quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Quando percebes que estás atrasado nas auditorias sobre Segurança do Doente | #SD436


A Auditoria é indiscutivelmente uma das melhores ferramentas de Segurança do Doente que podemos usar.

Para que a auditoria seja representativa e estatisticamente significativa, é importante conseguir uma amostra volumosa. Dito isto, o "volume" pode variar muito tendo em consideração o foco da auditoria.

A "higiene das mãos" é um desses focos.

O problema é quando percebes que deixas-te passar o tempo (e as oportunidades) para fazer em tempo útil 200 observações. É claro que posso ir sentar-me numa sala de tratamentos e observar a atividade de 2 ou 3 profissionais durante uma manhã, mas isso não vai traduzir-se necessariamente numa amostra "diversificada e representativa".

Vou implementar outro método

Já agendei um primeiro momento de observação para dia 04/01/2022 (uma terça-feira). O segundo momento será na quarta-feira da semana seguinte. O terceiro momento será na quinta-feira da semana seguinte e assim sucessivamente até atingir (ou ultrapassar) as 200 observações. Desta forma consigo também alcançar a desejável diversidade, uma vez que serão observadas equipas diferentes e locais diferentes, sem tornar a experiencia (auditoria) em algo pesado.

Com esta estratégia sigo aquele principio em que "um pouco de cada vez vai transformar-se em muito".

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

A Organização do espaço de trabalho é indispensável à Segurança do Doente | #SD435

Em qualquer local onde se prestam cuidados de saúde, a forma como organizamos o espaço de trabalho é muito importante. Essa organização determina a eficiência com que conseguimos prestar os cuidados de saúde, mas contribui também para a segurança do doente.

Qualquer profissional, ao prestar cuidados num determinado local deve:

  • Possuir um conhecimento profundo do espaço físico envolvente e familiarizar-se com todos os equipamentos e materiais;
  • Conhecer o mobiliário hospitalar disponível e as suas características;
  • Conhecer os equipamentos médicos existentes, a sua forma de funcionamento e quaisquer outras características especificas, quem e como contactar em caso de avaria e qual o plano de manutenção;
  • Saber quais os dispositivos médicos existentes (material clínico). As suas quantidades, localização e forma de reposição.

A Equipa que trabalha nesse local deve treinar de forma recorrente as situações mais complexas que podem ocorrer nesse local de trabalho específico, antecipando e resolvendo quaisquer dificuldades que consigam identificar.

Devem realizar simulações relacionadas com as atividades mais complexas, e sempre que adequado, devem realizar reuniões de Debriefing após qualquer evento (positivo ou negativo) para recolher a melhor aprendizagem e construir opções para situações futuras.

Todas estas atividades, ajudam a desenvolver a Cultura de Segurança da Equipa, e com isso a prestar cuidados de qualidade e em segurança.

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente

sábado, 4 de dezembro de 2021

Funções do Gestor de Risco | #SD434

O Gestor de Risco de um serviço é um profissional nomeado pelo Serviço para aí assumir um conjunto de responsabilidades relacionadas com a gestão do risco (clinico e não clinico) de forma articulada com os grupos ou comissões que detêm a nível institucional a responsabilidade da gestão do risco, segurança do doente, controlo de infeção, etc.

A iniciativa de nomeação deste elemento(s) pode ocorrer por iniciativa do próprio serviço, ou como é mais comum, após solicitação institucional.

O profissional nomeado deve ser escolhido atendendo às suas características pessoais e gosto pela área. O seu empenho no estudo e desenvolvimento da temática serão determinantes para o sucesso do seu trabalho e isso terá consequências positivas para o serviço.

As funções de um gestor de risco (clinico e/ou não clinico) pode (entre outras) abranger as seguintes:

  • Promover a avaliação regular do risco (clínico e não clínico);
  • Incentivar e acompanhar o relato de incidentes;
  • Promover a formação em serviço sobre prevenção de riscos e relato de incidentes;
  • Colaborar com o processo de auditoria do serviço e partilhar essa informação com as entidades com responsabilidade na área da gestão do risco da Instituição;
  • Implementar Planos de Ação, com o objetivo da melhoria nos cuidados ao doente e na prestação de serviços.
  • Participar nas reuniões institucionais regulares com todos os Gestores de Risco para partilha de resultados e transferência interpares de experiências e conhecimento;
  • Recolher resultados de indicadores específicos desenvolvidos localmente pelo Serviço e partilhar essa informação com as entidades com responsabilidade na área da gestão do risco da Instituição;
  • Conhecer o plano de evacuação para o serviço e para o Hospital;
  • Promover internamente a divulgação do plano de evacuação do serviço e do Hospital;
  • Conhecer a localização de escadas, botões manuais de alarme, extintores de incêndio, boca-de-incêndio e pontos de encontro/reunião, do seu serviço;
  • Conhecer os membros das diversas equipas de emergência do serviço;
  • Divulgar aos profissionais do serviço as Normas Gerais de Segurança contra incêndios, de evacuação do serviço e o fluxograma de atuação perante Emergência/Catástrofe Interna;
  • Informar o Diretor/Responsável do Serviço sobre qualquer anomalia que possa vir a provocar um sinistro ou que possa comprometer a segurança da evacuação;
  • Articular-se funcionalmente com todas as entidades com responsabilidade na área da gestão do risco da Instituição;
  • Ser o elemento de ligação entre os Responsáveis do seu serviço/unidade e as entidades com responsabilidade na área da gestão do risco da Instituição;

A estas funções, acrescem certamente outras. Quais são as que tu sugeres ou tens implementadas no teu serviço?

Fernando Barroso

UM DIA SERÁS TU O DOENTE!

#umdiaserastuodoente