segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A Importância das visitas ao Doente Internado | #SD404


A Pandemia COVID-19 veio impor a todos nós medidas extraordinárias. Uma delas foi a restrição das visitas aos doentes internados (em hospitais, unidades de cuidados continuados, lares de 3ª idade). 

A medida, de elementar lógica epidemiológica, trouxe consigo muita ansiedade e desespero para aqueles que tinham nestas visitas um contato com a “vida” e uma hipótese de aliviar um pouco o seu sofrimento.

 

Voltar a permitir visitas nas Unidades Hospitalares é uma medida de elementar justiça, ética e moral. É isso que a recente Orientação DGS nº 038/2020 de 17/12/2020 vem propor (clica no link para ler a norma).

Mas são muitos os desafios de segurança do doente que se colocam.

 

A Orientação refere inúmeros aspetos a respeitar. Por exemplo, a visita terá de:

  • Manter o distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde;
  • Conhecer e aplicar a Etiqueta respiratória;
  • Utilizar corretamente a máscara cirúrgica;
  • Higienizar frequentemente as mãos.

 

Mas existem muitos outros aspetos a considerar, que implicam a realização de um ensino à visita (a maioria só sabe o que vê nas redes sociais e sabemos como essa informação pode ser distorcida). 

A visita vai ter de ser orientada acerca de que circuito deve seguir, como efetuar a higiene das mãos, e como deve usar a máscara, mas também onde pode ou não tocar (não pode em nada), que instalações sanitárias podem usar...

 

Como fazer? Deixo algumas sugestões:

Promover o ensino e o envolvimento da Visita. O ideal seria realizar um pequeno vídeo educativo. Um PowerPoint que depois é transformado em vídeo e é apresentado antes da visita ocorrer (embora nem todos tenham este recurso).

 

Construir um folheto orientador (simples) com as recomendações que a visita deve cumprir (usar imagens simples e pouco texto – Apostar no que a visita tem de saber e tem de fazer. O folheto deve ser simples (não sei se já tinha dito que deve ser simples).

 

Antes da visita entrar, perguntar – Para a segurança do seu familiar/amigo eu quero ter a certeza de que compreendeu as regras, por isso, pode por favor dizer-me quais são as regras que vai cumprir?

Com esta estratégia (Teache-back) estamos a confirmar a informação que foi compreendida pela visita e poderemos corrigir o que for necessário.

 

Criar um documento de registo simples (documento em A4) que permita registar (conforme a Orientação sugere) a identificação da data, hora, e nome do doente visitado, bem como nome e contacto telefónico do visitante. Cada Serviço terá de decidir onde e como guarda e depois elimina esta informação.


Caberá a cada Instituição definir em concreto as suas regras, mas há um aspeto essencial – Para a pessoa doente, a possibilidade de ter uma visita é absolutamente fundamental (digo isto com experiencia própria), e tudo devemos fazer para que tal ocorra.


E tu, na tua Instituição/Serviço, que estratégias são usadas e que possas aqui partilhar para que todos possam aprender com as diferentes experiencias?

Fernando Barroso

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UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#segurancadodoente

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