▼
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
domingo, 28 de setembro de 2014
NOTIFIQ@ - Sistema Nacional de Notificação de Incidentes
O novo sistema continua a utilizar como base a linguagem da CISD (Classificação Internacional para a Segurança do Doente), mas tudo foi reformulado, simplificando a notificação e a inclusão de informação.
O grande salto foi dado no entanto no "back-office" do sistema, o que permitirá aos Gestores Locais nomeados pelas Instituições uma verdadeira interação com as notificações, aproveitando o máximo da informação disponibilizada.
Este pode não ser ainda um sistema perfeito (estará longe disso), mas é um sistema que funciona, está em Portugal e tem uma equipa que vai ouvir as criticas construtivas, incorporando rapidamente as mudanças que venham a identificar-se como necessárias.
Para já, pedia-te que utilizassem o sistema, sem receios, mas com uma postura critica positiva.
De "Velhos do Restelo" estamos todos fartos.
Que dúvidas tens? quais são as tuas maiores objeções? Como posso ajudar?
Usa os comentários abaixo e deixa a tua opinião sobre o Sistema Nacional de Notificação de Incidentes - NOTIFIQ@
Fernando Barroso
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Folheto informativo – Guía Del Paciente Usuario de Urgencias.
Folheto informativo – guía del paciente usuario de urgencias from Fernando Barroso
Este fim-de-semana, quando
arrumava algumas pastas, encontrei este folheto, muito interessante.
É um guia informativo dirigido
aos doentes utilizadores do serviço de urgência do “Hospital Universitário de
Sant Joan - Alicante, Espanha, local onde tive o privilégio de estagiar no âmbito
do Programa HOPE, em 2007.
O mesmo contém “dicas” muito
interessantes que podem ser aproveitadas.
Espero que gostem.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Sabe qual é o item mais frequentemente deixado dentro de um doente cirúrgico?
De acordo com um artigo
publicado no Journal of the American College of Surgeons, o item mais frequentemente deixado
dentro dos doentes cirúrgicos é a
esponja (compressa) cirúrgica, muitas
vezes difícil de se ver uma vez
embebida em sangue e empurrada para dentro de uma cavidade do corpo.
Um grupo de investigadores
utilizou a informação existente na base de dados da University
Health System Consortium Safety Intelligence para analisar quando as esponjas retidas
eram imediatamente identificadas,
versus quando elas eram identificadas numa data posterior.
Eles descobriram que as equipas cirúrgicas que utilizavam 2 métodos (contagem das
esponjas e tecnologia de radiofrequência)
tinham a melhor probabilidade de identificação de
esponjas e evitar complicações relacionadas com objetos cirúrgicos retidos. Segundo
a equipa, a radiofrequência foi a ferramenta mais precisa e eficaz em termos de custos
para manter o controlo de objetos
cirúrgicos.
Para saber como funciona esta nova tecnologia
de radiofrequência pode ver um vídeo explicativo aqui.
De acordo com o CMS (Centers for Medicare & Medicaid Services),
a incidência de objetos cirúrgicos
retidos é de cerca de 1 em cada 6.000 cirurgias, ou
8.500 por ano nos
Estados Unidos, com um custo de 63
mil dólares americanos por remoção
de item.
Em Portugal ainda não
existem dados agregados que permitam conhecer esta realidade.
E na sua Instituição, o que se passa?
E na sua Instituição, o que se passa?
domingo, 7 de setembro de 2014
2ª fase de inscrições para o Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente
Está aberta a 2ª fase de inscrições para o
Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente
na ENSP- Universidade Nova de Lisboa.
Esta 2ª fase decorrerá até ao dia 18 de Setembro.
Para mais informações queiram por favor visitar em www.ensp.unl.pt
O Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente é um curso de Extensão Universitária que resulta da parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública – Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz e da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Destinatários - O Curso dirige-se a detentores do grau de licenciatura nas áreas da saúde ou áreas afins, que exerçam ou pretendam exercer funções em instituições de saúde nos diferentes níveis Cuidados de Saúde Primários (Atenção Primária), Cuidados Hospitalares e Cuidados Continuados, do sector público, privado ou social, no Brasil, em Portugal, nos PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e em Timor-Leste.
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Identificação inequívoca de doentes – Uma experiência partilhada dos hospitais espanhóis
Os
Hospitais Universitários Regional
y Virgen de la Victoria de Málaga partilharam abertamente um interessante trabalho realizado para
melhorar a identificação
inequívoca de seus doentes.
Foram
disponibilizados os seguintes materiais:
- Procedimento de trabalho para a identificação inequívoca dos doentes;
- Folheto informativo para profissionais sobre a identificação inequívoca dos doentes;
- Folheto informativo para doentes sobre a identificação inequívoca dos doentes;
- Informação para os doentes sobre a identificação inequívoca.
Basta clicar nos links
para aceder aos documentos referidos.
Fernando Fausto M. Barroso
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Exemplo de uma Avaliação de Risco. Mas afinal estava incompleta, faltava a ação…
O exemplo que queremos partilhar convosco é muito simples e pode ser considerado essencialmente como um risco "não clínico".
No final apresentamos
ainda os 5 principais pontos de um levantamento de risco eficaz.
Um Serviço fez a
seguinte Avaliação de Risco (resumo,
com identificação protegida):
Identificação
do perigo:
|
Riscos
Associados:
|
Nº
e caracterização de pessoas expostas:
|
|
A rampa situada na
entrada da porta principal do Serviço encontra-se muito polida não possuindo
qualquer tipo de aderência.
|
Desequilíbrio, queda
de profissionais, doentes, (…).
|
Profissionais, Doentes
(todos utilizam esta porta para acesso, entrada e saída do Serviço).
|
|
Probabilidade de ocorrência
|
Gravidade
|
Nível de risco
(com base na
matriz de risco)
|
|
D
|
IV
|
4
|
|
Medidas
corretivas/Preventivas:
|
Responsável:
|
Prazo:
|
Evidências:
|
Avaliação técnica
especializada de modo a suprimir o risco.
|
O Serviço de
Instalação e Equipamentos.
|
Atuação urgente (um
mês)
|
(campo em branco)
|
O registo da avaliação foi posteriormente
enviado para o grupo que efetua o acompanhamento do risco clínico na
Instituição, que após análise considera que o mesmo está incompleto.
domingo, 17 de agosto de 2014
Incidentes de Segurança do Doente no Serviço de Urgência: Um Estudo Aponta as Principais Causas
De acordo com um estudo publicado na revista BMC Medicine Emergency, as falhas nos sistemas são quase duas vezes mais
propensas do que os erros dos profissionais de contribuir para Incidentes de Segurança dos Doentes (ISD) nos Serviços de Urgência (SU).
Os investigadores realizaram um estudo de observação num grande SU ao
longo de um período de dois anos. Durante o estudo, foram identificados 152 ISD.
Cada caso foi analisado relativamente a seis tipos de falhas do sistema – Triagem; Trabalho em equipa no
SU; Trabalho em equipa no hospital; Ambiente de trabalho no SU; Ambiente de
trabalho hospitalar e Admissão do doente - e cinco erros baseados na prática do profissional de saúde – Grande
erro cognitivo, Erro cognitivo, Falha na interpretação de uma radiográfica;
Desvio de politica ou procedimento, e; Erro de procedimento.
No total, foram identificados 188
falhas dos sistemas e 96 erros com base
na prática do profissional que contribuíram para os 152 ISD’s
Destes 152 casos, 12 levaram a danos
ao doente, sendo que as falhas dos
sistemas foram identificados em 11 dos 12 casos.
Os autores do estudo concluíram que "para reduzir efectivamente os Incidentes de Segurança dos Doentes,
as iniciativas de melhoria da qualidade dos Serviços de Urgência devem concentrar-se
na redução das falhas no sistema".
Fernando Fausto M. Barroso
sábado, 16 de agosto de 2014
Higiene das Mãos ou Limpeza Ambiental: O que é mais eficaz?
Embora tanto a higiene
adequada das mãos como a limpeza do
ambiente sejam essenciais para as estratégias de prevenção da infecção nos serviços
de saúde, avaliar o efeito de cada uma das estratégias é importante para que os
hospitais e outras instituições prestadoras de cuidados poderem alocar recursos
convenientemente.
Um estudo recentemente publicado “Preventing the transmission of multidrug-resistantorganisms: modeling the relative importance of hand hygiene and environmentalcleaning interventions.” afirma que "são necessários
esforços e recursos significativos para melhorar a aderência em qualquer uma
destas áreas,". "Quando as instalações de saúde estão a investir os
seus recursos limitados nas estratégias de prevenção da infecção, seria útil
saber qual a estratégia que é provável que tenha o maior impacto na prevenção
da transmissão."
Para encontrar a resposta, os investigadores desenvolveram
um modelo de transmissão da infecção através das mãos dos profissionais de
saúde colonizados e dos quartos com uma limpeza incompleta numa Unidade de
Cuidados Intensivos (UCI). Enfermeiros e médicos tinham níveis de adesão à
higienização das mãos distintas. Os investigadores simularam 175 cenários e
compararam os efeitos da mudança da taxa de higiene das mãos e da taxa de
limpeza ambiental sobre a transmissão de Acinetobacter
baumannii, Staphylococcus aureus methicillin-resistant e enterococos resistentes
à vancomicina.
Eles descobriram que aumentar a adesão à higienização
das mãos superava os aumentos iguais na perfeição da limpeza dos quartos - um aumento de 10% na conformidade da higiene
das mãos e um aumento de 20% na limpeza rigorosa dos quartos teve o mesmo
efeito sobre a redução da transmissão dos organismos.
Assim, aumentar a taxa de cumprimento da higiene das
mãos deve ser importante para as instalações com taxas atuais de conformidade baixa.
No entanto, "a limpeza do meio
ambiente pode ter um benefício
significativo para os hospitais ou unidades individuais que têm níveis de
conformidade para a higiene das mãos alta ou uma taxa baixa no rigor de
limpeza."
A tudo isto não é certamente alheia a nova campanha
do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos
Antimicrobianos – A Campanhadas Precauções Básicas de Controlo de Infeção - CPBCI lançada a 5 de Maio de 2014, integra o módulo da Higiene das Mãos que
já está em curso desde 2009, ao qual se irão sendo acrescentados os outros
componentes das Precauções Básicas. Estão previstos para 2014 e 2015, a
abordagem a dois componentes: o Uso de
Luvas e a Higiene e controlo
ambiental. Em 2015 e posteriormente, irão sendo integrados os restantes
componentes.
Fernando Fausto M. Barroso
sábado, 9 de agosto de 2014
Sabia que a utilização de luzes intermitentes pode aumentar a taxa de adesão à higiene das mãos?
A taxa de adesão à higiene das mãos duplicou num hospital, após colocação
de luzes vermelhas intermitentes junto dos dispensadores de desinfetante das
mãos, de acordo com um estudo publicado no American Journal of Infection Control.
A taxa de adesão inicial foi de 12,4%, determinada através de uma
observação dissimulada de oito dispensadores de Solução Aquosa de Base Alcoólica
(SABA) colocados perto da entrada principal do hospital.
Em seguida, as luzes vermelhas foram colocadas em quatro dos oito dispensadores
e a observação das práticas de higienização das mãos foi retomada, em dois
ciclos em Janeiro e Abril de 2013.
Os investigadores verificaram que a utilização
da luz vermelha aumentou a conformidade para 23,5% no tempo frio e para 27,1% durante
o tempo quente.
No geral, a taxa média de cumprimento aumentou
para 25,3%.
Os autores do estudo concluíram "Nós colocamos a hipótese de que a
nossa intervenção chamou a atenção para os distribuidores, que em seguida
lembrou os funcionários e visitantes para a importância da lavagem das mãos".
Clique no link abaixo para ter acesso ao estudo completo do American Journal of Infection Control - A study of the efficacy of flashing lights to increase the salience ofalcohol-gel dispensers for improving hand hygiene compliance
Outros
recursos interessantes sobre este tema:
Estudo (Full Text) – Hand Hygiene: An analysis of one hospital’s intervention and adiscussion of the limitations of observational hand hygiene studies
Estudo (Full Text) – An Electronic Eye on Hospital Hand-Washing
Apresentação Power-Point
com diferentes abordagens à monitorização da higiene das mãos – ExploringNew Developmentsin Hand Hygiene
Fernando Fausto M. Barroso
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
40% Das Informações Críticas São Omitidas Na Passagem De Turno Da Manhã – Resultados de um estudo
Parece
estar a faltar uma comunicação completa
durante as passagens de turno da manhã, de acordo com um estudo no JAMA Internal Medicine.
Os
investigadores observaram estudantes
de medicina do terceiro ano e os
internos do primeiro e do segundo ano durante as suas passagens de turno da manhã após
um turno da noite.
Eles
verificaram que os estagiários do turno
da noite omitiram 40,4% dos "problemas
clinicamente importantes" durante estas passagens de turno da manhã.
Além
disso, os estagiários não
documentaram nenhum desses problemas no processo clínico
do doente em 85,8% das vezes.
De acordo com o estudo, os
investigadores sugerem que “os programas de treino devem introduzir atividades
educativas e de mudanças de fluxo de trabalho, e atribuir tempo dedicado e um
ambiente livre de distrações, para melhorar a passagem da informação.”
Este é um
problema que afeta também outros profissionais com deixámos claro no artigo Passagem de Turno em Enfermagem e a Segurança do Doente.
Uma comunicação clara, completa e a
vontade (de ambas as partes) para ouvir são certamente uma chave importante para
a segurança do doente.
Fernando Fausto M. Barroso
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Revista Cuid’arte Ano 7 nº11
Divulgação da Revista Cuid’arte Ano 7 nº11, Uma revista de enfermagem do Centro Hospitalar de Setúbal
Pode aceder à mesma e a outras edições através do blog da revista em http://cuidartesetubal.blogspot.pt
Todos são convidados a colaborar com a revista através do envio de sugestões e artigos para publicação (normas disponíveis no blog).
sábado, 2 de agosto de 2014
Implementar Programas de Qualidade e de Segurança do Doente: Que Ganhos Podemos Esperar?
Autores: Paulo Sousa e João Lage
A
segurança e a qualidade num sistema de saúde têm uma expressão individual e
sistémica: o doente submete-se a cuidados progressivamente mais tecnológicos,
invasivos e fragmentados numa organização que pretende garantir que o ganho em
complexidade não se traduza simultaneamente em maior risco e lesão.
Qualidade e
segurança são habitualmente difíceis de quantificar. Que definições usar? Quais
as medidas adequadas para avaliar lesão, erro ou fiabilidade? São necessárias
medidas objetivas e úteis que permitam a monitorização, pelas equipas de saúde,
dos ganhos obtidos na implementação de planos de melhoria da prática clínica.
Nas equipas de saúde é frequente a incompreensão dos conceitos de qualidade e
segurança.
Com base na experiência de 12 anos da implementação de um programa
de Qualidade e Gestão de Risco num Centro Hospitalar de Lisboa, tentamos aqui
responder a algumas das questões que são habitualmente levantadas sobre o tema.
Para acesso ao artigo:
domingo, 20 de julho de 2014
Os médicos cometem erros. Podemos falar sobre isso?
Todos os médicos cometem erros (aliás, todos os profissionais que
trabalham no setor da saúde - Enfermeiros, Fisioterapeutas, TDT's, Assistentes
Operacionais e Técnicos, Administradores, etc...).
Mas, o médico Brian
Goldman diz que a cultura de negação (e vergonha) da medicina impede os médicos
de alguma vez falarem sobre esses erros, ou utilizá-los para aprender e
melhorar.
Ele conta histórias de sua própria longa prática clínica e convida
os médicos a começarem a falar sobre “estar errado”. (Filmado em TEDxToronto.)
sábado, 19 de julho de 2014
What Can We Learn From Stories of Self-Diagnosis?
O que podemos aprender com as histórias de Doentes que
definem o seu próprio diagnóstico, quando os médicos não o conseguem fazer?
Isso é o que podemos descobrir nesta newsletter (em inglês) que contêm histórias bem interessantes e
principalmente sobre a importância de uma COMUNICAÇÃO eficaz de parte-a-parte.
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Botões dos Elevadores nos Hospitais Mais Contaminados do Que os WC’s
De acordo com uma pesquisa publicada recentemente no “Open Medicine” os botões
dos elevadores de um Hospital estão normalmente colonizados por bactérias, e têm uma maior prevalência de colonização
do que as superfícies das casas-de-banho (WC’s).
Os investigadores realizaram zaragatoas em 120 botões de elevadores – quer
em botões no interior quer no exterior dos elevadores – e em 96 superfícies de WC’s
em três hospitais de cuidados agudos em Toronto.
A prevalência de colonização por
bactérias nos botões dos elevadores foi de 61%, em oposição à prevalência de 43%
dos WC’s. No entanto, a maioria das bactérias encontradas não eram clinicamente
relevantes.
De acordo com os investigadores o risco de transmissão de microorganismos
através dos botões do elevador pode ser mitigado por medidas preventivas
simples. Eles sugeriram a colocação estratégica de distribuidores de solução desinfectante
das mãos de base alcoólica, dentro e fora dos elevadores e aumentar a educação
pública sobre a necessidade de higiene das mãos para as pessoas que utilizam
frequentemente os elevadores.
Fazer os botões do elevador suficientemente grandes para permitir que
sejam pressionados com os cotovelos também poderia reduzir a transmissão de microorganismos.
E na sua Instituição, ou Prédio de Habitação, com que frequência são
limpos os botões do elevador?
Fonte: Open Medicine
Fernando Fausto M Barroso
domingo, 6 de julho de 2014
Segundo Relatório da Comissão Europeia sobre a implementação da RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO sobre a segurança dos pacientes, incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde
A Comissão Europeia divulgou a 19 de Junho de 2014 o
Segundo Relatório ao Conselho Europeu (em inglês) relativo à implementação da RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO de 9 de Junho de 2009 sobre a segurança dos pacientes,
incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde (2009/C
151/01).
Recomendamos a leitura atenta deste documento, e
salientamos aqui alguns pontos das suas conclusões:
Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS)
Ao conduzir à adopção de uma definição geral e
específica para IACS e fornecer uma metodologia e moldura padronizada para a
vigilância nacional de IACS, a acção a nível da União Europeia (EU) contribuiu
para o fortalecimento dos sistemas de vigilância das IACS na UE.
Em particular, o estudo europeu de prevalência do ECDC
de IACS e uso de antimicrobianos em 2011-12 contribuiu para a melhoria da
recolha de dados sobre a IACS, mesmo em Estados-Membros que ainda não haviam
começado com esta actividade.
Os relatórios “pointprevalence report - ECDC” e “Commission’sfirst implementation report” indicam que os Estados-Membros devem
concentrar os seus esforços em assegurar a vigilância orientada das IACS do local
cirúrgico, unidades de cuidados intensivos, casas-de-repouso e outras instalações
de cuidados de longa duração.
São necessárias novas medidas a implementar pelos
Estados-Membros para melhorar a recolha de informação de rotina sobre IACS, desenvolvimento
de directrizes de diagnóstico nacionais, formação continuada dos profissionais
de saúde na aplicação de definições de IACS e o reforço da capacidade dos laboratórios
e outras capacidades de diagnóstico em instituições de saúde.
Mais especificamente, o estudo de prevalência efectuado
em toda a Europa - destacou a necessidade de assegurar:
● um número suficiente de profissionais especializados
em controle de infecção a colocar em hospitais e outras instituições de saúde;
● capacidade de isolamento suficiente para doentes infectados
com microorganismos clinicamente relevantes nos hospitais de cuidados agudos;
● vigilância padronizada do consumo de Solução alcoólica
para as mãos.
(…)
Segurança do Doente
A recomendação tem levantado com sucesso a consciencialização
sobre a segurança do doente a nível político e provocou mudanças, como o
desenvolvimento de estratégias e programas nacionais de segurança dos doentes e
o desenvolvimento de sistemas de informação e de aprendizagem em muitos
Estados-Membros da UE. Foi criado um clima propício para a melhoria da
segurança dos doentes na UE.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Injeções - Práticas Seguras
O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) criou dois vídeos para
promover práticas de injeção segura através da sua campanha “One & Only"” em
conjunto com a Safe InjectionPractices Coalition.
Os vídeos, intitulados "Check Your Steps! Make Every Injection Safe” e
"Managing Patient Safety, One Injection at a Time", contêm
informações direccionadas ao prestadores de cuidados e gestores de instituições
de saúde, destinadas a reforçar o conhecimento sobre o controlo da infecção.
Pode ver a seguir os vídeos desta campanha.
Vídeo - "Check Your Steps! Make Every Injection Safe”
Vídeo - "Managing Patient Safety, One Injection at a Time"
Caso esteja interessado, pode aceder aqui a mais material da campanha One & Only
domingo, 29 de junho de 2014
Quanto Custam os Eventos Adversos
Artigo Original - Impacto económico de los eventos adversos en los hospitales espanoles a partir del Conjunto Mínimo Básico de Datos.
Este é um excelente artigo que contribui para um melhor conhecimento acerca dos custos associados aos eventos adversos, e cuja leitura recomendamos (pode fazer o dowload clicando no link acima).
Todos temos consciência que prevenir custa menos dinheiro do que “remediar ou reparar”, mas existe uma enorme dificuldade em demonstrar este principio. Com este artigo podemos procurar soluções que apontem para uma resposta mais fácil a este problema, tornando evidente os benefícios dos programas de Segurança do Doente nas Instituições de Saúde.
Este é um excelente artigo que contribui para um melhor conhecimento acerca dos custos associados aos eventos adversos, e cuja leitura recomendamos (pode fazer o dowload clicando no link acima).
Todos temos consciência que prevenir custa menos dinheiro do que “remediar ou reparar”, mas existe uma enorme dificuldade em demonstrar este principio. Com este artigo podemos procurar soluções que apontem para uma resposta mais fácil a este problema, tornando evidente os benefícios dos programas de Segurança do Doente nas Instituições de Saúde.
domingo, 22 de junho de 2014
5 Ferramentas para observação do cumprimento da Higiene das Mãos
A seguir indicamos cinco
ferramentas para ajudar as organizações de saúde a observar e documentar o cumprimento
da higiene das mãos.
1. A OrganizaçãoMundial da Saúde oferece um formulário de observação livre, para download, que inclui uma tabela de
cálculo de conformidade básica, bem como recomendações gerais para uma observação
eficiente da higiene das mãos. Pode ainda encontrar todo o material em português
no microsite do PPCIRA da DGS no item “Campanha de Precauções Básicas”
2. O IndianaState Department of Health’s disponibiliza uma ferramenta de observação da
higienização das mãos que inclui instruções detalhadas para a equipa de controlo
de infecção e pessoal designado para atuar como observadores. Ela permite efectuar
30 observações separadas.
3. O Johns Hopkins Medicine desenvolveu duas ferramentas para ajudar as
organizações a observar e documentar o cumprimento da realização da higiene das
mãos. Uma
inclui quatro regras para a realização de observações da higiene das mãos, e a outra
ferramenta permite mais detalhes, como o tipo de quarto e tipo profissional de
saúde.
4. A empresa GOJO oferece um formuláriode observação da higienização das mãos adaptável para centros de cirurgia
de ambulatório.
5. A Park Nicollet Hospital, em St. Louis Park, Minnesota, oferece uma ferramentade observação que apresenta uma auditoria básica da adesão à higienização
das mãos.
Basta clicar nos link’s existentes no texto para ter
acesso a todas as ferramentas.
Fernando Fausto M. Barroso
sábado, 14 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
Violência nos Serviços de Saúde. Como Evitar?
Ninguém está completamente imune ou protegido da violência
no local de trabalho. No entanto, existem soluções que podem ser implementadas para
a sua segurança e para minimizar esta ameaça. Um factor chave na prevenção e diminuição
destes actos de violência é a nossa própria formação. Para começar, devemos primeiro
ser capazes de definir o que é a “violência no local de trabalho”.
A OSHA define a violência no local de trabalho como qualquer
acto ou ameaça de violência física, assédio, intimidação ou outro comportamento
ameaçador disruptivo que ocorra no local de trabalho. Pode variar entre ameaças
e agressões verbais para agressões físicas e até mesmo homicídio. Ela pode afectar
e envolver funcionários, doentes e visitantes.
A violência nos serviços
de saúde pode ser dividida em três categorias:
- Violência por parte de um colega de trabalho, um doente ou antigo doente, ou o familiar de um doente. Estas são as formas mais comuns de violência nos serviços de saúde. Lidar com a doença, lesões ou a morte causa uma variedade de respostas emocionais que podem conduzir à violência.
- Violência envolvendo um parceiro. Este é o clássico episodio do parceiro rejeitado que aparece no local de trabalho para cometer um ato de violência contra o/a seu/sua anterior parceiro(a).
- Ato aleatório de violência. Neste cenário, alguém chega ao serviço de saúde com a única intenção de roubar ou causar estragos. Isto pode incluir também indivíduos mentalmente instáveis, sem qualquer história prévia com o serviço de saúde.
domingo, 1 de junho de 2014
quinta-feira, 29 de maio de 2014
A Observação como ferramenta de Segurança do Doente
Estamos
habituados a executar o nosso trabalho de uma determinada forma. Possuímos
procedimentos e normas de orientação pensados para responder "a todas as
situações".
Mas
funcionam corretamente?
A
verdade é que muitas vezes não sabemos responder a esta questão.
Auditar
é uma ferramenta válida, mas ao fazê-lo necessitamos de conhecer
antecipadamente qual é o padrão de comparação e possuir uma ferramenta de
registo válida (uma checklist de auditoria por exemplo).
Mas
existe outra ferramenta. A observação não estruturada.
Observar
os cuidados, enquanto elemento externo e não interventivo, constitui uma fonte
de informação que é sobrestimada.
Observar
de forma critica a prática de cuidados permite identificar falhas latentes do
sistema de trabalho. Acompanhar o percurso do doente permite observar os
momentos de transição (passagem de informação) tão críticos para a qualidade
dos cuidados.
Quais
as vantagens e princípios básicos a respeitar numa observação?
•
Obter
autorização prévia dos responsáveis no Serviço.
•
Reservar
tempo suficiente à tarefa. Em 15 minutos as oportunidades são certamente
poucas.
•
Devemos
conhecer e compreender bem os cuidados que estamos a observar para podermos ser
críticos da ação.
•
Quem
observa deve ser um elemento “neutro” para a equipa (nem superior nem
subordinado).
•
Devemos
registar livremente e sem interferir tudo o que está a ser executado, como está
a ser executado, e quais as oportunidades de melhoria identificadas.
•
Devemos
respeitar a confidencialidade de todos os envolvidos (profissionais e doentes).
•
Devemos
elaborar um relatório com as observações efetuadas, sugerindo medidas
corretivas.
•
Devemos
disponibilizar explicações adicionais sobre o relatório se solicitado.
O desafio maior
recairá depois na utilização da informação.
O objetivo é melhorar
sem recriminar.
Fernando Fausto M. Barroso
domingo, 11 de maio de 2014
17 Coisas Que Cada Enfermeiro/a Devia Vivenciar
(Texto original de Katie Morales - Apr 21, 2014; Adaptado por Fernando Barroso)
Na minha opinião, existem 17
coisas que cada enfermeiro/a deve vivenciar num ponto ou noutro da sua
carreira.
No entanto, nem todas as experiências são positivas. Algumas são edificantes, algumas são assustadoras, e algumas são trágicas.
No entanto, todas vão ajudar a moldá-lo(a) para que se transforme no(a) melhor enfermeiro(a) que você pode ser.
- A honra de estar presente quando um doente tem sua primeira respiração ou seu último suspiro.
- A alegria de ter um doente a solicitar que seja você o seu enfermeiro(a).
- A agonia de ter um doente a solicitar outro(a) enfermeiro(a).
- O horror quando você percebe que cometeu um erro ou omissão.
- A emoção de ser um defensor do doente quando você desafia uma ordem insegura.
- A coragem de se recusar a executar uma ordem insegura.
- A alegria de ver um "doente sem esperança" a receber alta e a andar de forma independente.
- Ser um herói quando você denunciar suspeitas de negligência/abuso.
- Sentir admiração quando você presencia uma família a honrar o seu ente querido, expressando a sua vontade de que ele seja um doador de órgãos.
- Ser um herói ao salvar o dia aceitando um turno extra de um colega de trabalho em necessidade.
- Sacrificar-se ao doar o seu tempo pessoal, dinheiro ou esforço a um colega de trabalho ou um doente em necessidade.
- A gratificação de receber uma nota escrita de um doente agradecido.
- O medo e a realização de executar suporte imediato de vida (SIV) que salvam vidas fora do hospital enquanto está como “civil”.
- O dom de salvar uma vida.
- Experimentar o papel de ser você o doente.
- Estar no lugar certo na hora certa com a palavra ou ação correta.
- “Dar de volta” através de tutoria à próxima geração de enfermeiros(as).
E para si? Que outras
experiências não podem faltar?