STOP Quedas |
Autores: Ramos, S.; Fragata, J.;
Barata, F.; Bordalo, I; Lage, J.;
Marinho, A.; Mendes, C.; Paes Duarte, A.; Tavares, L.; Timóteo, A ; Trindade,
L.
Gabinete de Gestão do Risco do Centro Hospitalar de Lisboa
Central, EPE
Menção Honrosa para Melhor Poster Científico
7ª
Edição do Prémio Boas Práticas em Saúde, 2013, 30 Novembro. Lisboa. Portugal
As quedas têm um impacto na
morbilidade e na qualidade de vida do doente, contribuindo para o aumento dos
custos dos cuidados de saúde. Dos múltiplos fatores que podem contribuir para
as quedas, destaca-se a idade (acima dos 65 anos), o estado mental, a medicação
que o doente está a tomar, história de queda anterior e fatores ambientais.
O Centro Hospitalar de Lisboa
Central no âmbito da Gestão do Risco monitoriza o indicador “Queda do Doente”
desenvolvendo um projeto de gestão e controlo das quedas de doentes, com vista
a aumentar a segurança do doente. A monitorização do indicador "Queda do
Doente" iniciou-se em 2005 no Hospital de Santa Marta, impulsionado pelo
Programa de Acreditação do CHKS e integrado no projeto IQIP. Em 2008 o projeto foi
alargado aos 4 hospitais do Centro Hospitalar e o registo do incidente da queda
do doente permitiu um maior conhecimento da dimensão do problema evidenciando
uma incidência de 1,12% em 2012.
O projeto assenta em dois pilares
da gestão do risco: avaliação de risco e o relato do incidente. Utiliza-se a
escala de avaliação de risco de queda de Morse e com base no nível de risco é
definido um plano de prevenção. O incidente de queda é registado no sistema de
relato de incidentes on-line e analisado por grupos que promovem ações de
melhoria. Desenvolvem-se ainda atividades como a formação dos profissionais,
ensino e envolvimento do doente e família e a promoção de um ambiente seguro.
O Projeto de gestão e controlo
das quedas tem como principais objetivos:
- Medir a dimensão do problema
associado ao incidente de queda.
- Promover as boas práticas na
prevenção de quedas do doente.
- Identificar fatores de risco e
fatores contribuintes associados aos incidentes de quedas dos doentes.
- Introduzir ações de melhoria ao
nível das práticas e do ambiente físico.
- Alertar os doentes/família e os
profissionais para as medidas de prevenção das quedas e redução das suas
consequências.
Olá
ResponderEliminarEis uma «realidade» referente ao ano de 2013:
* No ano de 2013, o número de Notificações de Queda de Doentes foi de 2,6 por cada 100 internamentos; por cada 1000 dias de internamento foram notificadas cerca de 3 quedas de doentes.
Estes valores, são semelhantes aos verificados em 2012, e não distam muito dos «números» que constam nas publicações científicas sobre o tema.
* Cerca de 54% das NQD tinham registado o Índice da Escala de Morse.
Analisadas estas notificações constata-se que em 57% delas, os doentes apresentavam Alto Risco de Queda.
* Das NQD recebidas, 71% tinham assinaladas Medidas de Prevenção de Queda.
Em 45% dessas notificações, a queda ocorreu mesmo com as grades do leito
elevadas.
* Mais de metade (57%) das NQD, que tinham registado medidas de prevenção de
quedas também tinham assinalado o Índice da Escala de Morse.
Numa outra análise, constatou-se que 48% das NQD tinham registado o Índice da
Escala de Morse e em 58% destas notificações, as medidas assinaladas
estavam de acordo com o “Score” determinado.
* Em média, por cada 100 quedas notificadas, 31 são quedas com gravidade.
Das quedas com gravidade, 3,5% foram de nível 3 (laceração cutânea com
sutura/fractura/alteração ou perda de consciência);
Comparativamente com 2012, as lesões de Gravidade 1 aumentaram e as de
Gravidade 2 e 3 diminuíram.
* O calçado inadequado continua a ser um dos motivos principais de quedas na
Enfermaria.
As grades do leito elevadas, não se revelaram totalmente eficazes na prevenção de Queda de doentes.
* Cerca de 77% das NQD ocorridas no WC não foram visualizadas. Estavam relacionadas com o «estado de saúde do doente, com as condições do pavimento e
com o facto do calçado ser inadequado».
* É no turno da Noite que as quedas com gravidade são mais notificadas.
Estes dados implicam, obviamente uma Plano de Prevenção de Quedas de Doentes em embiente hospitalar que «está em marcha». No final do ano, far-seá a avaliação das medidas implementadas, através da comparação dos resultados obtidos com os agora publicados.
Das muitas dúvidas que ainda temos, uma certeza permanece:
As Quedas de Doentes em ambinte hospitalar serão sempre muito difíceis de prevenir, daí que o nosso foco se deva centrar na diminuição do Índice de gravidade das lesões apresentadas após a queda, incentivar o reporte deste Incidente de Segurança do Doente, terá que ser trabalho de todos....
Cumprs
Augusto