Num incidente recente, um profissional de saúde relata
que um doente oncológico tinha ficado, uma vez mais, privado da sua sessão de
radioterapia previamente agendada porque a
empresa de transporte de doentes não tinha comparecido a horas para efectuar o
transporte desse doente para o local onde faria o tratamento.
Devido ao atraso,
o centro de radioterapia recusou efectuar o tratamento.
Esse tratamento acabou por ser adiado e reagendado para o dia seguinte à mesma hora.
No dia seguinte
aconteceu a mesma coisa.
Apesar de a Instituição ter contratado este serviço a uma empresa privada, tendo atempadamente comunicado os horários a cumprir, a
empresa (que aceitou efectuar o serviço nos termos atrás descritos) não cumpre
com o combinado.
A “frio”, alguns dirão que “basta não pagar pelo serviço não
realizado”. Mas o problema vai muito além
dessa constatação óbvia.
O doente, perfeitamente lúcido e consciente da situação em que se
encontra e em que se vê envolvido, reage (em desespero) primeiro recusando efectuar mais tratamentos ou
tomar qualquer medicação, e depois entrando em depressão, chorando e
manifestando o seu desânimo.