quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dia da semana do procedimento e mortalidade a 30 dias para cirurgia electiva: Análise retrospectiva da estatística de episódios de internamento hospitalar

Autores do estudo original: P Aylin clinical reader in epidemiology and public health, R Alexandrescu research associate, M H Jen research associate, E K Mayer Walport clinical lecturer, A Bottle senior lecturer in medical statistics.

Segundo a Revista VISÃO (artigo original), que sita fonte da SkyNews, Um estudo britânico inédito revela que os doentes que são submetidos a uma cirurgia de rotina a uma sexta-feira correm 44% mais risco que os que vão ao bloco operatório à segunda-feira.

Segundo a Sky News, aquela que é a primeira análise da relação entre o dia da semana a que é realizada uma cirurgia e o risco que corre o Doente concluiu que o pior dia para ser submetido a uma operação de rotina é a sexta-feira. Na realidade, pior ainda seria se a cirurgia fosse durante o fim-de-semana, caso em que o risco de morte aumentaria para 82%, mas a grande maioria das cirurgias não urgentes são realizadas em dias úteis.



Os investigadores da organização Dr Foster Intelligence, do Imperial College London, responsáveis pelo estudo, apontam como causa para a diferença na taxa de mortalidade os padrões inferiores de cuidados nos hospitais durante o fim-de-semana, quando os pacientes estão a recuperar das cirurgias feitas à sexta-feira.

"As 48 horas seguintes a uma operação são as mais críticas em termos do desenvolvimento de complicações", explica Paul Aylin à Sky News.

O estudo teve em conta mais de 4 milhões de operações levadas a cabo em hospitais britânicos entre 2008 e 2011

Podes ler a notícia original da SkyNews aqui
.

Os resultados foram publicados no British Medical Journal. O Artigo cientifico original intitula-se Day of week of procedure and 30 day mortality for elective surgery: retrospective analysis of hospital episode statistics” e pode ser descarregado na integra aqui.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Semana da Segurança do Doente no CHLC: Quedas

Nos hospitais as quedas são incidentes muito frequentes com impacto na morbilidade e na
qualidade de vida do doente, contribuindo para o aumento dos custos dos cuidados de saúde. 
 
Vários estudos apontam que 80% dos incidentes relatados nos hospitais são quedas de doentes.
 
Em 5 a 6% destas quedas, verificou-se que o doente sofreu uma fratura ou uma lesão grave, com repercussões a nível psicológico, económico e social.
 
Vários fatores podem contribuir para as quedas, destacando-se a idade (acima dos 65 anos), o estado mental, a medicação que o doente está a tomar, a história de queda anterior e fatores ambientais.
 
A identificação destes fatores e a adoção de medidas para a prevenção da queda devem ser abordados quer em ambiente hospitalar quer na comunidade.
 
Pela sua importância, este foi o tema escolhido pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, para a sua “Semana de Segurança do Doente: Quedas”, que teve lugar de 13 a 20 de Maio".
Para mais informações consulte aqui o site do CHLC e fique a saber mais.
 
Susana Ramos 

domingo, 19 de maio de 2013

SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO DE INCIDENTES - ORGANIZAÇÃO DE UMA ESTRUTURA INTERNA DE TRABALHO

SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO DE INCIDENTES
ORGANIZAÇÃO DE UMA ESTRUTURA INTERNA DE TRABALHO

 Este é um artigo de opinião baseado na experiência diária de construção, desenvolvimento e gestão de um Sistema de Notificação de Incidentes (SNI) numa Instituição de Saúde.
Pode fazer o Download em PDF no final do Artigo.
Os Serviços de saúde e os seus Profissionais compreendem, de forma cada vez mais abrangente, a importância crucial da implementação de sistemas que permitam a notificação (voluntária e confidencial) dos incidentes e eventos adversos que ocorrem nas Instituições, permitindo desta forma a posterior aprendizagem e reformulação dos sistemas de trabalho que suportam a prestação de cuidados.

O Movimento Patient Safety (Segurança do Doente) foi colocado em marcha a nível mundial. Os Doentes possuem cada vez mais informação pelo que caminhamos para um momento em que os próprios Doentes e a Sociedade em geral exigirá que se tomem medidas concretas para que essa segurança seja efectivamente uma realidade.

Todos os estados membros estão empenhados na implementação de medidas concretas (RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA de 9 de Junho de 2009 sobre a segurança dos pacientes, incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde) e Portugal não é excepção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), no seu documento WHO Draft Guidelines for Adverse Event Reporting and Learning Systems, from information to action, 2005,cuja leitura e estudo aqui se recomenda, identifica no capitulo 6 as Características de um Sistema de Notificação de Sucesso, e que são:
·         Não Punitivo – Esta é a característica mais importante. Quem notifica não deve ter medo de ser punido, ou que outros o sejam.
·         Confidencial - A identificação do trabalhador, do doente e da instituição não são revelados.
·         Independente - O sistema de notificação é independente da autoridade com poder disciplinar.
·         Análise por “especialistas” - Os incidentes são analisados por especialista que compreendem as circunstâncias clinicas e que estão treinados para reconhecer as causas sistémicas.
·         Oportuno - O incidente é rapidamente analisado e as suas conclusões rapidamente divulgadas.
·         Orientado para o Sistema - As recomendações focam-se nas mudanças do sistema, processos ou produtos, e não no desempenho individual.
·         Reactivo - Quem recebe os relatórios tem capacidade para os divulgar e implementar as suas recomendações.

Tendo em mente estas características, podemos colocar duas questões:
Como implementar, de raiz, um Sistema de Notificação de Incidentes (SNI)?
Qual a Estrutura de Suporte necessária para o seu funcionamento?

sábado, 18 de maio de 2013

Desafios na Comunicação com o Doente do Séc. XXI - Segurança do Doente


Conferência apresentada no 2.º Encontro de Enfermagem do Hospital de Vila Franca de Xira.
O Encontro foi subordinado ao tema: Articular para Melhor Cuidar - Um Processo de Melhoria Contínua.
(clica na imagem)
Fernando Barroso