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domingo, 17 de dezembro de 2017
sábado, 9 de dezembro de 2017
Quais os 10 Principais Riscos relacionados com a Tecnologia na Saúde para 2018 | SD275
À medida que a tecnologia se torna mais avançada, também
surgem mais perigos e riscos potenciais.
É com base nesta premissa que o Emergency Care Research Institute – ECRI revelou os 10 Principais Riscos relacionados com a Tecnologia na Saúde
para 2018.
Para criar esta lista anual, a equipa de especialistas da
ECRI sugere tópicos para consideração. De seguida um painel de peritos, estratifica-os
com base nos seguintes critérios:
- Gravidade. Qual a probabilidade de o perigo causar ferimentos graves ou a morte?
- Frequência. Quão provável é o perigo? Isso ocorre com frequência?
- Abrangência. Se o risco ocorrer, as suas consequências podem afetar um grande número de pessoas, dentro de uma instituição ou em várias instituições?
- Insidiosa. O problema é difícil de reconhecer? O problema poderia levar a uma cascata de erros a jusante antes de ser identificado ou corrigido?
- Perfil. O perigo é suscetível de receber publicidade significativa? Foi relatado nos média, e um hospital afetado provavelmente receberá atenção negativa? O risco tornou-se um foco de órgãos reguladores ou agências de acreditação?
- Prevenção. Podem ser tomadas ações agora para evitar o problema ou pelo menos minimizar os riscos? O aumento da consciencialização sobre o risco ajudará a reduzir futuras ocorrências?
Todos os tópicos seleccionados para a lista são, até
certo ponto, evitáveis.
No topo da lista para 2018 está o pedido de “resgate” (ransomware) e outras
ameaças à segurança on-line.
"Num ambiente de saúde, um ciberataque pode afetar
significativamente a prestação de cuidados de saúde, tornando inutilizáveis os
sistemas informáticos, impedindo o acesso aos registros de dados do doente e
afetando a funcionalidade de dispositivos médicos em rede", observa o
relatório da ECRI.
Os problemas de segurança informática podem prejudicar o
fornecimento de consumíveis, causar o cancelamento de procedimentos, expor
informações privadas e colocar a segurança dos doentes em risco.
E apesar dos esforços contínuos, o tema continua a ser
problemático. A 15-05-2017 a ACSS emitia um comunicado que começava assim: “Como é do conhecimento
geral, está a decorrer um ciberataque sem precedentes na história. A apreciação
dos factos disponíveis leva à necessidade de medidas cautelares adicionais.”
Os outros nove perigos na lista incluem:
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
INFEÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS COM CATETER VESICAL | Desafios à implementação da norma da DGS | SD274
INFEÇÕES URINÁRIAS RELACIONADAS COM CATETER VESICAL
Desafios
à implementação da norma da DGS
Resumo da apresentação nas II Jornadas da Qualidade e
Segurança do Doente, decorridas no IPO de Coimbra, a 10 de novembro de 2017.
Autor: Filipe Santos | Enfermeiro – GCL-PPCIRA |Pós-graduado em Gestão de Unidades de Cuidados | Mestrando em Enfermagem
As infeções associadas aos
cuidados de saúde (IACS) têm uma taxa de prevalência de 10,5%, quase o dobro da
verificada na União Europeia (UE). A taxa de incidência verificada na UE é de
6,1%. As infeções custam a cada cidadão da UE cerca de 3000€/ano.
As principais localizações das
IACS, consoante a bibliografia pesquisada, são as vias respiratórias e as vias
urinárias.
Os microrganismos mais
frequentemente isolados são Staphylococcus áureos resistentes à meticilina (nas
vias respiratórias) e Escherichia coli, Staphylococcus saprophyticus, Proteus
sp., Klebesiella sp. e Enterococcus faecalis (nas vias urinárias).
A problemática das IACS é
silenciosa e desvalorizada. Para se ter uma ideia, em Portugal, por ano,
morre-se 7,2 vezes mais de IACS do que de acidentes de viação. Contas feitas,
morrem diariamente 12,6 doentes devido a IACS.
A resistência aos antimicrobianos
tem sido uma preocupação crescente. Acredita-se que se não forem encontrados
novos antibióticos podem morrer anualmente 390000 pessoas em 2050 só na UE.
Estimativas apontam para que 10000000 de pessoas em todo o mundo possam morrer
devido à resistência aos antimicrobianos em 2050.
A prescrição de antibióticos
perante bacteriúria assintomática não deve acontecer. Se a bacteriúria for
sintomática deve ser tratada com antibiótico de baixo espectro, baseado no
cultura da urina e no perfil de sensibilidade.
As infeções urinárias (IU) são
das mais frequentes e aumentam em 2,4 dias o internamento de doentes
cirúrgicos. 17% das bacteriemias nosocomiais são de fonte urinária e têm uma
mortalidade associada de 10%. No entanto, as IU têm baixa morbilidade
comparativamente a outra IACS.
De todas as IU, entre 70% a 80%
são devidas à presença de cateter vesical (CV).