No
dia 20/01/2017 a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar
(APDH), promoveu uma sessão denominada Plano Nacional para a Segurança do Doente - Aumentar
a cultura de segurança do ambiente interno.
Um
dos temas mais comentado foi o da Avaliação da Cultura de Segurança do Doente.
O
questionário da "Avaliação da Cultura de Segurança do Doente nos Hospitais
Portugueses” passou a ser aplicado, a partir de 2014, em todos os hospitais do
Sistema de Saúde Português (DGS- Norma nº 025/2013 de 24/12/2013 atualizada a 19/11/2015 - Avaliação da Cultura de Segurança do Doente nos
Hospitais).
Também
nos Cuidados de Saúde Primários, essa avaliação é agora uma realidade (DGS- Norma nº 003/2015 de 11/03/2015 - Avaliação
da Cultura de Segurança do Doente nos Cuidados de Saúde Primários).
Uma das principais
dificuldades da generalidade das Instituições é garantir a adesão
voluntária dos seus profissionais ao preenchimento do questionário por
forma a obter uma % de participação “representativa”.
Há mesmo
quem advogue uma alteração da estratégia de aplicação do questionário passando-o
de voluntário para “obrigatório”.
Na minha opinião esta é uma discussão
desnecessária, veja-se:
Reconhecendo
que não são idênticas, considero no entanto que não
existe variação significativa nas dimensões normalmente bem classificadas
nem nas dimensões classificadas com os valores mais baixos (dimensões
problemas).
Isto verifica-se
nos resultados das avaliações internacionais que tem ocorrido (fonte dados DGS),
assim como nos
resultados das instituições nacionais (fonte dados DGS), independentemente da % de participação ser
elevada ou baixa.
Arrisco a
dizer que, mesmo numa instituição que nunca tenha sido avaliada, se o
questionário for aplicado, os resultados serão praticamente sobreponíveis àqueles
que já conhecemos de outras instituições nacionais.