Que método usar para gerir o
"volume" de incidentes depois das férias?
Depois de umas
merecidas férias acontece o inevitável - vamos ter de voltar à rotina diária do
nosso trabalho.
Para aqueles
privilegiados que gostam do que fazem o regresso é sempre mais fácil.
Felizmente que pertenço a este grupo. Mas isso não quer dizer que "tudo"
é fácil...
O primeiro
impacto é o número avassalador de e-mails
e outra informação que está à tua espera. Quanto maior o tempo de ausência
maior o número de e-mails, cartas,
etc...
Para um gestor de
risco (gestor de um sistema interno de relato de incidentes) isto significa
imensas "más" noticias.
É preciso não
desanimar é adoptar um método para gerir toda a informação. O meu é o seguinte:
- "Bloquear" algum tempo para fazer uma primeira sondagem do material acumulado (É indispensável estar concentrado nesta tarefa) e não começar a “ir atrás da primeira emergência”;
- Sondar rapidamente os diferentes incidentes procurando aqueles que manifestamente estejam a requerer uma intervenção mais urgente (e actuar em conformidade se necessário);
- Inserir a informação na "base de dados" (caso a mesma não seja "automática"). O meu sistema é baseado numa notificação por e-mail, sendo posteriormente necessário inserir a informação na base de dados para uma mais fácil gestão dos incidentes.
- Iniciar o processo de análise, dando seguimento aos fluxos de análise previamente estabelecidos.
E estás de
regresso!
Invariavelmente
vamos verificar que alguns dos relatos de incidente não estão preenchidos com a
totalidade da informação necessária (e que estás cansado de repetir), mas o
"sistema" funciona, e é importante aprender com ele, reforçando a
Segurança do Doente da Instituição.
Alguns exemplos do que "encontrei":
- Quedas de doentes (um problema recorrente por mais que se faça…);
- Medicação que ao ser "aspirada" fica com partícula de plástico da borracha do frasco-ampola;
- Sacos de plástico com fundo não galvanizado (roupa suja ou material para esterilizar cai pelo fundo);
- Fornecimento incorrecto de dieta prescrita (Há quem ache que “sopa é sopa” e que cenoura é igual a espinafre);
- Comportamento inadequado do profissional (as atitudes individuais inadequadas continuam presentes) ;
- Medicamento fora de prazo fornecido internamente e... administrado ao doente (várias barreiras a falharem);
É muito mais...
Mas os profissionais confiam no sistema e
na sua capacidade para os ajudar a
melhorar a Segurança do Doente, e isso faz toda a diferença.
Por isso coragem, e bom regresso ao trabalho.
E tu, Que estratégias utilizas? Partilha nos comentários.
Fernando Barroso
Olá
ResponderEliminarPor aqui, quase igual em tudo, mas....«substitui-se os sacos» por Fenomenos tromboembólicos e Reintervenções/Cancelamentos cirúrgicos. Para além disso, depois de «bloquear» e «sondar» pesquiso as Notificações já objecto de resposta para poder prosseguir a sua averiguação. Uma semana de trabalho e já tudo está nos «carretos»....LOL
Cumprs
Augusto
É isso mesmo Augusto. O importante é estar organizado e a "experiencia" faz o resto.
EliminarUm Abraço