terça-feira, 2 de agosto de 2016

Estratégia para a Gestão de Incidentes depois das Férias

Que método usar para gerir o "volume" de incidentes depois das férias?

Depois de umas merecidas férias acontece o inevitável - vamos ter de voltar à rotina diária do nosso trabalho.

Para aqueles privilegiados que gostam do que fazem o regresso é sempre mais fácil. Felizmente que pertenço a este grupo. Mas isso não quer dizer que "tudo" é fácil...

O primeiro impacto é o número avassalador de e-mails e outra informação que está à tua espera. Quanto maior o tempo de ausência maior o número de e-mails, cartas, etc...
Para um gestor de risco (gestor de um sistema interno de relato de incidentes) isto significa imensas "más" noticias.

É preciso não desanimar é adoptar um método para gerir toda a informação. O meu é o seguinte:
  1. "Bloquear" algum tempo para fazer uma primeira sondagem do material acumulado (É indispensável estar concentrado nesta tarefa) e não começar a “ir atrás da primeira emergência”;
  2. Sondar rapidamente os diferentes incidentes procurando aqueles que manifestamente estejam a requerer uma intervenção mais urgente (e actuar em conformidade se necessário);
  3. Inserir a informação na "base de dados" (caso a mesma não seja "automática"). O meu sistema é baseado numa notificação por e-mail, sendo posteriormente necessário inserir a informação na base de dados para uma mais fácil gestão dos incidentes.
  4. Iniciar o processo de análise, dando seguimento aos fluxos de análise previamente estabelecidos.

E estás de regresso!

Invariavelmente vamos verificar que alguns dos relatos de incidente não estão preenchidos com a totalidade da informação necessária (e que estás cansado de repetir), mas o "sistema" funciona, e é importante aprender com ele, reforçando a Segurança do Doente da Instituição.

Alguns exemplos do que "encontrei":

  1. Quedas de doentes (um problema recorrente por mais que se faça…);
  2. Medicação que ao ser "aspirada" fica com partícula de plástico da borracha do frasco-ampola;
  3. Sacos de plástico com fundo não galvanizado (roupa suja ou material para esterilizar cai pelo fundo);
  4. Fornecimento incorrecto de dieta prescrita (Há quem ache que “sopa é sopa” e que cenoura é igual a espinafre);
  5. Comportamento inadequado do profissional (as atitudes individuais inadequadas continuam presentes) ;
  6. Medicamento fora de prazo fornecido internamente e... administrado ao doente (várias barreiras a falharem);

É muito mais...

Mas os profissionais confiam no sistema e na sua capacidade para os ajudar a melhorar a Segurança do Doente, e isso faz toda a diferença.

Por isso coragem, e bom regresso ao trabalho.

E tu, Que estratégias utilizas? Partilha nos comentários.

Fernando Barroso

2 comentários:

  1. Olá
    Por aqui, quase igual em tudo, mas....«substitui-se os sacos» por Fenomenos tromboembólicos e Reintervenções/Cancelamentos cirúrgicos. Para além disso, depois de «bloquear» e «sondar» pesquiso as Notificações já objecto de resposta para poder prosseguir a sua averiguação. Uma semana de trabalho e já tudo está nos «carretos»....LOL
    Cumprs
    Augusto

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    1. É isso mesmo Augusto. O importante é estar organizado e a "experiencia" faz o resto.
      Um Abraço

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