Hoje, uma doente com mais de 80 anos chegou ao serviço de consulta externa trazida pelos bombeiros. A doente chegou transportada numa cadeira de rodas do lar onde se encontra. Uma cadeira enferrujada, sem apoio de pés, e sem apoio de cabeça.
- “É sempre assim neste lar”,
afirmou.
O Bombeiro dirigiu-se a receção e informou
que ia deixar a senhora na sala de espera.
Foi a Assistente Técnica que impediu
o bombeiro de se ir embora.
- Não se
deixa uma doente incapaz sozinha.
No sistema informático não existia qualquer
consulta prevista para esta doente
Após alguns minutos foi possível descobrir
que a doente tinha afinal agendado para hoje a colheita de sangue para análises
O que fazer?
A doente, aparentemente desorientada,
apenas pedia um apoio para a cabeça e que o leite fosse “fresquinho”. Simplesmente
não sabia onde estava.
Foi dada a indicação ao bombeiro para
levar a senhora de volta ao lar. Sem acompanhante era impossível conseguir que a
doente ficasse na central de colheitas para fazer análises. Sozinha não iria conseguir
e não estava ninguém com ela. Não iria fazer as análises de que provavelmente
muito necessita.
Por muito que os hospitais queiram,
em situações como esta, a segurança do doente começa muito antes do doente chegar
à instituição.
Não consigo entender este jogo do empurra, do horrível "isso não é comigo" ou do "não quero saber, não é minha responsabilidade".
Mas afinal o que é que estamos aqui a fazer?
Sei que muitos dirão que esta história
é comum, até “habitual”
Um dia seremos nós sentados naquela
cadeira.
Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente
Olá
ResponderEliminarSim...infelizmente é uma situação recorrente, por parte dos «Lares» e pela parte dos bombeiros. Não serão todos, mas um que seja é inadmíssível.
No caso relatado, quer-me parecer que um pouco de profissionalismo dos intervenientes teria resolvido a situação sem prejuízo para a doente.
O meu aplauso pela tua atitude!
Cumprs
Augusto