Segurança do Doente
Aprender, Partilhar, Informar
quarta-feira, 17 de setembro de 2025
segunda-feira, 28 de julho de 2025
Livro: Qualidade de Serviço - o GAP Model (Modelo das discrepâncias)
Como Simplificar a Qualidade dos Serviços e Garantir Clientes Felizes
Hoje em dia, as empresas enfrentam muita concorrência e atuam num mercado global. Para as empresas de serviços, a satisfação do cliente é crucial para sobreviver.
O que os clientes dizem uns aos outros, seja bom ou mau, é muito importante. Com as redes sociais, o impacto dessas opiniões é ainda maior e pode influenciar muitos outros clientes em potencial. Por isso, a qualidade dos serviços tornou-se a prioridade número um. As empresas precisam se esforçar para entender e atender o que os clientes esperam.
As Chaves para o Sucesso
Todo gestor de serviços se pergunta:
O que os clientes realmente querem?
Como podemos oferecer o que eles esperam?
O que fazer para que os clientes continuem fiéis à nossa marca?
As respostas a estas perguntas são a base para o sucesso de qualquer negócio de serviços.
Conheça o "GAP Model"
Este livro apresenta o GAP Model (ou Modelo das discrepâncias, desenvolvido por Parasuraman, Berry e Zeithaml), uma ferramenta que pode ser usada em qualquer área.
Ele ajuda a:
Identificar onde o que o cliente espera difere do que a empresa oferece.
Corrigir esses problemas e melhorar a qualidade do serviço.
Além da teoria, o livro inclui exemplos práticos que facilitam a compreensão do modelo e mostram como aplicá-lo para descobrir o que precisa ser feito.
Este livro é ideal para gestores de serviços e para quem está a estudar ou a começar na área e quer garantir o sucesso de suas organizações.
Do livro: Qualidade de Serviço - Diagnosticar para intervir – O Gap Model
AUTOR(ES): José Gonçalves das Neves, Maria Helena Vinagre
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
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Fernando Barroso
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domingo, 27 de julho de 2025
sábado, 26 de julho de 2025
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Livro: Sistemas de Gestão da Qualidade - Guia para a sua implementação
terça-feira, 22 de julho de 2025
domingo, 6 de julho de 2025
Melhoria da Qualidade: Gestão do stress liderada por enfermeiros em unidades hospitalares
Aliviando o Stress na Enfermagem: Um Projeto Inspirador
Liderado por Enfermeiros para o Bem-Estar!
A enfermagem é uma profissão incrivelmente exigente. Já
alguma vez pensou no quão pesada pode ser a carga de trabalho, as longas horas
e a tensão emocional que os enfermeiros enfrentam diariamente? Tudo isto pode
levar a níveis elevados de stress, o que, por sua vez, pode culminar em burnout,
reduzir a satisfação profissional e até mesmo comprometer a qualidade dos
cuidados prestados aos doentes.
Mas há boas notícias! Os Líderes de enfermagem têm um
papel crucial no apoio aos enfermeiros que prestam cuidados diretos, promovendo
o seu bem-estar. E é exatamente sobre isso que este projeto de melhoria da
qualidade (QI) se focou: introduzir atividades de autocuidado específicas para
aliviar o stress e melhorar o bem-estar da equipa de enfermagem.
O Desafio: Cuidar de Quem Cuida
Originalmente, o Instituto para a Melhoria dos Cuidados de
Saúde criou o "Triple Aim" para otimizar três dimensões da
saúde: experiência do doente, saúde da população e custos dos cuidados de
saúde. No entanto, rapidamente se percebeu uma lacuna crucial: faltava uma
quarta dimensão – o apoio ao "cuidado para o cuidador" para
reduzir o burnout na força de trabalho. O burnout é, essencialmente, um
fenómeno de exaustão física e mental devido ao stress contínuo no local de
trabalho. Para combater isto, os líderes de enfermagem precisam de investir
recursos e envolver as suas equipas num plano estruturado de atividades de
autocuidado.
Num centro médico académico de 500 camas, reconhecido com o
selo Magnet®, os líderes de enfermagem identificaram esta lacuna no Quadruple
Aim nas suas estruturas de governança partilhada. Foi esta identificação que
deu o impulso para a criação do Conselho de Bem-Estar (WBC), cujo
objetivo era colaborar com os enfermeiros para implementar táticas focadas no
bem-estar do cuidador no ambiente de trabalho.
O projeto piloto desenrolou-se numa unidade de cuidados
intermédios (uci) com 38 camas, onde os enfermeiros cuidam de doentes de alta
complexidade com necessidades intensivas, como ventilação e telemetria. Os
desafios são muitos: dinâmicas familiares complexas, stress financeiro dos doentes,
barreiras culturais e até mesmo um layout físico grande que dificulta a
comunicação. Uma pesquisa de 2022 revelou baixa satisfação profissional,
pouca coesão de equipa e insatisfação com o acesso a equipamentos e
processos de trabalho. Muitos enfermeiros expressaram intenção de sair e
criticaram a liderança do hospital. As preocupações incluíam os rácios
enfermeiro-doente (1:4), a perceção de que enfermeiros de agência priorizavam o
salário em vez dos cuidados, e a falta de apoio da chefia. Uma elevada
rotatividade e uma taxa de vagas de pessoal superior a 50% também contribuíam
para o stress diário.
A Solução: Um Refúgio de Paz
A literatura científica aponta que ambientes de trabalho
stressantes são uma das principais razões pelas quais os enfermeiros abandonam
a enfermagem de cabeceira. O stress relacionado com cargas de trabalho
elevadas e desafios de pessoal pode levar a piores resultados para os doentes,
incluindo erros de julgamento e medicação. O stress ocupacional prolongado pode
afetar a saúde física e mental dos enfermeiros.
A criação de um espaço silencioso e designado,
juntamente com a oferta de terapias complementares como aromaterapia, massagem
ou música, pode reduzir o stress ocupacional percebido pelos enfermeiros. Um
espaço tranquilo encoraja os enfermeiros a fazerem pausas, oferece um refúgio
do ambiente agitado e prioriza o bem-estar do enfermeiro, permitindo um
regresso às tarefas com a mente clara e concentração aprimorada, o que apoia a
prestação de cuidados de qualidade.
Como o Projeto Aconteceu: A Abordagem Melhoria da
Qualidade
Este projeto de Melhoria da Qualidade utilizou o ciclo PDCA
que representa as quatro etapas do ciclo: Plan (Planejar), Do
(Fazer), Check (Verificar) e Act/Adjust (Agir/Ajustar), ideal
para testar pequenas mudanças. Os dados foram recolhidos e analisados para
determinar o progresso e informar modificações.
O projeto foi implementado num hospital reconhecido pelo seu
compromisso com a excelência nos cuidados de saúde e a governança partilhada.
Uma sala de consulta privada, perto da sala de descanso da unidade de cuidados
intermédios, foi convertida num espaço tranquilo. Foi projetada para ter
privacidade e iluminação suave, incluindo uma poltrona reclinável e uma manta.
A participação era voluntária, com a garantia de cobertura para os doentes.
Os enfermeiros podiam escolher entre:
- Aromaterapia:
Óleos de lavanda, rosa ou sálvia esclereia. Durante a implementação, a
sálvia esclereia, devido ao seu cheiro forte, foi substituída por bolas de
algodão com óleo para maior conforto. A lavanda foi a mais utilizada.
- Massagem:
Através de um massajador Shiatsu para pés e pernas. Foi a segunda
atividade mais popular.
- Música:
Acedida por códigos QR, com opções como sons de cascata, música para
alívio da ansiedade e ondas do oceano. A música foi a menos utilizada em
comparação com a aromaterapia e a massagem.
- Simplesmente
relaxar.
Os Resultados: Um Alívio Visível!
O projeto educou 21 enfermeiros sobre o uso da sala e as
três atividades de autocuidado. Ao longo de 12 semanas, a sala e as atividades
foram utilizadas 28 vezes, embora dados qualitativos indicassem um uso maior
sem preenchimento dos inquéritos.
- Antes
da intervenção, 10 enfermeiros completaram um inquérito; após a
intervenção, 3 responderam.
- Após
as atividades de autocuidado, os níveis de stress foram reduzidos em 43%
(P < 0,05).
- Os
níveis médios de stress caíram de 6,4 para 3,7.
Este projeto confirmou o uso do espaço e a redução dos
níveis de stress autorrelatados. Os participantes podiam personalizar a sua
experiência combinando as atividades. Os resultados alinham-se com estudos que
mediram os efeitos da musicoterapia e aromaterapia. As limitações incluíram o
tamanho reduzido da amostra e o facto de a ferramenta de recolha de dados não
ter sido formalmente testada quanto à validade e fiabilidade.
Implicações para os Líderes de Enfermagem: Priorizar o
Autocuidado
Saber que os líderes de enfermagem são responsáveis pelo
ambiente dentro do departamento torna crucial fornecer à equipa de enfermagem
acesso a um "kit de ferramentas" de estratégias para lidar com o
stress no trabalho. As atividades de autocuidado descritas neste projeto são
exemplos de ferramentas úteis. Ao apoiar o envolvimento da equipa de
enfermagem em atividades de redução de stress, o líder de enfermagem demonstra
um compromisso com a saúde geral da sua equipa. Além disso, apoiar
estudantes de pós-graduação durante o processo de QI fortalece a parceria
académico-clínica, o que beneficia a formação de novos enfermeiros para a
organização.
Este projeto piloto revelou como as atividades de
autocuidado, como aromaterapia, massagem e sessões de musicoterapia em espaços
tranquilos, podem contribuir para reduzir os níveis de stress autorrelatados
dos enfermeiros. Realça a importância de oferecer opções de gestão de stress
aos enfermeiros durante o trabalho, mostrando que estas serão utilizadas se
disponíveis. Priorizar o autocuidado e criar "refúgios de paz" dentro
dos ambientes de saúde pode não só melhorar o bem-estar dos enfermeiros, mas
também promover um ambiente de saúde mais solidário e resiliente.
É um passo fundamental para um futuro onde o bem-estar dos nossos enfermeiros é tão prioritário quanto a saúde dos doentes que servem!
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
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Fernando Barroso
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Referência Bibliográfica:
Woods, R. A., Baur, K., & Wendler, M. C. (Ano de
publicação não especificado na fonte). Quality improvement: Nurse-led unit-based stress management. NURSING.
doi:10.1097/nmg.0000000000000247
domingo, 29 de junho de 2025
Aumentar o envolvimento na governança profissional, desde o nível da unidade até o nível do sistema
Olá a todos os profissionais de saúde e interessados na excelência
dos cuidados de enfermagem!
Neste artigo, vamos mergulhar numa fascinante jornada de
transformação que demonstra como a inovação na gestão pode elevar a prática da
enfermagem a novos patamares. O nosso foco será a transição do "shared
governance" para o "professional governance" num sistema de
saúde com quatro hospitais.
O Desafio de Manter o Envolvimento na Enfermagem
Os benefícios da tomada de decisões partilhada, ou
"shared decision-making", na enfermagem são amplamente documentados,
levando ao desenvolvimento profissional dos enfermeiros e à melhoria dos
resultados para o doente. Este sistema de saúde já testemunhava estes
benefícios desde 2007, com o "shared governance" profundamente
enraizado na sua cultura. Contudo, no final de 2021, o envolvimento na
estrutura de "shared decision-making" da organização diminuiu
constantemente, em grande parte devido ao aumento da rotatividade de
enfermeiros, um problema exacerbado pela pandemia e pela escassez de
profissionais.
Para enfrentar este desafio, foi estabelecido em 2021 um
departamento de Nursing Excellence ao nível do sistema, com o objetivo
claro de padronizar e fortalecer a "shared decision-making" em todos
os hospitais, visando aumentar o envolvimento e a eficiência. Anteriormente,
cada hospital operava com as suas próprias estruturas e processos de
"shared governance".
A Estratégia: Lean Six Sigma e Análise de Pontos Cruciais
Os primeiros passos da equipa de Nursing Excellence
incluíram uma avaliação aprofundada da estrutura atual de "shared
governance" e uma síntese da literatura existente. Adotaram o Lean Six
Sigma como framework de gestão de projetos para padronizar os processos de
tomada de decisão da organização, o que prometia aumentar a eficiência e os
resultados. Em janeiro de 2022, uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities, Threats) foi realizada.
Entre as fraquezas internas identificadas,
destacam-se a diminuição de conselhos unitários ativos ("unit-based
councils"), a falta de envolvimento dos enfermeiros clínicos, a confusão
sobre os papéis e propósitos, a inconsistência do apoio dos enfermeiros
gestores e a falta de participação. O impacto da COVID-19 e da escassez de
enfermeiros foram notados como ameaças externas.
A Mudança de Paradigma: Do "Shared" ao
"Professional Governance"
A síntese da literatura sugeriu que o "professional
governance" poderia aprimorar o profissionalismo dos enfermeiros através
de um ambiente de trabalho mais envolvente. A equipa percebeu que a simples
participação em conselhos não garantia apropriação das decisões. A mudança para
o "professional governance" visava concentrar-se na responsabilidade
dos enfermeiros de se autogovernarem na prática da enfermagem e no
compromisso de melhorar continuamente os cuidados. Esta perspetiva foi o pilar
para a transição do modelo.
O sistema definiu o "professional governance"
como: "O propósito do Roper St. Francis Healthcare Nursing Professional
Governance é envolver enfermeiros clínicos, líderes e colegas
interprofissionais na tomada de decisões colaborativa e em iniciativas
orientadas para a ação, relacionadas com as obrigações profissionais de
competência, conhecimento, qualidade e prática e para o aprimoramento do
ambiente de trabalho através do avanço e retenção profissional.". Isto
significa um foco acrescido na accountability e na obrigação profissional
individual.
Intervenções Chave e a Nova Estrutura de Governança
O plano do projeto priorizou o desenvolvimento e
aprimoramento dos "unit-based councils" em 2022, identificados como a
maior lacuna. O primeiro passo foi educar os enfermeiros gestores, diretores e
CNOs sobre a importância e o papel essencial dos conselhos unitários. Para
apoiar estas unidades, foi criado um Unit Council Toolkit, que incluía
guias para atividades, papéis e responsabilidades, gestão de reuniões e até
dicas para reuniões virtuais. Os gestores de programa de Nursing Excellence
também ofereceram apoio individualizado e sessões "drop-in".
Em 7 de dezembro de 2022, o departamento de Nursing
Excellence introduziu formalmente a transição para o "professional
governance" e revelou o novo modelo e estrutura num workshop de liderança.
Em 2023, os conselhos hospitalares e de sistema foram padronizados em todos os
quatro hospitais.
A nova estrutura de "professional governance"
incluiu conselhos a nível de unidade, hospital e sistema. Os "unit
councils" foram movidos para o epicentro do modelo, com o propósito de
facilitar a comunicação bidirecional e abordar questões específicas da unidade.
Entre os conselhos ao nível hospitalar, destacam-se:
o Quality and Practice Council (aprova mudanças na prática, melhoria da
qualidade), o Professional Engagement and Advancement Council (fomenta o
crescimento e retenção profissional), o Nursing Excellence Champions Council
(promove as normas Magnet/Pathway to Excellence), o Night Shift Council
(dá voz aos enfermeiros do turno da noite), e o Leadership Advisory Council
(LAC, conselho coordenador do hospital).
Ao nível do sistema, foram estabelecidos: o Quality
and Practice Council e o Professional Engagement and Advancement Council
(ambos incorporando os conselhos hospitalares correspondentes). Uma grande
mudança para aumentar a eficiência foi a decisão de que estes conselhos se
reuniriam primeiro como conselho hospitalar e, em seguida, juntar-se-iam
virtualmente aos outros conselhos hospitalares para a tomada de decisões ao
nível do sistema, evitando a necessidade de ir a quatro conselhos diferentes
para aprovações. Outros conselhos de sistema incluem o Clinical and Research
Excellence Council (CARE, promove excelência clínica, pesquisa), o Clinical
Informatics Planning and Advisory Council (CIPAC, rever sistemas de
informação clínica), e o CNO Council (liderança de enfermagem de alto
nível).
Resultados Impressionantes e Impacto Tangível!
Para medir o impacto, utilizou-se a Verran Professional
Governance Scale (VPGS), uma pesquisa de 22 itens. Os resultados do
pós-intervenção (outubro de 2023, 10 meses após a reestruturação) foram
notáveis:
- Aumento
Drástico da Participação: A taxa de participação na pesquisa
pós-intervenção aumentou de 17% para 118% em todo o sistema, demonstrando
um envolvimento significativamente melhorado dos enfermeiros que
prestam cuidados diretos.
- Melhoria
das Perceções: As médias gerais e por subescala do VPGS melhoraram
após a intervenção.
- Resultados
Operacionais Concretos:
- A
rotatividade voluntária de RNs (Registered Nurses) diminuiu de 20,29%
(final de 2022) para 17,62% (final de 2023).
- O envolvimento
dos RNs na decisão sobre o seu trabalho melhorou de 3,82 em 2022 para 3,93
em 2023.
- A
satisfação geral dos doentes ("likelihood to recommend")
melhorou de 76,78% em 2022 para 78,47% em 2023.
- A
taxa de quedas totais por 1.000 dias-doente diminuiu de 1,96 em 2022 para
1,74 em 2023.
- Houve
uma redução em infeções associadas aos cuidados de saúde.
- As
iniciativas lideradas pela enfermagem através desta estrutura geraram uma
poupança de custos potencial de aproximadamente $1.5 milhões em
2023.
Os conselhos também implementaram iniciativas de sucesso,
como a revisão e aprovação de 19 mudanças na prática de enfermagem, a criação
de uma força-tarefa para o Bedside Shift Report (BSR) que melhorou a
experiência do doente, e uma iniciativa de avaliação da pele "four
eyes" que reduziu lesões por pressão. O Night Shift Council implementou
uma chamada de segurança noturna que diminuiu incidentes de violência e uma
iniciativa "quiet at night" que melhorou a experiência do doente.
O Papel Indispensável da Liderança de Enfermagem
A liderança de enfermagem é fundamental para o sucesso da
"shared decision-making". O seu papel em fornecer recursos, tempo e
apoio é crucial. É vital que os enfermeiros gestores acreditem firmemente na
importância do "professional governance" e garantam que o envolvimento
seja visto como uma expectativa para os enfermeiros, e não apenas uma
obrigação. O fato de o CNO (Chief Nursing Officer) facilitar o Leadership
Advisory Council é um sinal claro de que a organização valoriza o
"professional governance".
Um Sucesso Contínuo e em Evolução!
Este projeto de melhoria de desempenho demonstrou claramente
que organizações com uma estrutura de governação madura podem fazer a transição
bem-sucedida do "shared" para o "professional governance",
resultando num maior envolvimento dos enfermeiros clínicos em todos os níveis
(unidade, hospital e sistema) e numa tomada de decisão mais eficiente dos
conselhos. O modelo e os processos de "professional governance" são
continuamente revistos, com a adição de novos conselhos, como o Nurse Manager
Council e o Clinical Specialist Council em 2024, atendendo a pedidos dos
próprios enfermeiros.
Espero que este resumo tenha sido útil para entender a
importância e o impacto do "professional governance" na enfermagem! É
uma prova de que a colaboração e a responsabilidade individual podem realmente
transformar os cuidados de saúde.
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
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Fernando Barroso
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Referência Bibliográfica:
Lott, T. F., & Partridge, A. (2025). Increasing engagement in
professional governance from the unit to system level. Publicado por Wolters
Kluwer Health, Inc. DOI: 10.1097/nmg.0000000000000245.
domingo, 4 de maio de 2025
10 Sinais de que você Não está preparado para Liderar
10 Sinais de que você Não está preparado para Liderar
(e o que fazer em vez disso)
1. Você agrada às pessoas para evitar tensões
O que fazer: Comece a estabelecer limites e a tomar decisões
firmes, mesmo que elas são impopulares.
2. Você evita conversas difíceis
O que fazer: Pratique a comunicação direta. A honestidade
respeitosa é sempre melhor do que o silêncio.
3. Você transfere a culpa quando as coisas dão errado
O que fazer: Assuma o erro. Partilhe a lição. Ser um exemplo
de responsabilidade.
4. Você faz “microgestão” com tudo
O que fazer: Delegue. Deixe que a sua equipa assuma a
responsabilidade e cresça, mesmo que no início seja complicado.
5. Perde a calma sob pressão
O que fazer: A disciplina emocional é a moeda da liderança.
Aprenda a regular, não a reagir.
6. Diz uma coisa e faz outra
O que fazer: Alinhe as suas ações com as suas palavras. A
confiança constrói-se nos intervalos.
7. Ignora o feedback
O que fazer: Convide a crítica. Os grandes líderes são
estudantes antes de serem mestres.
8. Deixou de aprender
O que fazer: Mantenha-se curioso. Leia, ouça, faça
perguntas. A estagnação mata a liderança.
9. Persegue títulos, não confiança
O que fazer: Concentre-se no serviço, não no estatuto. A
influência ganha-se, não se dá.
10. Você espera pelo “momento perfeito”
O que fazer: Faça a chamada. Assume o risco. A liderança é
uma tendência para a ação.
Lembre-se:
A liderança é conquistada nos momentos difíceis, não nos
fáceis.
Ninguém está pronto no início.
Mas aqueles que enfrentam as verdades brutais?
Eles crescem. Eles elevam-se. Lideram.
Fonte: Luke Tobin
sexta-feira, 25 de abril de 2025
Fotografia dos Doentes no Processo Clínico reduzem o Risco Clínico
A era digital transformou significativamente a área da saúde, introduzindo soluções que têm contribuído para a redução de erros clínicos e para a melhoria da segurança do doente. No entanto, o risco de efetuar pedidos no doente errado ainda persiste, podendo ter consequências graves para os doentes. Estes erros podem envolver medicação, análises laboratoriais e de imagem, procedimentos, intervenções de enfermagem, consultas, altas e outros tipos de pedidos.
Como refere o Dr. Jason
Adelman, clínico e especialista em segurança do doente na Columbia University, “pedidos
efetuados no doente errado deveriam ser um ‘never event’ (evento inadmissível),
ou seja, nunca deveriam acontecer”.
Nesse sentido, a exibição de
fotografias dos Doentes no registo eletrónico de saúde (processo clínico - PC)
surge como uma estratégia promissora para minimizar estes erros. O Dr. Adelman
explica que “os nossos cérebros processam imagens de forma mais rápida e sem
esforço do que palavras, tornando muito mais fácil para um clínico perceber se
está no registo errado ao ver uma fotografia”.
Para avaliar a eficácia
desta abordagem, o Dr. Adelman liderou um estudo que analisou o impacto da
exibição de fotos de Doentes nos PS’s na prevenção de pedidos em Doentes
errados.
A investigação comparou três
intervenções com um grupo sem fotos:
1) a exibição da foto num
banner passivo, denominado “Storyboard” no sistema Epic;
2) um alerta popup
interruptivo com a foto do doente, exigindo um clique para verificação; e
3) a combinação de ambos.
Os erros de doente errado
foram identificados utilizando a Wrong-Patient Retract-and-Reorder Measure
(WP-RAR), um método validado e automatizado desenvolvido pelo Dr. Adelman. Esta
ferramenta identifica pedidos que são efetuados para um doente e retirados dentro
de 10 minutos, sendo subsequentemente efetuados pelo mesmo clínico para um doente
diferente nos 10 minutos seguintes – os chamados erros “near-miss”, detetados
pelo próprio clínico antes de chegarem ao doente.
Os resultados do estudo
demonstraram que todas as três formas de exibição de fotografias reduziram
significativamente os pedidos em Doentes errados em comparação com a
ausência de fotos.
Curiosamente, não foram
encontradas diferenças significativas entre a exibição passiva no Storyboard e
o alerta popup, sendo que ambos demonstraram uma melhoria na ação do
profissional de saúde.
O Dr. Adelman salienta que “as
fotos no Storyboard funcionam tão bem de forma passiva que adicionar um popup
tem um pequeno aumento, mas não estatisticamente significativo e provavelmente
não vale o esforço da fadiga de alertas”. Dada a problemática da fadiga de
alertas nos clínicos, o Dr. Adelman defende a utilização de intervenções
passivas para maximizar o benefício e minimizar o fardo sobre os profissionais.
Um aspeto crucial para o
sucesso desta prática é a disponibilidade de fotografias de Doentes nos PC’s.
Inicialmente, apenas cerca de 40% dos Doentes possuíam fotografias nos
registos. Ao longo de três meses, a equipa de investigação trabalhou em
colaboração com os serviços de Doentes, serviços de informática e operações
para aumentar o número de fotografias disponíveis. Foram desenvolvidos
materiais de apoio, formação para a equipa sobre como e quando tirar
fotografias, e ativação de configurações em quiosques para permitir que os Doentes
tirassem as suas próprias fotos durante o registo.
O Dr. Adelman enfatiza a
importância de evidências rigorosas para promover a adoção de práticas de
segurança, esperando que esta investigação possa “ajudar a acelerar a adoção
de fotos em PC’s”.
Para apoiar a implementação
generalizada de fotografias de Doentes pelos sistemas de saúde, o Dr. Adelman e
a sua equipa estão a desenvolver um toolkit que resume a sua experiência
e inclui materiais desenvolvidos durante a implementação. Este kit incluirá
métodos sobre como incorporar fotografias de Doentes em diferentes ambientes
técnicos, especificações sobre como capturar fotografias de qualidade,
checklists, modelos, políticas e fluxos de trabalho de amostra, bem como
materiais de formação e educação para Doentes.
Em suma, a investigação
demonstra claramente que a exibição de fotografias de Doentes nos registos
eletrónicos de saúde é uma estratégia eficaz para reduzir erros de
identificação de Doentes e, consequentemente, melhorar a segurança do doente.
A implementação desta prática, mesmo de forma passiva através de banners informativos, pode contribuir significativamente para a prevenção de “never events”, reforçando a importância de investir em soluções digitais centradas na segurança do doente.
Fonte: https://digital.ahrq.gov/program-overview/research-reports/2023-year-review
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