terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Relatório Actividades PPCIRA - DGS | (#SD330)

Este documento é o relatório de actividades do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) relativamente ao ano de 2017 e 2018.
Dele constam os principais resultados nas áreas de actuação do PPCIRA (Estratégia Multimodal de Promoção das Precauções Básicas em Controlo de Infecção, Vigilância Epidemiológica, Consumos de Antibióticos e Resistências aos Antibióticos), bem como são apresentadas as actividades desenvolvidas pelo Programa em 2018 e as que se prevêem desenvolver em 2019.
O documento chama a atenção para a necessidade de se melhorar a vigilância epidemiológica e de se investir na informação transmitida aos profissionais de saúde e aos cidadãos em geral.
Globalmente é possível referir que entre 2013 e 2017 os resultados melhoraram na área do controlo de infecção e resistência aos antimicrobianos em Portugal.
DGS

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Empatia nos Cuidados de Saúde | (#SD329)

Para verdadeiramente "cuidar" é preciso compreender o nosso semelhante e ver além do óbvio.
Para conseguir a "Segurança do Doente", a empatia é também fundamental.


Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

sábado, 15 de dezembro de 2018

Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos | PNSD-15-20 | (#SD328)


Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos é o 9º objetivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20

As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) dificultam o tratamento adequado do doente e são causa de significativa morbilidade e mortalidade, bem como de consumo acrescido de recursos hospitalares e comunitários. No entanto, cerca de um terço são, seguramente, evitáveis.

O controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde está associado à prevenção da resistência aos antimicrobianos. (…). Contudo, o seu uso maciço, e frequentemente inadequado, promoveu a emergência e seleção de bactérias resistentes e multirresistentes, (…).
É crescente, a nível mundial, a resistência aos antimicrobianos, existindo bactérias apenas suscetíveis a poucos antibióticos e, como tal, causadoras de infeções de tratamento extremamente difícil.

Assim, o antibiótico, essencial para a realização, em segurança, de muitas intervenções e processos de saúde e determinante do aumento da esperança de vida verificado na segunda metade do século XX, passou a estar ameaçado de perda de eficácia. Há que reduzir a pressão antibiótica, prevenindo todas as infeções evitáveis, não usando antibióticos quando não existe infeção bacteriana e reduzindo a duração da terapêutica ao mínimo indispensável para curar a infeção e evitar a recidiva.  
(…)

Portugal apresenta (…) consumo excessivo de quinolonas na comunidade, um elevado consumo hospitalar de carbapenemes, uma excessiva duração da profilaxia antibiótica cirúrgica e, provavelmente, uma excessiva prescrição e duração de terapêutica antimicrobiana.

A taxa de infeção hospitalar em Portugal é mais elevada do que a média europeia e há infeções do local cirúrgico, como a cesariana e a infeção do local cirúrgico associada a cirurgia da vesícula biliar que apresentam tendência crescente. 
(…)

A adesão dos hospitais portugueses à vigilância epidemiológica de IACS é ainda pouco significativa, sobretudo em termos de vigilância de infeção do local cirúrgico.

Na realidade, controlo de infeção e prevenção de resistências aos antimicrobianos são duas faces da mesma moeda, (…) Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, conforme Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde n.º 2902/2013, de 22 de fevereiro.

Os objetivos gerais deste Programa prioritário são a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos, (…)


METAS PARA O 9º OBJECTIVO

1) Atingir uma taxa de prevalência de infeção hospitalar de 8%.
2) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de antimicrobianos.
3) Atingir uma taxa de MRSA de 20%.
4) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de carbapenemes.
5) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de quinolonas


ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Monitorizar as infeções associadas a cuidados de saúde, o consumo de antibióticos em ambulatório e em meio hospitalar e a resistência a antibióticos
  •  Reportar anualmente à Direção-Geral da Saúde os resultados das monitorizações realizadas.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

Não haverá alterações sem uma consciência global de todos os envolvidos nas estratégias há muito conhecidas. A roda já foi inventada. É só aplicar:
  • Cumprir com as recomendações básicas de controlo de infecção;
  • Garantir práticas adequadas de isolamento;
  • Formar os Profissionais e educar Doentes e Famílias.

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

domingo, 9 de dezembro de 2018

Assegurar a prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes | PNSD-15-20 | (#SD327)


Assegurar a prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes é o 8º objetivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
A OMS e a Comissão Europeia recomendam (…) o desenvolvimento de sistemas de notificação de incidentes de segurança, independentes dos sistemas de reclamações e ou disciplinares, que promovam a aprendizagem com o erro e a consequente implementação de ações de melhoria.

Recomendam, ainda, que seja garantida a confidencialidade ao notificador e o anonimato da informação notificada e reportada.

A notificação de incidentes (…) é considerada (…) uma das ferramentas para identificar os riscos, perigos e vulnerabilidades de uma organização, sendo a que melhor possibilita a partilha de aprendizagens com o erro.
(…)

A subnotificação de incidentes de segurança é uma realidade internacional, sendo, portanto, necessário melhorar, (…) o nível da cultura de notificação e de aprendizagem com o erro.
(…)

O sistema de notificação de incidentes de segurança é designado, atualmente, por “notific@” (mais sobre o notific@ aqui) (…)

O apoio à notificação por parte dos dirigentes das instituições prestadoras de cuidados de saúde, reforçando o propósito da aprendizagem organizacional com os incidentes em detrimento da identificação da autoria desses incidentes, é fundamental para aumentar a segurança dos doentes.
Só assim cada instituição pode desenhar um plano interno dos riscos clínicos e não clínicos existentes que permita implementar medidas preventivas de ocorrência de incidentes de segurança.

Do mesmo modo, é fundamental que seja dada informação de retorno ao notificador sobre a análise da notificação realizada e a descrição da implementação das respetivas medidas corretoras levadas a cabo, para que a causa que motivou o incidente não se volte a repetir. Estas medidas, por uma questão de transparência e de aumento de confiança nos serviços de saúde, devem ter visibilidade pública.

META PARA O 8º OBJECTIVO
  • Aumentar, em 20%/ano, o n.º de notificação de incidentes de segurança no notific@.

ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Promover a adesão dos profissionais à notificação de incidentes no Notific@.
  • Analisar as causas dos incidentes.
  • Implementar medidas preventivas de recorrência de incidentes.
  • Auditar, semestralmente, as práticas realizadas na análise de incidentes.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

Um incidente não notificado “não existe”!
A principal recomendação que posso fazer é a constituição de um grupo/comissão para análise dos incidentes da instituição, sempre numa perspetiva de aprendizagem e de melhoria da Segurança do Doente.

Sem este estrutura, não é possível implementar com sucesso uma “prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes”

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Campanha - Segurança do Doente do CHULC


Campanha: Segurança do Doente

A promoção de práticas mais seguras destacando o papel central do cidadão na melhoria da qualidade e da segurança dos cuidados é uma prioridade para a Organização Mundial de Saúde e Direção Geral de Saúde. Neste sentido, o envolvimento dos doentes e dos profissionais em iniciativas deste âmbito, é também uma prioridade para o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, pelo que nos últimos anos, desenvolveu várias campanhas de “Segurança do Doente” dirigidas ao cidadão e profissionais. O sucesso destas campanhas, motivou o Centro Hospitalar a ir “mais além” e para 2019 assinala este tema através da “Campanha da Segurança do Doente: Crescer Mais em Segurança do Doente”.

Temos como principal objetivo incentivar o trabalho em equipa na promoção das boas práticas nas várias dimensões da segurança do doente, envolvendo o cidadão e os profissionais de saúde. Todos somos responsáveis por garantir a segurança do doente em todos os momentos do seu percurso no Sistema Nacional de Saúde, pelo que é necessário desenvolver esforços em equipa para um caminho mais seguro.

A “Campanha da Segurança do Doente” é dinamizada pelo Gabinete de Segurança do Doente e conta com o apoio da Área de Gestão da Formação, da Associação Científica dos Enfermeiros do CHULC e da Associação Viva Mulher Viva.

Contribua também para este desafio participando no nosso evento, dia 13/12/2018 das 09h às 13h, na Sala de Conferências Dra. Lídia Gama do Hospital Dona Estefânia do CHULC.
Inscreva-se gratuitamente através do número de telefone 21 359 64 41 ou email: agformacao@chlc.min-saude.pt

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Prevenir a ocorrência de Úlceras por Pressão| PNSD-15-20 | (#SD326)


Prevenir a ocorrência de Úlceras por Pressão é o 7º objectivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
As úlceras de pressão são um problema de saúde pública mundial e um indicador da qualidade dos cuidados prestados.

As úlceras de pressão, em particular, e as feridas crónicas, em geral, causam sofrimento, aumentam a prevalência de infecções, diminuem a qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores podendo, em situações extremas, levar à morte.
(…)
As úlceras de pressão podem ocorrer não só em doentes geriátricos, mas em todos os doentes com algum ou todos os factores de risco associados.

Estes fatores (…) de risco associados são:
  • imobilidade, frequentemente associada à permanência numa (…);
  • estado nutricional,
  • integridade da pele,
  • idade
  • nível de oxigenação do sangue.


Uma úlcera de pressão pode começar a desenvolver-se em qualquer contexto assistencial, incluindo num bloco operatório ou numa unidade de cuidados intensivos.

Apesar da evidência internacional indicar que cerca de 95% das úlceras de pressão são evitáveis através da identificação precoce do grau de risco, é reconhecido que a utilização dessas práticas não é sistemática nas unidades prestadoras de cuidados de saúde.

De acordo com o International Pressure Ulcer Prevalence Survey (…)2011,
um em cada dez doentes em hospital de agudos desenvolve uma úlcera de pressão. Em unidades de cuidados continuados, o risco aumenta para cerca de um em cada quatro doentes.
  • (…) a taxa de prevalência global de úlceras de pressão foi de 10,8%
  • (…) a taxa de prevalência de úlceras associadas aos cuidados de saúde hospitalares foi de 4,5%.
  • Em unidades de cuidados continuados a taxa de prevalência foi de 8,4%.
  • (…) em doentes com idade igual ou superior a 80 anos de idade, a taxa de prevalência de úlceras adquiridas em hospital ascendeu a 7,3%
  • (…) nos doentes com idade igual ou superior a 90 anos, ascendeu para 9,6%.

A prevenção de úlceras de pressão é um desafio organizacional, pois requer uma abordagem interdisciplinar e adaptada ao risco específico de cada doente, sendo, também, necessário existir uma cultura organizacional que promova o trabalho em equipa e a comunicação eficaz.

(…) as instituições (…) devem ter
  • sistemas e estruturas de governação para a prevenção e a gestão de úlceras de pressão,
  • (…) a implementação de procedimentos e protocolos baseados na melhor evidência (…) avaliação do risco e
  • sistemas de notificação para identificar, investigar e atuar com prontidão para reduzir a frequência e a severidade das úlceras de pressão.

As instituições devem (…)
  • implementar planos de gestão do tratamento da úlcera de pressão
  • e de comunicação/educação ao doente e ao cuidador.

A identificação de fatores de risco deve realizar-se utilizando um dos instrumentos de avaliação recomendados (…) como é o caso (…) da escala de Braden e da escala de Norton. (…)

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde emitiu, em 2011, orientações sobre a avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera de pressão nos doentes, em todos os contextos assistênciais (…).

É necessário que as instituições realizem, de forma sistemática;
  • a avaliação do risco,
  • a prevenção e o
  • tratamento das úlceras de pressão(…)
  • e que realizem auditorias internas para assegurar a melhoria contínua destas práticas. (…)

META PARA O 7º OBJECTIVO
  • 95% das instituições prestadoras de cuidados de saúde implementaram práticas para avaliar, prevenir e tratar úlceras de pressão.
  • Reduzir em 50% face a 2014 o número de úlceras de pressão adquiridas nas instituições do Serviço Nacional de Saúde ou com ele convencionado. 

ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Implementar práticas para avaliar, prevenir e tratar úlceras de pressão;
  • Auditar, semestralmente, as práticas para a avaliação, prevenção e tratamento de úlceras de pressão.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR
Provavelmente a medida com maior impacto numa instituição de saúde seja a Criação de um Grupo/Comissão cujo foco especifico seja a prevenção e tratamento das Feridas e Úlceras por pressão
A este Grupo/Comissão competirá:
  • definir as melhores estratégias institucionais,
  • desenvolver normas e procedimentos internos,
  • Liderar a formação interna,
  • funcionar como consultores, e
  • auditar as boas práticas.

Apenas com uma estratégia transversal, que promova o conhecimento efectivo dos profissionais cuidadores será possível diminuir as taxas de incidência de úlceras por pressão nas instituições.

Para saber mais, podes ainda fazer o download do Guia de Consulta Rápida - Prevenção e Tratamento de Úlceraspor Pressão do National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.). Cambridge Media: Osborne Park, Western Australia; 2014.

Aqui no blog também encontras mais informação sobre Úlceras por Pressão



Fernando Barroso

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