quinta-feira, 20 de julho de 2017

A utilização de Smartphone no Bloco Operatório compromete a Segurança do Doente? | SD260

Manny Alvarez é médico, Professor Adjunto de Obstetrícia e Ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York. Ele ponderou os prós e contras do uso do smartphone na sala de operações num recente editorial para a Fox News Health.

Aqui estão cinco pensamentos sobre este assunto do Dr. Alvarez.
  1. Os smartphones permitem que os médicos no bloco operatório acedam a aplicativos médicos úteis, procure informações críticas ou solicitem ajuda rápida, se necessário. No entanto, de acordo com o Dr. Alvarez, os hospitais não podem monitorizar adequadamente os médicos para garantir que estes estejam a usar os seus telefones apenas para fins de trabalho.
  2. Os médicos e outros profissionais de saúde que usam os seus smartphones no bloco operatório para simplesmente "matar o tempo" prejudicam a segurança do doente, afirma o Dr. Alvarez.
  3. Ele também observou que os smartphones, que muitas vezes transportam bactérias, quando usados no bloco operatório aumentam o risco de infecção do doente.
  4. Os médicos usam o smartphone para aceder e compartilhar informações privadas do doente. Um relatório de 2016 da Skycure descobriu que 14% dos médicos armazenam dados do doente nos seus smartphones sem uma password e mais de 60% dos médicos transferem a informação do doente por meio de mensagem de texto (SMS).
  5. 5. "Embora os especialistas não consigam dar um número exacto de erros clínicos relacionados com os smartphones, estes dispositivos claramente aumentam o risco da segurança do doente", concluiu o Dr. Alvarez. "Os médicos (e outro pessoal clínico) devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para se manterem alerta e diminuir as infecções durante a cirurgia. Os Hospitais e o pessoal clínico devem actuar em conjunto para implementar uma estratégia e aplicá-la. Afinal, é a segurança do doente que está em jogo".
Será que estamos preparados para "limitar" o uso do smartphone em áreas sensíveis dos nossos Serviços de saúde?

E não só em "áreas sensíveis", mas também quando se está a cuidar de um doente, por exemplo, durante um transporte interno (é comum encontrar profissionais a empurrar uma cama ao mesmo tempo que consultam o seu smartphone).

Que mensagem estamos a passar ao nosso doente?

Estamos verdadeiramente atentos ao que se está a passar com ele? 

Reconhecemos estas questões como um risco potencial para a segurança do doente? Provavelmente não.

Fernando Barroso

4 comentários:

  1. Obrigado Fernando pelo seu texto. Muito bem escrito. Alexandre

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  2. Olá
    Smartphone, está a transformar-se numa verdadeira praga, quando em ambiente hospitalar...
    Vamos ter que encontrar o antídoto adequado.
    Cumprs
    Augusto

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