domingo, 8 de novembro de 2020

Avaliação do Risco para Abertura de um Serviço COVID | #SD400


Ao considerar a abertura de um serviço ou a transformação de um serviço existente para Doentes (confirmados ou suspeitos) com o novo Sars-CoV-2, deve ser efetuada uma “avaliação do risco” que considere aspetos importantes no âmbito do controlo de infeção, e antecipe entre outras, as seguintes “fonte de risco”:

1.    FONTE DO RISCO: Definição de circuitos
  • Circuito limpo e circuito sujo/contaminado
  • Circuito de doentes suspeitos/confirmados – ponto de entrada e saída (definido de acordo com estratégia institucional;
  • Circuito dos profissionais acesso a vestiários/balneários; Lotação máxima de profissionais em simultâneo;
  • Circuito para sujos (resíduos hospitalares e roupa contaminada) – pontos de recolhas;
  • Circuito para alimentação; rouparia; aprovisionamento e farmácia – ponto de entrega para os profissionais destes serviços com restrição de acesso ao interior;
  • Considerar marcação no corredor central (pavimento) de zona suja/zona limpa – esta definição é facilitadora das boas práticas.

2.    FONTE DO RISCO: Limpeza

  • Avaliar as necessidades para o serviço (nº de horas contratadas);
  • Número de profissionais dedicados;
  • Considerar as opções - limpeza assegurada pelas Assistentes Operacionais do próprio serviço ou limpeza assegurada pela empresa de limpeza;
  • Material/equipamento de apoio de acordo com “Procedimento Interno Para Limpeza De Áreas Com Doente Covid-19” (construir procedimento interno).

3.    FONTE DO RISCO: Espaços para pausa/alimentação

  • Definir local;
  • Definir nº de profissionais em simultâneo;
  • Acondicionamento de lancheiras dos profissionais na unidade.

4.    FONTE DO RISCO: Formação dos profissionais

  • Colocação / Remoção de EPI`s – Disponibilizar prática simulada, cartazes, vídeos tutoriais;
  • Tipologia de máscaras;
  • Procedimentos para limpeza de áreas com doente COVID-19.

5.    FONTE DO RISCO: Fardamento dos profissionais

  • Número de fardamento necessário; Tamanho; Circuito de entrega.

6.    FONTE DO RISCO: Equipamento e Material Clínico

  • Material em quantidade adequada;
  • Tipologia de material específico para tratamento do Doente COVID;
  • EPI’s (nº e tipologia).


Estas são apenas algumas das “fontes do risco” a considerar, que necessariamente variam de serviço para serviço ou de instituição para instituição.

Em resumo, recomenda-se a realização atempada de uma avaliação do risco que permita uma identificação das fontes do risco, a sua hierarquização e a implementação de medidas de tratamento do risco que garantam a segurança dos doentes permitindo aos profissionais prepararem-se de uma forma mais segura para o exercício das suas atividades. 


Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#segurancadodoente

2 comentários:

  1. Olá
    Cada vez mais uma necessidade nos tempos que correm.
    Cumprs
    Augusto

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  2. tudo muito bem planeado, o problema é os profissionais tomarem consciência das consequências para todos nós pelo não cumprimento!

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