segunda-feira, 13 de abril de 2015

10 Perigos evitáveis relacionados com Dispositivos Médicos

Os perigos da tecnologia da saúde podem ocorrer de várias formas.

Eles podem ser o resultado de problemas relacionados a tecnologia de informação, tais como sistemas incorrectamente configurados, dados incompletos, ou inadequada protecção contra malware (vírus informáticos).
Os perigos podem ainda ser causados por uma inapropriada interacção homem-dispositivo, tais como técnicas incorrectas de reprocessamento, inapropriada manutenção do dispositivo e uma má gestão de um processo de recolha voluntária de dispositivos.
Podem também ocorrer problemas que são intrínsecos aos próprios dispositivos: Questões relacionadas com a facilidade de utilização, falhas de design do projecto, questões de qualidade e ainda a insuficiência do dispositivo em desempenhar uma tarefa como deveriam. Todas estas questões podem contribuir para eventos relacionados com os dispositivos.

É de vital importância reconhecer esses perigos e resolvê-los antes que causem problemas.
Mas a grande questão é: por onde começar?

1. Perigo com Alarmes: Práticas e políticas inadequadas de configuração de alarme.
2. Integridade dos Dados: Dados incorrectos ou inexistentes nos processos clínicos electrónicos ou outros sistemas informáticos dos cuidados de saúde.
3. Falha na escolha da linha de administração intravenosa (quando existem várias) o que leva à falha na administração de medicamentos ou soluções endovenosas.
4. Reprocessamento inadequada de endoscópios e instrumentos cirúrgicos.
5. Desconexões não identificadas do ventilador devido à falha na definição ou activação de alarmes.
6. Erros de utilização ou falha dos dispositivos de mobilização de doentes (elevadores, tábuas de transferência, etc).
7. Aumento da dose de radiação: Variação da dose de radiação para obtenção de um diagnóstico.
8. Cirurgia Robótica: Complicações decorrentes de formação insuficiente.
9. Segurança Cibernética: Protecção insuficiente dos dispositivos e sistemas informáticos na saúde.
10. Programas de segurança e de “recolha” dos dispositivos inadequados (“oprimidos” com o volume de informação).
 Achas que estes perigos existem na tua instituição?

2 comentários:

  1. Fico contente que tenha sido dado o devido destaque às questões relacionadas com as doses de radiação dos exames radiológicos. Este tema tem sido explorado em Portugal mas de forma isolada. Exigem-se estudos que permitam definir o panorama actual nesta temática mas mais importante é que se apliquem estratégias que permitam reduções de dose, especialmente nos exames pediátricos.

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  2. Olá Fernando!
    Este documento é muito interessante e os 10 perigos mencionados são de facto uma realidade nas nossas instituições. Da minha experiência é que alguns dos perigos são pouco valorizados ou documentados.
    Cláudia, o exemplo do registo das doses das radiações é uma realidade que ainda tem de ser mais valorizada pelos profissionais. Já em 1997 o manual do Programa da Qualidade do King's Fund referia num dos critérios que deviam estar documentadas as doses das radiações a que os doentes eram submetidos. Os profissionais desta área referiam que era um critério que não se aplicava em Portugal. Atualmente, esta boa prática já está a ser adotada por algumas instituições, e especialmente em pediatria os profissionais têm procedimentos para registos das doses de radiação nos boletins de saúde. No adulto também já começam a introduzir este registo. Como refere, temos de continuar a investir na melhoria e nas boas práticas em prol da segurança do doente.

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