Todos aqueles que trabalham na área da saúde têm a
oportunidade de fazer a diferença na experiência sentida pelos doentes que
cuidamos com uma única coisa.
Sim, as competências técnicas são muito importantes e
decisivas, mas quando perguntamos aos doentes aquilo de que mais sentiram
falta, a resposta aponta muitas vezes para a falta de empatia dos profissionais.
Simplesmente fornecer um atendimento empático às pessoas quando elas
estão mais vulneráveis é a coisa certa a fazer.
Quem nunca encontrou um doente “perdido” numa instituição de
saúde sem saber para onde ir? Parar um pouco e reconhecer essa necessidade e
dar-lhe a indicação correta ou mesmo acompanhar o doente ao local correto faz,
para esse doente, toda a diferença e diz muito dos profissionais dessa
instituição. Esta é uma das minhas “únicas coisas”.
Pequenos gestos (uma
única coisa) fazem a diferença. E cada um de nós pode escolher uma única
coisa (uma pequena ação) que pode fazer
sempre para melhorar a experiência dos nossos doentes.
Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. Porque é
que todos nós não começamos a perguntar aos nossos doentes qual é a maior preocupação deles? É uma pergunta simples que pode
levar a um cuidado que transforma a vida.
É muito importante incentivar ativamente toda a equipa da
linha de frente a fazer mudanças simples e pessoais nas suas rotinas diárias
com doentes que possam fazer a diferença para os doentes e para os próprios
funcionários.
Alguns exemplos
(reais):
Um assistente operacional com funções de maqueiro percebeu
que ele poderia ter um impacto real na experiência dos doentes. Ele percebeu
que ele era a última pessoa não-clínica que um doente ansioso via antes de ser
levado para uma cirurgia. A sua única coisa
diferente era colocar a mão no ombro do doente, fazer contato visual e
simplesmente dizer "Você está realmente em boas mãos". Ele afirmou que,
quando fazia isso, podia "sentir fisicamente o doente a relaxar sob o seu
toque".
Outros exemplos de uma única
coisa vão desde palavras amáveis até pequenas, mas importantes mudanças
operacionais. Por exemplo, uma enfermeira percebeu que ela poderia estar tão
orientada para tarefas à cabeceira do doente que estava a ignorar a necessidade
de privacidade e, mais importante, proteger a dignidade do doente,
especialmente quando eles não o conseguiam fazer sozinhos; agora ela faz
questão de cobrir ou puxar as cortinas em cada doente sempre que é realizado algum
cuidado que os expõe, mesmo que estes estejam hesitantes ou incapazes de dizer
qualquer coisa.
Qual é a tua única coisa,
e que fazes sempre, para promover um cuidado mais empático aos teus doentes?
Fernando Barroso
Já conheces a ESCOLA DE SEGURANÇA DO DOENTE?UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#segurancadodoente
Texto inspirado no artigo What
Putting Patients First Really Looks Like da autoria de Ghazala Q
Sharieff, disponível em https://hbr.org/2019/05/what-putting-patients-first-really-looks-like
Olá
ResponderEliminarQuando fui «Prestador de Cuidados» passava muito tempo ao lado dos «meus doentes» conversando sobre a «Vida que tinham lá fora»....
Agora, noutras funções, o que mais faço é «Paro, escuto...e indico».
E não custa nada.....
Cumprs
Augusto