sexta-feira, 27 de maio de 2016

Curso de Segurança do Doente para Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos.

Após quatro anos de cursos dirigidos a Médicos, Enfermeiros e Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, foi organizado pelo GIARC (Grupo de Indicadores, Auditoria e Risco Clínico, CHS) o primeiro Curso de Segurança do Doente para Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos.
Este foi o alinhamento estabelecido para o curso:
  1. Qualidade em Saúde & O Programa de Acreditação no CHS
  2. Risco Clínico & Segurança do Doente - Conceitos fundamentais | Responsabilidades dos Cuidadores | Estratégias de Melhoria
  3. Sistema de Notificação de Incidentes
  4. Boas Práticas na Prevenção e Gestão de Quedas
  5. A Comunicação como Ferramenta de Segurança do Doente
  6. Boas Práticas em Segurança do Doente;
    1. Lavagem das mãos
    2. Fardamento
    3. Equipamentos de Protecção Individual
    4. Higiene e limpeza (superfícies e equipamentos)
    5. Higiene e limpeza Unidade do Doente
    6. Eliminação de Resíduos
    7. Produtos Biológicos
    8. Transporte do Doente
    9. Material Esterilizado
    10. Úlceras por Pressão
  7. Avaliação Final do Curso

Foi sem dúvida um programa “ambicioso” para apenas 7 horas de curso, mas valeu a pena. 
Foram muitas as sugestões e no final foi possível compreender as dificuldades sentidas por estes profissionais, na sua maioria Assistentes Operacionais (apenas uma Assistente Técnica se inscreveu na formação, mas sei que não se arrependeu).
As dificuldades referidas foram:
  • Pouco acesso á informação sobre cursos de formação;
  • Pouca formação existente especifica para AO’s.
  • Impossibilidade de aceder aos cursos por não ser dada dispensa para o efeito.

A verdade é que temos todos de reflectir em conjunto nestes problemas. Os Assistentes Operacionais e Técnicos são parceiros indispensáveis às equipas de saúde

Sem os Assistentes Operacionais e Assistentes Técnicos plenamente envolvidos na segurança do doente e nos seus conceitos, é mais difícil, se não impossível, garantir plenamente a segurança dos doentes nos nossos Serviços de Saúde.

Com este curso também aprendemos algumas lições que utilizaremos em futuras iniciativas.
  • A divulgação dos cursos tem de realizar-se da forma clássica (em papel) evitando o recurso exclusivo ao suporte informático. Estes profissionais não trabalham com computador, logo, não conseguem aceder à informação;
  • É fundamental estabelecer uma parceria com as hierarquias directas e indirectas, negociando o acesso destes profissionais aos cursos de formação;
  • A estrutura do curso tem de ser adaptada e simplificada. Este primeiro curso foi extraordinariamente importante nesse sentido. O Segundo será necessariamente melhor.
  • Deve ser disponibilizado, em papel, toda a informação, se possível durante o curso (desta vez só o consegui em 50%, o restante foi distribuído posteriormente, mas foi cumprida a promessa).

Por último, porque não criar um currículo específico para estes profissionais, demasiadamente esquecidos como receptores de formação (por exemplo um ciclo de formação anual ou bianual)?
Alguém tem sugestões para temas que queira partilhar/sugerir?

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