Manny Alvarez é médico, Professor Adjunto de Obstetrícia e Ginecologia
na Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York. Ele ponderou os prós e
contras do uso do smartphone na sala de operações num recente editorial para a
Fox News Health.
Aqui estão cinco
pensamentos sobre este assunto do Dr. Alvarez.
- Os smartphones permitem que os médicos no bloco operatório acedam a aplicativos médicos úteis, procure informações críticas ou solicitem ajuda rápida, se necessário. No entanto, de acordo com o Dr. Alvarez, os hospitais não podem monitorizar adequadamente os médicos para garantir que estes estejam a usar os seus telefones apenas para fins de trabalho.
- Os médicos e outros profissionais de saúde que usam os seus smartphones no bloco operatório para simplesmente "matar o tempo" prejudicam a segurança do doente, afirma o Dr. Alvarez.
- Ele também observou que os smartphones, que muitas vezes transportam bactérias, quando usados no bloco operatório aumentam o risco de infecção do doente.
- Os médicos usam o smartphone para aceder e compartilhar informações privadas do doente. Um relatório de 2016 da Skycure descobriu que 14% dos médicos armazenam dados do doente nos seus smartphones sem uma password e mais de 60% dos médicos transferem a informação do doente por meio de mensagem de texto (SMS).
- 5. "Embora os especialistas não consigam dar um número exacto de erros clínicos relacionados com os smartphones, estes dispositivos claramente aumentam o risco da segurança do doente", concluiu o Dr. Alvarez. "Os médicos (e outro pessoal clínico) devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se manterem alerta e diminuir as infecções durante a cirurgia. Os Hospitais e o pessoal clínico devem actuar em conjunto para implementar uma estratégia e aplicá-la. Afinal, é a segurança do doente que está em jogo".
E não só em "áreas sensíveis", mas também quando se está a cuidar de um doente, por exemplo, durante um transporte interno (é comum encontrar profissionais a empurrar uma cama ao mesmo tempo que consultam o seu smartphone).
Que mensagem estamos a passar ao nosso doente?
Estamos verdadeiramente atentos ao que se está a passar com ele?
Reconhecemos estas questões como um risco potencial para a segurança do doente? Provavelmente não.
Fernando Barroso