Numa notícia do “Jornal de Noticias” de 03 de Abril de 2015,
vem descrito um “incidente”, ocorrido no ano 2000, que resultou em dado grave e permanente a um doente.
Durante uma cirurgia, a médica que operava o doente “não
procedeu à referenciação ou isolamento do nervo cubital, o qual foi seccionado no
decurso da intervenção”.
Com a leitura da notícia ficamos também a saber que “o
tribunal deu como provado que o ortopedista mais graduado da equipa que operou
o doente “não orientou” a médica, que ainda estava em formação, “no sentido de
proceder à referenciação ou isolamento do nervo cubital do doente”.
Certamente muita informação ficou por escrever nesta curta notícia (que pode ler na integra aqui),
mas uma coisa é certa - Ocorreu um incidente grave (um evento adverso) do qual
resultou um dano permanente para um jovem (na altura com 28 anos), que o vai
impedir de ter uma vida normal para o resto da sua vida.
E que lições podemos
retirar deste incidente?
A notícia uma vez mais não esclarece. Mas podemos fazer aqui o exercício académico de tentar sugerir
um caminho para obter essa tão necessária aprendizagem para que incidentes
futuros semelhantes não se repitam. Assim, sugerimos:
- Revelação (disclosure) dos contornos do incidente ao doente/família.
- Explicar o que aconteceu, como, qual a sequência de eventos e factores contribuintes deste incidente.
- O que será feito para “reparar/compensar o doente” pelo dano
- Que medidas estão a ser implementadas para que o mesmo incidente não se repita.
- Revisão das práticas de formação utilizadas.
E se um dia um doente infectado num hospital coloca um processo a um hospital e ganha?
Já não falta muito...
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Olá
ResponderEliminarNão tenho dúvidas que um dia, o Sistema de Saúde em Portugal, será uma importante fonte de rendimentos para Advogados e para as vítimas.
Urge caminhar para que se inverta essa tendência.
Cumprs
Augusto