Devido ao atraso,
o centro de radioterapia recusou efectuar o tratamento.
Esse tratamento acabou por ser adiado e reagendado para o dia seguinte à mesma hora.
No dia seguinte
aconteceu a mesma coisa.
Apesar de a Instituição ter contratado este serviço a uma empresa privada, tendo atempadamente comunicado os horários a cumprir, a
empresa (que aceitou efectuar o serviço nos termos atrás descritos) não cumpre
com o combinado.
A “frio”, alguns dirão que “basta não pagar pelo serviço não
realizado”. Mas o problema vai muito além
dessa constatação óbvia.
O doente, perfeitamente lúcido e consciente da situação em que se
encontra e em que se vê envolvido, reage (em desespero) primeiro recusando efectuar mais tratamentos ou
tomar qualquer medicação, e depois entrando em depressão, chorando e
manifestando o seu desânimo.
Este doente (que pode ser qualquer um de nós) acaba por
morrer apenas 8 dias depois destes incidentes (que não foram únicos), consciente
de que nem tudo foi feito…
Estes episódios ocorreram nos últimos dias de uma pessoa
lúcida, incapaz de controlar o seu destino, mas sujeita a uma violência que nenhum de nós seria capaz de tolerar.
É imoral sujeitar um
doente a este tipo de situação.
E o que acontece à empresa?
- Provavelmente, nada!
Partilhamos este episódio (que sabemos não ser único) sugerindo
a todos uma leitura atenta dos contractos
de prestação de serviços e a inclusão nesses contractos de cláusulas de penalização que sejam
verdadeiramente “penalizadoras”, e não meros exercícios jurídicos, impossíveis de
aplicar.
A desculpa de que “não há recursos” (empresas de transporte
suficientes) não pode ser desculpa para permitir às empresas existentes que passem
impunes por este tipo de incidentes.
Perante um incidente deste tipo, cabe aos profissionais documentar exaustivamente o ocorrido e exigir à empresa o cumprimento do
contrato estabelecido.
Todos estes incidentes devem ser notificados no NOTIFIC@
ou no sistema de notificação interno da Instituição.
O maior prejudicado será sempre o Doente.
Fernando Barroso
Olá
ResponderEliminarTriste realidade tantas vezes repetida....
Realidade essa que em nada abona a favor dos Bombeiros...felizmente não de todos.
Cumprs
Augusto
Uma questão, porque desconheço a situação e imagem que aparece é de absc dos bombeiros voluntários. Dentro das várias empresas e instituições que realizam transporte de doentes, esta situação ocorreu num transporte aceite por uma associação de bombeiros voluntários, por uma empresa particular, pela cruz vermelha ou outra instituição?
ResponderEliminarObrigado.
Olá caro «Anónimo» das 18:29
ResponderEliminarPosso falar pela realidade que conheço....situações de atraso no transporte de doentes, infelizmente são o dia a dia na Instituição onde trabalho e passam-se com Corporações de Bombeiros. Quero crer que não sejam a regra.....
Cumprs
Augustto
Esclarecendo os comentários anteriores.
ResponderEliminarAlterei a imagem para não condicionar a leitura do texto, pois ai está escrito claramente que se tratou de uma empresa privada de transporte de doentes.
No entanto, também informo que este tipo de incidentes (e muitas outras situações) infelizmente, também ocorrem com Corporações de Bombeiros.
Nenhum entidade, publica ou privada, está isenta de responsabilidades.
...infelizmente, acrescento eu.
EliminarCumprs
Augusto
Aqui está mais uma informação pertinente
ResponderEliminarGOVERNO ANUNCIA DESPACHO PARA GARANTIR QUE VMER NÃO FIQUEM INOPERACIONAIS
http://www.jornalenfermeiro.pt/actualidade/item/1104-governo-anuncia-despacho-para-garantir-que-vmer-nao-fiquem-inoperacionais.html