Este artigo está dividido da seguinte
forma:
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
METAS PARA O 4º OBJECTIVO
ACÇÕES A DESENVOLVER
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A
IMPLEMENTAR
O QUE NOS DIZ O PNSD-15-20
As infeções
associadas aos cuidados de saúde (IACS) dificultam o tratamento adequado
do doente e são causa de significativa
morbilidade e mortalidade, bem como de consumo acrescido de recursos
hospitalares e comunitários. No entanto, cerca
de um terço são, seguramente, evitáveis.
O controlo das infeções associadas aos
cuidados de saúde está associado à prevenção da resistência aos
antimicrobianos. (…). Contudo, o seu uso
maciço, e frequentemente inadequado, promoveu a emergência e seleção de bactérias
resistentes e multirresistentes, (…).
É crescente, a nível mundial, a
resistência aos antimicrobianos, existindo bactérias apenas suscetíveis a
poucos antibióticos e, como tal, causadoras de infeções de tratamento
extremamente difícil.
Assim, o antibiótico, essencial para a realização, em segurança, de muitas
intervenções e processos de saúde e determinante do aumento da esperança de
vida verificado na segunda metade do século XX, passou a estar ameaçado de perda de eficácia. Há que reduzir a
pressão antibiótica, prevenindo todas as infeções evitáveis, não usando
antibióticos quando não existe infeção bacteriana e reduzindo a duração da
terapêutica ao mínimo indispensável para curar a infeção e evitar a recidiva.
(…)
Portugal
apresenta (…) consumo excessivo de quinolonas na comunidade, um elevado consumo
hospitalar de carbapenemes, uma excessiva duração da profilaxia antibiótica
cirúrgica e, provavelmente, uma excessiva prescrição e duração de terapêutica antimicrobiana.
A taxa de
infeção hospitalar em Portugal é mais elevada do que a média europeia e há
infeções do local cirúrgico, como a cesariana e a infeção do local cirúrgico
associada a cirurgia da vesícula biliar que apresentam tendência crescente.
(…)
A adesão dos
hospitais portugueses à vigilância epidemiológica de IACS é ainda
pouco significativa, sobretudo em termos
de vigilância de infeção do local cirúrgico.
Na realidade, controlo de infeção e prevenção
de resistências aos antimicrobianos são duas faces da mesma moeda, (…) Programa
de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos, conforme
Despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde n.º 2902/2013, de
22 de fevereiro.
Os objetivos
gerais deste Programa prioritário são a redução da taxa de infeção associada
aos cuidados de saúde, a promoção do uso correto de antimicrobianos e a
diminuição da taxa de microrganismos com resistência a antimicrobianos, (…)
METAS PARA O 9º OBJECTIVO
1) Atingir uma taxa de
prevalência de infeção hospitalar de 8%.
2) Reduzir em 50% face a
2014, o consumo de antimicrobianos.
3) Atingir uma taxa de
MRSA de 20%.
4) Reduzir em 50% face a
2014, o consumo de carbapenemes.
5) Reduzir em 50% face a
2014, o consumo de quinolonas
ACÇÕES A DESENVOLVER (pelas Instituições prestadoras de
cuidados de saúde do Serviço Nacional de Saúde e com ele convencionado)
- Monitorizar as infeções
associadas a cuidados de saúde, o consumo de antibióticos em
ambulatório e em meio hospitalar e a resistência a
antibióticos
- Reportar anualmente à
Direção-Geral da Saúde os resultados das monitorizações
realizadas.
ESTRATÉGIAS E ACÇÕES CONCRETAS A
IMPLEMENTAR
Não haverá alterações
sem uma consciência global de todos os envolvidos nas estratégias há muito
conhecidas. A roda já foi inventada. É só aplicar:
- Cumprir com as
recomendações básicas de controlo de infecção;
- Garantir práticas
adequadas de isolamento;
- Formar os Profissionais
e educar Doentes e Famílias.
Fernando Barroso
UM DIA SERÁS
TU O DOENTE!
#umdiaserastuodoente