terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Relatório Actividades PPCIRA - DGS | (#SD330)

Este documento é o relatório de actividades do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA) relativamente ao ano de 2017 e 2018.
Dele constam os principais resultados nas áreas de actuação do PPCIRA (Estratégia Multimodal de Promoção das Precauções Básicas em Controlo de Infecção, Vigilância Epidemiológica, Consumos de Antibióticos e Resistências aos Antibióticos), bem como são apresentadas as actividades desenvolvidas pelo Programa em 2018 e as que se prevêem desenvolver em 2019.
O documento chama a atenção para a necessidade de se melhorar a vigilância epidemiológica e de se investir na informação transmitida aos profissionais de saúde e aos cidadãos em geral.
Globalmente é possível referir que entre 2013 e 2017 os resultados melhoraram na área do controlo de infecção e resistência aos antimicrobianos em Portugal.
DGS

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Empatia nos Cuidados de Saúde | (#SD329)

Para verdadeiramente "cuidar" é preciso compreender o nosso semelhante e ver além do óbvio.
Para conseguir a "Segurança do Doente", a empatia é também fundamental.


Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

sábado, 15 de dezembro de 2018

Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos | PNSD-15-20 | (#SD328)


Prevenir e Controlar as Infeções e as Resistências aos Antimicrobianos é o 9º objetivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20

As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) dificultam o tratamento adequado do doente e são causa de significativa morbilidade e mortalidade, bem como de consumo acrescido de recursos hospitalares e comunitários. No entanto, cerca de um terço são, seguramente, evitáveis.

O controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde está associado à prevenção da resistência aos antimicrobianos. (…). Contudo, o seu uso maciço, e frequentemente inadequado, promoveu a emergência e seleção de bactérias resistentes e multirresistentes, (…).
É crescente, a nível mundial, a resistência aos antimicrobianos, existindo bactérias apenas suscetíveis a poucos antibióticos e, como tal, causadoras de infeções de tratamento extremamente difícil.

Assim, o antibiótico, essencial para a realização, em segurança, de muitas intervenções e processos de saúde e determinante do aumento da esperança de vida verificado na segunda metade do século XX, passou a estar ameaçado de perda de eficácia. Há que reduzir a pressão antibiótica, prevenindo todas as infeções evitáveis, não usando antibióticos quando não existe infeção bacteriana e reduzindo a duração da terapêutica ao mínimo indispensável para curar a infeção e evitar a recidiva.  
(…)

Portugal apresenta (…) consumo excessivo de quinolonas na comunidade, um elevado consumo hospitalar de carbapenemes, uma excessiva duração da profilaxia antibiótica cirúrgica e, provavelmente, uma excessiva prescrição e duração de terapêutica antimicrobiana.

A taxa de infeção hospitalar em Portugal é mais elevada do que a média europeia e há infeções do local cirúrgico, como a cesariana e a infeção do local cirúrgico associada a cirurgia da vesícula biliar que apresentam tendência crescente. 
(…)

A adesão dos hospitais portugueses à vigilância epidemiológica de IACS é ainda pouco significativa, sobretudo em termos de vigilância de infeção do local cirúrgico.

Na realidade, controlo de infeção e prevenção de resistências aos antimicrobianos são duas faces da mesma moeda, (…) Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, conforme Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde n.º 2902/2013, de 22 de fevereiro.

Os objetivos gerais deste Programa prioritário são a redução da taxa de infeção associada aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos, (…)


METAS PARA O 9º OBJECTIVO

1) Atingir uma taxa de prevalência de infeção hospitalar de 8%.
2) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de antimicrobianos.
3) Atingir uma taxa de MRSA de 20%.
4) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de carbapenemes.
5) Reduzir em 50% face a 2014, o consumo de quinolonas


ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Monitorizar as infeções associadas a cuidados de saúde, o consumo de antibióticos em ambulatório e em meio hospitalar e a resistência a antibióticos
  •  Reportar anualmente à Direção-Geral da Saúde os resultados das monitorizações realizadas.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

Não haverá alterações sem uma consciência global de todos os envolvidos nas estratégias há muito conhecidas. A roda já foi inventada. É só aplicar:
  • Cumprir com as recomendações básicas de controlo de infecção;
  • Garantir práticas adequadas de isolamento;
  • Formar os Profissionais e educar Doentes e Famílias.

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

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domingo, 9 de dezembro de 2018

Assegurar a prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes | PNSD-15-20 | (#SD327)


Assegurar a prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes é o 8º objetivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
A OMS e a Comissão Europeia recomendam (…) o desenvolvimento de sistemas de notificação de incidentes de segurança, independentes dos sistemas de reclamações e ou disciplinares, que promovam a aprendizagem com o erro e a consequente implementação de ações de melhoria.

Recomendam, ainda, que seja garantida a confidencialidade ao notificador e o anonimato da informação notificada e reportada.

A notificação de incidentes (…) é considerada (…) uma das ferramentas para identificar os riscos, perigos e vulnerabilidades de uma organização, sendo a que melhor possibilita a partilha de aprendizagens com o erro.
(…)

A subnotificação de incidentes de segurança é uma realidade internacional, sendo, portanto, necessário melhorar, (…) o nível da cultura de notificação e de aprendizagem com o erro.
(…)

O sistema de notificação de incidentes de segurança é designado, atualmente, por “notific@” (mais sobre o notific@ aqui) (…)

O apoio à notificação por parte dos dirigentes das instituições prestadoras de cuidados de saúde, reforçando o propósito da aprendizagem organizacional com os incidentes em detrimento da identificação da autoria desses incidentes, é fundamental para aumentar a segurança dos doentes.
Só assim cada instituição pode desenhar um plano interno dos riscos clínicos e não clínicos existentes que permita implementar medidas preventivas de ocorrência de incidentes de segurança.

Do mesmo modo, é fundamental que seja dada informação de retorno ao notificador sobre a análise da notificação realizada e a descrição da implementação das respetivas medidas corretoras levadas a cabo, para que a causa que motivou o incidente não se volte a repetir. Estas medidas, por uma questão de transparência e de aumento de confiança nos serviços de saúde, devem ter visibilidade pública.

META PARA O 8º OBJECTIVO
  • Aumentar, em 20%/ano, o n.º de notificação de incidentes de segurança no notific@.

ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Promover a adesão dos profissionais à notificação de incidentes no Notific@.
  • Analisar as causas dos incidentes.
  • Implementar medidas preventivas de recorrência de incidentes.
  • Auditar, semestralmente, as práticas realizadas na análise de incidentes.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

Um incidente não notificado “não existe”!
A principal recomendação que posso fazer é a constituição de um grupo/comissão para análise dos incidentes da instituição, sempre numa perspetiva de aprendizagem e de melhoria da Segurança do Doente.

Sem este estrutura, não é possível implementar com sucesso uma “prática sistemática de Notificação, Análise e Prevenção de Incidentes”

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Campanha - Segurança do Doente do CHULC


Campanha: Segurança do Doente

A promoção de práticas mais seguras destacando o papel central do cidadão na melhoria da qualidade e da segurança dos cuidados é uma prioridade para a Organização Mundial de Saúde e Direção Geral de Saúde. Neste sentido, o envolvimento dos doentes e dos profissionais em iniciativas deste âmbito, é também uma prioridade para o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, pelo que nos últimos anos, desenvolveu várias campanhas de “Segurança do Doente” dirigidas ao cidadão e profissionais. O sucesso destas campanhas, motivou o Centro Hospitalar a ir “mais além” e para 2019 assinala este tema através da “Campanha da Segurança do Doente: Crescer Mais em Segurança do Doente”.

Temos como principal objetivo incentivar o trabalho em equipa na promoção das boas práticas nas várias dimensões da segurança do doente, envolvendo o cidadão e os profissionais de saúde. Todos somos responsáveis por garantir a segurança do doente em todos os momentos do seu percurso no Sistema Nacional de Saúde, pelo que é necessário desenvolver esforços em equipa para um caminho mais seguro.

A “Campanha da Segurança do Doente” é dinamizada pelo Gabinete de Segurança do Doente e conta com o apoio da Área de Gestão da Formação, da Associação Científica dos Enfermeiros do CHULC e da Associação Viva Mulher Viva.

Contribua também para este desafio participando no nosso evento, dia 13/12/2018 das 09h às 13h, na Sala de Conferências Dra. Lídia Gama do Hospital Dona Estefânia do CHULC.
Inscreva-se gratuitamente através do número de telefone 21 359 64 41 ou email: agformacao@chlc.min-saude.pt

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Prevenir a ocorrência de Úlceras por Pressão| PNSD-15-20 | (#SD326)


Prevenir a ocorrência de Úlceras por Pressão é o 7º objectivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
As úlceras de pressão são um problema de saúde pública mundial e um indicador da qualidade dos cuidados prestados.

As úlceras de pressão, em particular, e as feridas crónicas, em geral, causam sofrimento, aumentam a prevalência de infecções, diminuem a qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores podendo, em situações extremas, levar à morte.
(…)
As úlceras de pressão podem ocorrer não só em doentes geriátricos, mas em todos os doentes com algum ou todos os factores de risco associados.

Estes fatores (…) de risco associados são:
  • imobilidade, frequentemente associada à permanência numa (…);
  • estado nutricional,
  • integridade da pele,
  • idade
  • nível de oxigenação do sangue.


Uma úlcera de pressão pode começar a desenvolver-se em qualquer contexto assistencial, incluindo num bloco operatório ou numa unidade de cuidados intensivos.

Apesar da evidência internacional indicar que cerca de 95% das úlceras de pressão são evitáveis através da identificação precoce do grau de risco, é reconhecido que a utilização dessas práticas não é sistemática nas unidades prestadoras de cuidados de saúde.

De acordo com o International Pressure Ulcer Prevalence Survey (…)2011,
um em cada dez doentes em hospital de agudos desenvolve uma úlcera de pressão. Em unidades de cuidados continuados, o risco aumenta para cerca de um em cada quatro doentes.
  • (…) a taxa de prevalência global de úlceras de pressão foi de 10,8%
  • (…) a taxa de prevalência de úlceras associadas aos cuidados de saúde hospitalares foi de 4,5%.
  • Em unidades de cuidados continuados a taxa de prevalência foi de 8,4%.
  • (…) em doentes com idade igual ou superior a 80 anos de idade, a taxa de prevalência de úlceras adquiridas em hospital ascendeu a 7,3%
  • (…) nos doentes com idade igual ou superior a 90 anos, ascendeu para 9,6%.

A prevenção de úlceras de pressão é um desafio organizacional, pois requer uma abordagem interdisciplinar e adaptada ao risco específico de cada doente, sendo, também, necessário existir uma cultura organizacional que promova o trabalho em equipa e a comunicação eficaz.

(…) as instituições (…) devem ter
  • sistemas e estruturas de governação para a prevenção e a gestão de úlceras de pressão,
  • (…) a implementação de procedimentos e protocolos baseados na melhor evidência (…) avaliação do risco e
  • sistemas de notificação para identificar, investigar e atuar com prontidão para reduzir a frequência e a severidade das úlceras de pressão.

As instituições devem (…)
  • implementar planos de gestão do tratamento da úlcera de pressão
  • e de comunicação/educação ao doente e ao cuidador.

A identificação de fatores de risco deve realizar-se utilizando um dos instrumentos de avaliação recomendados (…) como é o caso (…) da escala de Braden e da escala de Norton. (…)

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde emitiu, em 2011, orientações sobre a avaliação do risco de desenvolvimento de úlcera de pressão nos doentes, em todos os contextos assistênciais (…).

É necessário que as instituições realizem, de forma sistemática;
  • a avaliação do risco,
  • a prevenção e o
  • tratamento das úlceras de pressão(…)
  • e que realizem auditorias internas para assegurar a melhoria contínua destas práticas. (…)

META PARA O 7º OBJECTIVO
  • 95% das instituições prestadoras de cuidados de saúde implementaram práticas para avaliar, prevenir e tratar úlceras de pressão.
  • Reduzir em 50% face a 2014 o número de úlceras de pressão adquiridas nas instituições do Serviço Nacional de Saúde ou com ele convencionado. 

ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
  • Implementar práticas para avaliar, prevenir e tratar úlceras de pressão;
  • Auditar, semestralmente, as práticas para a avaliação, prevenção e tratamento de úlceras de pressão.

ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR
Provavelmente a medida com maior impacto numa instituição de saúde seja a Criação de um Grupo/Comissão cujo foco especifico seja a prevenção e tratamento das Feridas e Úlceras por pressão
A este Grupo/Comissão competirá:
  • definir as melhores estratégias institucionais,
  • desenvolver normas e procedimentos internos,
  • Liderar a formação interna,
  • funcionar como consultores, e
  • auditar as boas práticas.

Apenas com uma estratégia transversal, que promova o conhecimento efectivo dos profissionais cuidadores será possível diminuir as taxas de incidência de úlceras por pressão nas instituições.

Para saber mais, podes ainda fazer o download do Guia de Consulta Rápida - Prevenção e Tratamento de Úlceraspor Pressão do National Pressure Ulcer Advisory Panel, European Pressure Ulcer Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevention and Treatment of Pressure Ulcers: Quick Reference Guide. Emily Haesler (Ed.). Cambridge Media: Osborne Park, Western Australia; 2014.

Aqui no blog também encontras mais informação sobre Úlceras por Pressão



Fernando Barroso

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domingo, 25 de novembro de 2018

Prevenir a ocorrência de quedas| PNSD-15-20 | (#SD325)


Prevenir a ocorrência de quedas é o 6º objectivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
As quedas ocorrem devido à perda de equilíbrio ou à incapacidade em recuperá-lo. Ocorrem em todas as faixas etárias, contudo, é na população mais idosa que a prevalência do risco de queda e os danos daí resultantes têm sido maiores.
As quedas estão na origem de uma significativa morbilidade ou mortalidade, sendo uma das principais causas de internamento hospitalar. (…)

A literatura internacional refere que as quedas são a causa subjacente de cerca de 10 a 15% de todos os episódios que acorrem aos serviços de urgência.(…)

Estima-se, ainda, que a estadia hospitalar varie entre quatro a 15 dias e que cerca de 20% da população idosa com fratura da anca provocada por uma queda, morra após um ano.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

NOVEMBRO - Mês do Antibiótico | 2018 | (#SD324)


O Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos alia-se ao European Centre for Disease Prevention (ECDC) e à Organização Mundial de Saúde (OMS) e lança Novembro como o mês do antibiótico.

É tempo de assumir que as infeções associadas aos cuidados de saúde e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos são um grave e crescente problema de saúde pública a nível mundial, que não deve ser ignorado face às implicações que acarreta para os utentes e para as organizações de saúde, nomeadamente o aumento da morbilidade e mortalidade, prolongamento do tempo de internamento e aumento dos custos em saúde.

Segundo dados de um estudo realizado pela Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE) e divulgado no presente mês cerca de 2,47 milhões de pessoas poderão morrer na Europa, América do Norte e Austrália entre 2015-2050 devido a infeções causadas por bactérias multirresistentes. Países como Itália, Grécia e Portugal lideram a lista dos países da OCDE com maior taxa de mortalidade prevista associada à resistência antimicrobiana e coloca-os numa situação alarmante no que diz respeito ao número de anos de vida perdidos ajustados pela incapacidade (DALYs). Politicas para promover a higienização das mãos, limpeza ambiental e programas de redução da prescrição de antibióticos permitiria salvar between 35,000 to 38,000 lives per year across the 33 countries included 35.000 a 38.000 vidas por ano nos 33 países incluídos no estudo.

Para um maior conhecimento acerca dos padrões de resistência referente a Portugal encontra-se publicado o relatório do ECDC - European Antimicrobial Resistance Surveillance Network (EARS-Net), onde se destaca o crescimento de resistência das enterobacteriáceas aos carbapenemes e uma diminuição de Staphylococcus aureus resistente à meticila (MRSA).

Neste sentido, importa combater a resistência aos antimicrobianos, adotando uma estratégia “One Health, que engloba a promoção do uso racional de antibióticos na saúde humana, na produção agrícola e pecuária e no meio ambiente.
A Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica vem emitir um conjunto de orientações sobre antibioterapia propondo uma “classificação dos anti-infeciosos” em função da sua utilização – profilaxia cirúrgica, regular ou condicionada – e uma atenção particular à evolução de consumos de carbapenemos e quinolonas.

Torna-se crucial a partilha de informação junto dos profissionais de saúde e dos cidadãos, envolvendo todos nesta responsabilidade, que deve ser partilhada, no combate à prevenção de resistência aos antimicrobianos. Programas de apoio à prescrição antibiótica, campanhas de sensibilização dirigidas à população, bem como a dinamização de momentos formativos nas diversas equipas são evidência de recursos que devem ser implementados nas organizações de saúde.
Felisbela Barroso
Verónica Florêncio
Enfermeiras do Grupo Coordenador Local de Controlo de Infeção e Prevenção de Resistências aos Antimicrobianos do Centro Hospitalar de Setúbal


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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Dia Mundial do STOP às Úlceras Por Pressão + Folheto Grátis (#SD323)


Dia 15 de Novembro assinala-se o Dia Mundial do STOP às Úlceras Por Pressão (UPP), um momento no qual se procura formalizar pelo mundo iniciativas que visam sensibilizar para as questões da prevenção de úlceras por pressão como um direito universal.

Na verdade, neste dia dever-se-á reflectir para além das taxas de incidência e prevalência de UPP, sejam estas do contexto hospitalar, na comunidade, entre outros. Porque os números são importantes, mas não traduzem tudo, quantificam neste caso o fenómeno, mas estão longe de explicar o que é viver com uma, ou várias UPP… estamos a falar de pessoas, como eu e tu, que por algum motivo têm a sua condição de saúde alterada, imagine-se situações de mobilidade reduzida, alterações da perceção sensorial que nos confinam a uma cama e, por várias razões que a ciência documenta, desenvolvem UPP…. o sofrimento de ter, o medo, o isolamento, a incapacidade, a dor, a dignidade?

Se a evidência documenta que na sua maioria são evitáveis… se esta mesma evidência está disponível há mais de duas décadas, porque não conseguimos garantir a segurança das pessoas que cuidamos?

domingo, 28 de outubro de 2018

Assegurar a Identificação Inequívoca dos Doentes| PNSD-15-20 | (#SD320)


Assegurar a Identificação Inequívoca dos Doentes é o 5º objectivo estratégico do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 (PNSD-15-20).

Este artigo está dividido da seguinte forma:
  • O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
  • METAS PARA O 4º OBJECTIVO
  • ACÇÕES A DESENVOLVER
  • ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A IMPLEMENTAR

O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
O elevado número de doentes e de profissionais da saúde envolvidos na prestação de cuidados de saúde e a necessidade de resposta imediata às situações agudas ou de crise, como as de urgência ou emergência, potenciam a probabilidade de ocorrência de incidentes relacionados com a identificação dos doentes.

(…) a identificação incorrecta do doente pode resultar na troca de tratamentos invasivos ou potencialmente perigosos, como são exemplos a troca de medicação, de transfusões de sangue, de análises clínicas e de intervenções cirúrgicas.

(…) nos serviços prestadores de cuidados de saúde, a identidade dos doentes deve ser sempre confirmada através de dados fidedignos, como é o caso do nome, da data de nascimento e do número único de processo clínico na instituição, sendo prática segura o recurso a, pelo menos, dois destes dados. O número do quarto ou da cama de um doente internado não pode ser considerado um dado de identificação fidedigno.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Apresentação Congresso APEGEL - O Enfermeiro Gestor e Segurança (#SD319)

Esta foi a minha apresentação ao 8º Congresso Internacional da APEGEL, que decorreu de 18 a 20 de Outubro de 2018 no Funchal, Madeira.
Espero que gostes.


Fernando Barroso
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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 10 | (#SD318)


10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE 
10 facts on patient safety
Actualizado pela OMS em Março de 2018

Facto # 10 – Os erros administrativos representam cerca de metade de todos os erros médicos nos cuidados de saúde primários.

Revisões recentes da literatura revelaram que ocorrem erros médicos (ao nível dos cuidados de saúde primários) entre 5 e 80 vezes por cada 100.000 consultas.

Os erros administrativos - aqueles associados a sistemas e processos de prestação de cuidados - são o tipo de erros mais frequentemente relatados ao nível dos cuidados de saúde primários.

Estima-se que entre 5 a 50% de todos os erros médicos nos cuidados de saúde primários sejam erros administrativos.
Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE | Facto nº 9 | (#SD317)


10 FACTOS SOBRE A SEGURANÇA DO DOENTE 
10 facts on patient safety
Actualizado pela OMS em Março de 2018

Facto # 9 – Embora o uso de radiação tenha melhorado os cuidados de saúde, a exposição médica generalizada à radiação é uma preocupação de saúde pública e de segurança.

O uso médico da radiação ionizante é o maior contribuinte individual para a exposição da população à radiação de fontes artificiais.

Em todo o mundo, existem mais de 3,6 biliões de exames de raio-x realizados a cada ano, com cerca de 10% deles a ocorrerem em crianças.

Além disso, ocorrem anualmente mais de 37 milhões de procedimentos de medicina nuclear e 7,5 milhões de procedimentos de radioterapia.

O uso inadequado ou não especializado de radiação médica pode levar a riscos para a saúde tanto para doentes como para profissionais de saúde.
Fernando Barroso
UM DIA SERÁS TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente