Recentemente uma leitora do blog colocou um conjunto de
perguntas relacionadas com a sua actividade como Gestora de Risco Clínico (GRC)
no hospital onde trabalha.
As questões eram múltiplas e entre-cruzadas pelo que tiveram de
ser respondidas com um telefonema. Mas não quero deixar de partilhar aqui a minha visão daquilo
que um gestor de risco clínico pode e
deve ser numa instituição de saúde.
7 Características de um Gestor De Risco Clínico
- O GRC é detentor de experiência clínica reconhecida que lhe permita intervir com base no seu conhecimento e prática clínica, sendo reconhecido pela equipa multidisciplinar;
- O GRC procura novo conhecimento, actualizando as suas competências, através da pesquisa, do estudo e da investigação da temática da Segurança do Doente, actuando como formador nesta área para todos os profissionais da instituição;
- O GRC promove uma avaliação do risco clínico regular, colabora na elaboração de recomendações para a minimização do risco e monitoriza os planos de acção definidos pelos serviços, numa base anual;
- O GRC é responsável pela gestão de um sistema de notificação de incidentes através da análise dos incidentes clínicos ocorridos, definindo a sua gravidade, avaliando as circunstâncias da sua ocorrência e propondo (em parceria com os Serviços) medidas correctivas/preventivas;
- O GRC elabora e divulga relatórios trimestrais dos incidentes ocorridos.
- O GRC propõe a elaboração e/ou a revisão de procedimentos de modo a obter uma prática segura;
- O GRC colabora com o Gestor de Risco Não Clinico na implementação das Politicas de Prevenção e/ou Redução de Riscos.
Não conheço a existência de um documento orientador da DGS
sobre esta matéria, o que faz com que cada instituição de saúde construa o seu
referencial com base em experiências externas e internas relacionadas com a
Segurança do Doente.
A lista proposta é simples, e certamente incompleta, mas
contem aspectos chave da actuação do Gestor de Risco Clínico numa instituição
de saúde.
Ajuda-nos a criar um Perfil
do Gestor de Risco Clínico acrescentando o teu comentário ou sugestão.
Concordas com a lista apresentada? O que achas que falta ou
que deva ser alterado?
Esta figura existe na tua instituição? Qual o perfil
definido para a sua actuação? Quais as suas competências?
Juntos podemos criar um documento de referência sobre esta
matéria.
Olá
ResponderEliminarTalvez acrescentasse a importância do Gestor de Risco Clínico em saber trabalhar em Equipa interdisciplinar, bem como a necessidade de ser também o elo de ligação entre o Sistema Nacional de Notificação e a sua Instituição.
Cumprs
Augusto
Ok.
EliminarEstamos a falar de competências relacionais (trabalho em equipa) e de assumir o elo de ligação com o NOTIFIC@
Obrigado Augusto