Muitas
instituições de saúde desenvolveram durante anos sistemas de notificação interna, tendo desenvolvido em paralelo uma
tipologia própria.
Como adaptar
agora essa tipologia, enraizada nas instituições e profissionais?
Que
estratégias utilizar de forma a tipificar
corretamente os incidentes notificados?
Heis 5 ações que pode
desenvolver:
- A DGS publicou em 2011 a Estrutura Concetual da Classificação Internacional sobre Segurança do Doente – CISD. Se ainda não o fez, altere rapidamente para a tipologia CISD a forma como tipifica os incidentes no seu sistema de notificação interno;
- Se possui um formulário interno, faça com que as tipologias disponíveis para o notificador sejam as correspondentes à tipologia da CISD;
- Se o sistema de notificação da sua Instituição é comum aos incidentes clínicos e não clínicos, compreenda que a tipologia da CISD apenas diz respeito ao risco clinico, o que quer dizer que os incidentes não clínicos têm uma tipologia própria, desenvolvida por cada instituição, já que não existe, até ao momento, nenhuma orientação nacional nesse sentido;
- Embora alguns incidentes sejam relativamente simples de tipificar, outros à que nos colocam muitas dúvidas. Quando isso ocorre, opto por tipificar cada incidente (de acordo com as 13 tipologias principais) pensando em primeiro lugar na principal causa que pode ter estado na sua origem. Por exemplo, o “adiamento de uma intervenção cirúrgica”, onde classificar? Depende! Qual a causa do adiamento? Foi devido a falta de material clinico? (Recursos/Gestão Organizacional) ou falha de um dispositivo médico? (Dispositivo/equipamento médico), ou o adiamento deveu-se à inexistência de sangue para o doente? (Sangue/hemoderivados). Dica: Tenha sempre consigo uma cópia da informação contida nas páginas 31 a 46 da CISD. São uma cábula muito importante para qualquer gestor local de incidentes.
- E finalmente, se tem dúvidas peça ajuda! partilhe as suas dúvidas com a sua equipa. Telefone ou use o e-mail, mas peça ajuda. Todos juntos conseguimos fazer mais.
E você, Como
faz? Que estratégia usa? Partilhe connosco.
Olá
ResponderEliminarUm post mesmo na «mouche»...:-)
Na Instiuição onde trabalho, porque estámos a realizar o Relatório do SNNIEA, os dias têm sido um nadinha complicados, uma vez que o Sistema de Notificação de Risco Clínico em utilização, ainda não utiliza a CISD.
De facto, a Instituição tem uma aplicação electrónica própria para a gestão das Notificações de Risco Clínico, aplicação essa que tem vindo a ser desenvolvida á medida que novas funcionalidades vão sendo necessárias; neste momento, uma nova funcionalidade parece-nos fundamental...poder classificar as Notificações recebidas, de acordo com a CISD.
Alterar a aplicação electrónica do lado do utilizador, pode tornar-se problebático, uma vez que a tipologia de Incidentes do SNNIEA não nos parece propriamente simples, tememos uma sub notificação fruto dessa eventual alteração, pelo que estamos a pensar alterar o «backoffice» da aplicação por forma a que sejamos nós, na Gestão do Risco Clínico, os responsáveis por reclassificar cada evento notificado, de acordo com a CISD.
Vamos monitorizar esta fase por forma a que, a todo o momento se possam fazer as correções/adaptações que se venham a revelar como úteis e necessárias.
O caminho faz-se caminhando, e nós estámos cá para isso....aprender, caminhando
Cumprs
Augusto