antibióticos: Use-os com cuidado!
Dia Europeu e Semana Mundial dos Antibióticos 2017
Artigo de Autores Convidados
Felisbela Barroso e Verónica Florêncio
O Dia Europeu dos Antibióticos consiste numa iniciativa do ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control), a agência da União Europeia para a área da Saúde. A Semana Mundial dos Antibióticos é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde.
  • As infecções causadas por bactérias resistentes provocam 700.000 mortes anuais no mundo inteiro.
  • Novas estirpes resistentes, em particular bactérias Gram negativas, têm-se tornado emergentes.
  • Estas infeções causam um acréscimo de 10.000 a 40.000€ por doente.
  • Entre 30 a 50% dos antibióticos são incorretamente prescritos.
  • Se nada for feito, estima-se que em 2050 morram 10 milhões de pessoas em todo o mundo por infecções causadas por bactérias resistentes.


A RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA CADA VEZ MAIS GRAVE

  • Evolução preocupante dos Gram negativo resistentes, em particular das Klebsiellas  resistentes aos Carbapenemos.
  • Portugal continua na linha da frente no MRSA, VRE e Acinetobacter resistente aos carbapanemos, embora em melhoria.
Fonte: EARS-Net, 2016

COMO PROMOVER O USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS?

  • Não use antibióticos em colonizações bacterianas ou infecções virais.
  • Não peça uroculturas por rotina sem que exista suspeita clínica de infecção urinária. Muitos utentes estão colonizados com bactérias e não requerem terapêutica.
  • Não prescreva antibióticos para bacteriúrias assintomáticas (exceto situações específicas).
  • Evite prescrever empiricamente carbapenemos, quinolonas e cefalosporinas de 3ª geração, as quais estão associadas à emergência de Gram negativos produtores de ESBL ou resistentes aos carbapenemos, além de MRSA e Clostridium difficile.
  • A maioria das infeções trata-se com uma duração máxima de 7 dias de terapêutica.
O ECDC propõe a utilização do seguinte instrumento para os médicos prescritores:


O ECDC lançou ainda uma campanha nas redes sociais chamada: #keepAntibioticWorking. #KeepAntibioticsWorking.

Para aceder a mais conteúdos: https://antibiotic.ecdc.europa.eu/en #KeepAntibioticsWorking.#KeepAntibioticsWorking.

Autoras:
Felisbela Barroso e 
Verónica Florêncio
Enfermeiras no Grupo Coordenador Local de Controlo de Infecção e Prevenção de Resistências aos Antimicrobianos do Centro Hospitalar de Setúbal

O Blog "Segurança do Doente" agradece a partilha à autoras deste artigo.
Dia Europeu e Semana Mundial dos Antibióticos 2017
UM DIA, SERÁS TU O DOENTE!