sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Publicado Despacho que Aprova o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026


Foi hoje publicado pelo Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde em Diário da Republica o 
Despacho n.º 9390/2021, que aprova o Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 (PNSD 2021-2026)

Podes aceder ao documento AQUI


Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 (PNSD 2021-2026)


Apresentação, no dia 17/09/2021, das linhas orientadoras do "Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026 (PNSD 2021-2026)", pelo Dr. Válter Fonseca, Diretor do Departamento da Qualidade na Saúde da Direcção Geral da Saúde

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente



sexta-feira, 17 de setembro de 2021

GUIA PRÁTICO PARA A SEGURANÇA DO DOENTE | #SD427

Há sonhos que, quando concretizados, assumem uma importância que ultrapassam os seus limites iniciais.

Este livro é um desses exemplos.

Não é um livro que conte uma história ou fantasie sobre um acontecimento.

Este livro é sobre o dia-a-dia e sobre a prática dos cuidados de saúde. É sobre fazer bem para um bem comum. É sobre a forma como podemos garantir um cuidado seguro ao doente.

Este livro é hoje, data em que é oficialmente lançado, muito mais do que aquilo que foi pensado inicialmente.

Quando decidi escrever este livro, filo por entender que era de enorme importância construir um suporte que permitisse a divulgação dos princípios da segurança do doente, ao maior número possível de profissionais de saúde, de uma forma prática e aplicável no terreno.

Foi em 2013, já passaram 8 anos, que questionei pela primeira vez os leitores do Blog Segurança do Doente sobre este assunto, tendo recebido dezenas de respostas, mas mais do que isso, um incentivo claro da sua necessidade.

Incentivado pelas respostas positivas, convidei também nesse ano para esta caminhada a minha Colega e Amiga Enfermeira Susana Ramos. Com ela iniciei as primeiras trocas de ideias. A ideia acabou por ficar um pouco adormecida até que em 2015 voltámos ao trabalho de escrever o nosso livro.

Nesta altura a Susana Ramos sugeriu agregar mais valor ao projeto, e em boa hora a Enfermeira Leila Sales aceitou juntar-se a nós nesta aventura e integrou este núcleo de Autores Principais e Coordenadores da obra.

Seguiu-se um brainstorming de todos os temas que entendemos fundamentais para o livro. Muitos dos temas eram óbvios e ficaram. Outros temas ficarão para um possível volume 2.

De seguida, e reconhecendo a necessidade a mais valia da multidisciplinaridade da obra, estendemos convites para coautoria a inúmeros profissionais que, pela sua vasta experiência e perícia, vieram acrescentar valor a esta obra que se pretende marcante, mas principalmente prática e útil no terreno.

Muito e muito obrigado a todos os coautores pela vossa entrega e abnegação em concluir connosco esta caminhada. Muito Obrigado

Encontrámos, desde o primeiro momento na Editora LIDEL, a parceria de que necessitávamos para materializar este sonho.

Fomos bem-recebidos, acarinhados e orientados ao longo do processo de organização e sequência dos capítulos, de escrita e de edição, até à construção e escolha da capa. Por todo o trabalho realizado, um agradecimento sincero à Editora LIDEL, em especial (e esperando não deixar ninguém por referir) à Manuela Néné, Ana Gaspar, Débora Jesus, Liliana Martinho, Isabel Gomes, Luísa Barata e Carlos Sequeira.

A Segurança do Doente é um desígnio para todas as organizações de saúde e será cada vez mais uma realidade presente no que se espera dos cuidados de saúde nas próximas décadas. Sem ela, não é possível alcançar cuidados de saúde de qualidade, que traduzam eficiência e equidade para todos e, consequentemente, ganhos em saúde.

Este livro destina-se a todos os profissionais que trabalham na área da saúde e apresenta, de uma forma simples, sistematizada e prática, um roteiro para a compreensão dos principais conceitos, ferramentas e desafios no âmbito da qualidade e segurança.

Convido o leitor, estudante, médico, enfermeiro, técnico de saúde, gestor ou decisor na área da saúde, a usufruir de um leque de informação e de instrumentos da área da gestão da qualidade, da literacia em saúde e da segurança dos cuidados, para que os possa enquadrar na sua realidade e contexto de trabalho, de forma a promover continuamente práticas e cuidados de saúde mais seguros.

Este livro é hoje, 17 de setembro de 2021 - Dia Mundial da Segurança do Doente - colocado à disposição de todos.

Que este livro – GUIA PRÁTICO PARA A SEGURANÇA DO DOENTE – seja útil e promotor de mais e melhor segurança do doente, porque, como não me canso de relembrar

UM DIA SERÁS TU O DOENTE

Fernando Barroso

17 de setembro de 2021

Lista de Autores do Livro



segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Um Abandono na Consulta Externa | #SD426

Hoje, uma doente com mais de 80 anos chegou ao serviço de consulta externa trazida pelos bombeiros. A doente chegou transportada numa cadeira de rodas do lar onde se encontra. Uma cadeira enferrujada, sem apoio de pés, e sem apoio de cabeça.

Uma doente, com várias comorbilidades, obesa, e com aparente falta de ar. Foi colocado oxigénio à doente.

O bombeiro não trazia qualquer documento de identificação da doente. Tinha apenas um documento do lar onde a senhora se encontra, com o seu nome a posologia da medicação que toma e o contacto do lar.

- “É sempre assim neste lar”, afirmou.

 

O Bombeiro dirigiu-se a receção e informou que ia deixar a senhora na sala de espera.

Nenhum outro acompanhante estava com a doente

 

Foi a Assistente Técnica que impediu o bombeiro de se ir embora.

- Não se deixa uma doente incapaz sozinha.

 

No sistema informático não existia qualquer consulta prevista para esta doente

Foi contactado o lar, não sabiam o que a doente vinha fazer.

 

Após alguns minutos foi possível descobrir que a doente tinha afinal agendado para hoje a colheita de sangue para análises

O que fazer?

 

A doente, aparentemente desorientada, apenas pedia um apoio para a cabeça e que o leite fosse “fresquinho”. Simplesmente não sabia onde estava.

 

Foi dada a indicação ao bombeiro para levar a senhora de volta ao lar. Sem acompanhante era impossível conseguir que a doente ficasse na central de colheitas para fazer análises. Sozinha não iria conseguir e não estava ninguém com ela. Não iria fazer as análises de que provavelmente muito necessita.

 

Por muito que os hospitais queiram, em situações como esta, a segurança do doente começa muito antes do doente chegar à instituição.


Não consigo entender este jogo do empurra, do horrível "isso não é comigo" ou do "não quero saber, não é minha responsabilidade".


Mas afinal o que é que estamos aqui a fazer?

 

Sei que muitos dirão que esta história é comum, até “habitual

Mas eu não consigo esquecer e não consigo deixar de me sentir impotente.

Telefonei à filha da doente, contei o que se tinha passado e pedi-lhe que se interessasse pela sua mãe e que a acompanhasse nestas vindas ao hospital.


Um dia seremos nós sentados naquela cadeira.


Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

domingo, 12 de setembro de 2021

Um Incidente de Segurança do Doente com uma Agulha de Costura | #SD425

 


O relato de incidente chegou, lacónico:

 “No dia mencionado neste relato de incidente, os auxiliares presentes no turno verificaram a existência de uma agulha de costura ainda com linha espetada no casaco de pijama que foi fornecido a um utente após os cuidados de higiene e conforto”

E estava acompanhado por uma fotografia

O relato informava ainda que “não tinha sido necessário prestar assistência/tratamento ao doente”


Apenas pela informação disponível no relato, não é possível afirmar com certeza se estamos perante um quase evento (near miss) – um incidente que não alcançou o doente, ou um evento sem dano – um incidente em que um evento chegou ao doente mas não resultou em danos discerníveis.

Seja como for, fica-se a pensar:

- Mas como é que uma agulha de costura, ainda com linha, é deixada num pijama? E consegue chegar até junto do doente, colocando-o em risco de uma picada acidental?


Pelo conhecimento que tenho do circuito da roupa hospitalar, posso apresentar talvez o cenário mais provável.

Na maioria das instituições de saúde, os pijamas dos doentes são submetidos a um rigoroso programa de lavagem numa empresa externa de prestação de serviços, num processo de lavagem industrial, em máquinas de lavar enormes.

O programa de lavagem é agressivo (já era antes e ficou ainda mais destrutivo para a roupa com o COVID-19).

Sistematicamente a roupa é danificada no processo, e no caso dos pijamas (e camisas de dormir), os botões são os maiores sacrificados.

Isso significa que é necessário substituir os botões em falta ou danificados. São aos milhares por ano. Este processo é realizado, normalmente, pelos serviços de rouparia da própria instituição, e não na empresa externa.

Há até hospitais que tem máquinas automáticas de pregar botões, tal é o numero de botões que tem de repor.

Para as instituições em que esse equipamento não existe, o processo é manual – com agulha e linha.

Dai a ocorrer uma falha/distração que leve ao esquecimento de uma agulha no pijama do doente, basta apenas perceber um pouco de fatores humanos, e lá segue a agulha – anónima – com o pijama para junto do doente.

Teremos agora de pensar em soluções/estratégias que evitem este tipo de incidente, mas cuja solução seja exequível e custo/aceitável.

Uma coisa é certa, a equipa de costureiras do hospital tem de ser envolvida e ouvida ,a construção da solução.


Sim, é possível um pijama com uma agulha de costura espetada ainda com linha, chegar junto do doente.

Se há coisa que aprendi, é que em Segurança do Doente, tudo pode acontecer.

Temos mesmo de estar atentos, até a agulhas de costura perdidas.

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Sessão de Lançamento do livro “Guia Prático para a Segurança do Doente” | #SD424

 

É com um enorme prazer e sentimento de orgulho que informo sobre a sessão de lançamento do livro “Guia Prático para a Segurança do Doente.


Este foi um livro muito desejado e pensado à muito tempo.

Felizmente encontrei as parceiras ideais para esta caminhada. As minhas colegas e Amigas, Susana Ramos e Leila Sales.

 

A sessão de lançamento irá contar com as intervenções dos Coordenadores da obra, Fernando Barroso, Leila Sales e Susana Ramos.


A apresentação vai estar a cargo do Professor Doutor José Fragata, autor do Prefácio do livro.

 

A sessão irá realizar-se na Cruz Vermelha Portuguesa – Palácio da Rocha do Conde d’Óbidos (Jardim 9 de abril, 1 a 5 - Lisboa), no dia 17 de setembro (sexta-feira – Dia Mundial da Segurança do Doente), às 18h15.

 

Atendendo às regras de contingência e para que possamos controlar a capacidade do espaço (150 lugares sentados), solicitamos a confirmação da sua presença através do preenchimento do formulário online, disponível em https://bit.ly/3DUNBFT  e informamos da necessidade de ser portador do Certificado Digital COVID ou de comprovativo de realização de teste rápido antigénio efetuado há menos de 48 horas. O uso de máscara é obrigatório.


Seria muito bom poder contar contigo.


Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

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