domingo, 30 de março de 2014

CULPA: DUAS FACES DA MESMA MOEDA

Existe uma enorme discrepância entre os ditames do Direito e os da Segurança dos Doentes em relação à CULPA. O Direito tem como pressupostos da responsabilidade civil a verificação cumulativa do facto voluntário, da ilicitude, da culpa, do dano e do nexo de causalidade entre o facto ilícito e o dano. E no apuramento da responsabilidade criminal, são pressupostos da mesma a ação típica, ilícita e culposa. Do exposto decorre que o nosso regime jurídico esta assente no pressuposto fundamental - a CULPA do profissional de saúde.
Para os princípios da Segurança do Doente imputar a culpa ao profissional de saúde não é correto e não resolve a questão de fundo. A evidência revela que o erro não tem apenas um fator causal,  se culpabilizarmos o individuo, não será possível desenhar uma estratégia honesta e efetiva que garanta a melhoria da segurança. Em vez de questionarmos “quem” deveremos questionar “como”. Só nesta perspetiva será possível motivar todos os envolvidos no processo de cuidar para o compreensão da problemática do erro na prestação de cuidados.

sábado, 29 de março de 2014

Gestão do Risco: Segurança do Doente em Ambiente Hospitalar

A Gestão do Risco e a Segurança do Doente nos hospitais portugueses, começou a dar os primeiros passos no final da década de 90, a partir de projetos voluntários de melhoria da qualidade em saúde, conduzidos pelo King’s Fund e Joint Commission International. Da experiência partilhada e aprendida podemos afirmar que a Gestão do Risco na Saúde é uma metodologia de excelência que contribui para aumentar a segurança de todos.

As diferentes estruturas da organização devem manter uma estreita articulação neste processo e a equipa de gestão do risco deve articular com todos os serviços e diversas entidades da organização, designadamente Comissão da Qualidade, Controlo da Infeção Hospitalar, Saúde Ocupacional, Gabinete do Utente, Gabinete Contencioso, Instalações e Equipamentos, Hoteleiros entre outros. No que diz respeito às responsabilidades na gestão do risco, esta é de todos, pois todos os profissionais têm responsabilidades na prevenção de incidentes e na promoção da segurança.

A Gestão do Risco assenta em quatro pilares essenciais que devem ser suportados por um programa de formação estruturado para todos os profissionais da organização. Da nossa experiência, estes pilares são a base para a operacionalização de um Programa de Gestão de Risco, sendo eles:
            - Sistema de Relato de Incidentes
            - Identificação e Avaliação do Risco
            - Monitorização de Indicadores de Segurança do Doente
            - Auditoria como Instrumento de Melhoria Continuia


Neste artigo, iremos apenas aprofundar os dois primeiros pilares, baseando-nos na literatura internacional e na nossa experiência como enfermeiras no Centro Hospital de Lisboa Central.
Pode consultar o artigo e efetuar o download em:
Autores: Susana Ramos e Lurdes Trindade

quarta-feira, 5 de março de 2014

Patient Safety Awareness Week 2014

Está a decorrer (de 2 a 8 de Março) a "Patient Safety Awareness Week 2014", patrocinada pela National Patient Safety Foundation.

Acede ao site e podes encontrar imensas sugestões para a promoção da Segurança do Doente dirigidas a Doentes e a Profissionais de Saúde.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Boas Práticas em Segurança do Doente e Qualidade dos Cuidados

O Site EuropeanUnion Network for Patient Safety and Quality of Care, PaSQ foi oficialmente lançado em Maio de 2012.
Neste site podemos encontrar entre outra informação, um conjunto de exemplos de Boas Práticas em Segurança do Doente e Qualidade dos Cuidados de vários países europeus.
Um site a explorar e a marcar como “favorito”

domingo, 2 de março de 2014

Passagem de Turno em Enfermagem e a Segurança do Doente

As questões relacionadas com a segurança do doente emergem de forma premente no contexto da saúde em Portugal.
Com o objetivo de tornar os cuidados de enfermagem mais seguros, partimos da mais recente evidência científica para debater o importante tema da comunicação e da segurança em algo muito específico e próprio da prática de enfermagem: a passagem de turno.

Deste modo, após uma revisão e analise relacionando a importância da passagem de turno para os cuidados de enfermagem à luz da problemática da segurança do doente, apresentamos neste artigo uma revisão sobre o tema, bem como alguns aspetos e recomendações importantes a ter em conta para tornar este procedimento e consequentemente os cuidados de enfermagem mais seguros.
Pode ler o artigo na integra AQUI.

Autores do Artigo:
Pedro Afonso: Enfermeiro no Serviço de Ginecologia do Hospital de São Francisco Xavier, Mestre em Intervenção Sócio-Organizacional na Saúde; Pós Graduado em Gestão e Liderança dos Serviços de Saúde
Pedro Lourenço: Enfermeiro no Serviço de Ginecologia do Hospital de São Francisco Xavier; Pós Graduado em Gestão e Liderança dos Serviços de Saúde

Este artigo é da responsabilidade dos seus autores.
O Blog “Risco Clínico e Segurança do Doente” agradece aos Enfermeiros Pedro Afonso e Pedro Lourenço esta partilha.