domingo, 28 de setembro de 2014

NOTIFIQ@ - Sistema Nacional de Notificação de Incidentes

Ficou "on-line" no passado dia 26 de Setembro o novo Sistema Nacional de Notificação de Incidentes - NOTIFIQ@

O novo sistema continua a utilizar como base a linguagem da CISD (Classificação Internacional para a Segurança do Doente), mas tudo foi reformulado, simplificando a notificação e a inclusão de informação.
O grande salto foi dado no entanto no "back-office" do sistema, o que permitirá aos Gestores Locais nomeados pelas Instituições uma verdadeira interação com as notificações, aproveitando o máximo da informação disponibilizada.
Este pode não ser ainda um sistema perfeito (estará longe disso), mas é um sistema que funciona, está em Portugal e tem uma equipa que vai ouvir as criticas construtivas, incorporando rapidamente as mudanças que venham a identificar-se como necessárias.

Para já, pedia-te que utilizassem o sistema, sem receios, mas com uma postura critica positiva.
De "Velhos do Restelo" estamos todos fartos.

Que dúvidas tens? quais são as tuas maiores objeções? Como posso ajudar?

Usa os comentários abaixo e deixa a tua opinião sobre o Sistema Nacional de Notificação de Incidentes - NOTIFIQ@
Fernando Barroso

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Folheto informativo – Guía Del Paciente Usuario de Urgencias.

Folheto informativo – guía del paciente usuario de urgencias from Fernando Barroso

Este fim-de-semana, quando arrumava algumas pastas, encontrei este folheto, muito interessante.
É um guia informativo dirigido aos doentes utilizadores do serviço de urgência do “Hospital Universitário de Sant Joan - Alicante, Espanha, local onde tive o privilégio de estagiar no âmbito do Programa HOPE, em 2007.
O mesmo contém “dicas” muito interessantes que podem ser aproveitadas.

Espero que gostem.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sabe qual é o item mais frequentemente deixado dentro de um doente cirúrgico?

De acordo com um artigo publicado no Journal of the American College of Surgeons, o item mais frequentemente deixado dentro dos doentes cirúrgicos é a esponja (compressa) cirúrgica, muitas vezes difícil de se ver uma vez embebida em sangue e empurrada para dentro de uma cavidade do corpo.

Um grupo de investigadores utilizou a informação existente na base de dados da University Health System Consortium Safety Intelligence para analisar quando as esponjas retidas eram imediatamente identificadas, versus quando elas eram identificadas numa data posterior.

Eles descobriram que as equipas cirúrgicas que utilizavam 2 métodos (contagem das esponjas e tecnologia de radiofrequência) tinham a melhor probabilidade de identificação de esponjas e evitar complicações relacionadas com objetos cirúrgicos retidos. Segundo a equipa, a radiofrequência foi a ferramenta mais precisa e eficaz em termos de custos para manter o controlo de objetos cirúrgicos.

Para saber como funciona esta nova tecnologia de radiofrequência pode ver um vídeo explicativo aqui.

De acordo com o CMS (Centers for Medicare & Medicaid Services), a incidência de objetos cirúrgicos retidos é de cerca de 1 em cada 6.000 cirurgias, ou 8.500 por ano nos Estados Unidos, com um custo de 63 mil dólares americanos por remoção de item.

Em Portugal ainda não existem dados agregados que permitam conhecer esta realidade.
E na sua Instituição, o que se passa?

domingo, 7 de setembro de 2014

2ª fase de inscrições para o Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente

Está aberta a 2ª fase de inscrições para o
 Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente
na ENSP- Universidade Nova de Lisboa.

Esta 2ª fase decorrerá até ao dia 18 de Setembro.
Para mais informações queiram por favor visitar em www.ensp.unl.pt

O Curso Internacional de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente é um curso de Extensão Universitária que resulta da parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública – Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz e da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
Destinatários - O Curso dirige-se a detentores do grau de licenciatura nas áreas da saúde ou áreas afins, que exerçam ou pretendam exercer funções em instituições de saúde nos diferentes níveis Cuidados de Saúde Primários (Atenção Primária), Cuidados Hospitalares e Cuidados Continuados, do sector público, privado ou social, no Brasil, em Portugal, nos PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e em Timor-Leste.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Exemplo de uma Avaliação de Risco. Mas afinal estava incompleta, faltava a ação…


O exemplo que queremos partilhar convosco é muito simples e pode ser considerado essencialmente como um risco "não clínico".

No final apresentamos ainda os 5 principais pontos de um levantamento de risco eficaz.

Um Serviço fez a seguinte Avaliação de Risco (resumo, com identificação protegida):

Identificação do perigo:
Riscos Associados:
Nº e caracterização de pessoas expostas:
A rampa situada na entrada da porta principal do Serviço encontra-se muito polida não possuindo qualquer tipo de aderência.
Desequilíbrio, queda de profissionais, doentes, (…).
Profissionais, Doentes (todos utilizam esta porta para acesso, entrada e saída do Serviço).
Probabilidade de ocorrência
Gravidade
Nível de risco
(com base na matriz de risco)
D
IV
4
Medidas corretivas/Preventivas:
Responsável:
Prazo:
Evidências:
Avaliação técnica especializada de modo a suprimir o risco.
O Serviço de Instalação e Equipamentos.
Atuação urgente (um mês)
(campo em branco)


O registo da avaliação foi posteriormente enviado para o grupo que efetua o acompanhamento do risco clínico na Instituição, que após análise considera que o mesmo está incompleto.

domingo, 17 de agosto de 2014

Incidentes de Segurança do Doente no Serviço de Urgência: Um Estudo Aponta as Principais Causas

De acordo com um estudo publicado na revista BMC Medicine Emergency, as falhas nos sistemas são quase duas vezes mais propensas do que os erros dos profissionais de contribuir para Incidentes de Segurança dos Doentes (ISD) nos Serviços de Urgência (SU).

Os investigadores realizaram um estudo de observação num grande SU ao longo de um período de dois anos. Durante o estudo, foram identificados 152 ISD.

Cada caso foi analisado relativamente a seis tipos de falhas do sistema – Triagem; Trabalho em equipa no SU; Trabalho em equipa no hospital; Ambiente de trabalho no SU; Ambiente de trabalho hospitalar e Admissão do doente - e cinco erros baseados na prática do profissional de saúde – Grande erro cognitivo, Erro cognitivo, Falha na interpretação de uma radiográfica; Desvio de politica ou procedimento, e; Erro de procedimento.

No total, foram identificados 188 falhas dos sistemas e 96 erros com base na prática do profissional que contribuíram para os 152 ISD’s

Destes 152 casos, 12 levaram a danos ao doente, sendo que as falhas dos sistemas foram identificados em 11 dos 12 casos.

Os autores do estudo concluíram que "para reduzir efectivamente os Incidentes de Segurança dos Doentes, as iniciativas de melhoria da qualidade dos Serviços de Urgência devem concentrar-se na redução das falhas no sistema".

Fernando Fausto M. Barroso

sábado, 16 de agosto de 2014

Higiene das Mãos ou Limpeza Ambiental: O que é mais eficaz?

Embora tanto a higiene adequada das mãos como a limpeza do ambiente sejam essenciais para as estratégias de prevenção da infecção nos serviços de saúde, avaliar o efeito de cada uma das estratégias é importante para que os hospitais e outras instituições prestadoras de cuidados poderem alocar recursos convenientemente.

Um estudo recentemente publicado “Preventing the transmission of multidrug-resistantorganisms: modeling the relative importance of hand hygiene and environmentalcleaning interventions.” afirma que "são necessários esforços e recursos significativos para melhorar a aderência em qualquer uma destas áreas,". "Quando as instalações de saúde estão a investir os seus recursos limitados nas estratégias de prevenção da infecção, seria útil saber qual a estratégia que é provável que tenha o maior impacto na prevenção da transmissão."
Para encontrar a resposta, os investigadores desenvolveram um modelo de transmissão da infecção através das mãos dos profissionais de saúde colonizados e dos quartos com uma limpeza incompleta numa Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). Enfermeiros e médicos tinham níveis de adesão à higienização das mãos distintas. Os investigadores simularam 175 cenários e compararam os efeitos da mudança da taxa de higiene das mãos e da taxa de limpeza ambiental sobre a transmissão de Acinetobacter baumannii, Staphylococcus aureus methicillin-resistant e enterococos resistentes à vancomicina.

Eles descobriram que aumentar a adesão à higienização das mãos superava os aumentos iguais na perfeição da limpeza dos quartos - um aumento de 10% na conformidade da higiene das mãos e um aumento de 20% na limpeza rigorosa dos quartos teve o mesmo efeito sobre a redução da transmissão dos organismos.

Assim, aumentar a taxa de cumprimento da higiene das mãos deve ser importante para as instalações com taxas atuais de conformidade baixa. No entanto, "a limpeza do meio ambiente pode ter um benefício significativo para os hospitais ou unidades individuais que têm níveis de conformidade para a higiene das mãos alta ou uma taxa baixa no rigor de limpeza."
A tudo isto não é certamente alheia a nova campanha do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – A Campanhadas Precauções Básicas de Controlo de Infeção - CPBCI  lançada a 5 de Maio de 2014, integra o módulo da Higiene das Mãos que já está em curso desde 2009, ao qual se irão sendo acrescentados os outros componentes das Precauções Básicas. Estão previstos para 2014 e 2015, a abordagem a dois componentes: o Uso de Luvas e a Higiene e controlo ambiental. Em 2015 e posteriormente, irão sendo integrados os restantes componentes.
Fernando Fausto M. Barroso

sábado, 9 de agosto de 2014

Sabia que a utilização de luzes intermitentes pode aumentar a taxa de adesão à higiene das mãos?

A taxa de adesão à higiene das mãos duplicou num hospital, após colocação de luzes vermelhas intermitentes junto dos dispensadores de desinfetante das mãos, de acordo com um estudo publicado no American Journal of Infection Control.
A taxa de adesão inicial foi de 12,4%, determinada através de uma observação dissimulada de oito dispensadores de Solução Aquosa de Base Alcoólica (SABA) colocados perto da entrada principal do hospital.
Em seguida, as luzes vermelhas foram colocadas em quatro dos oito dispensadores e a observação das práticas de higienização das mãos foi retomada, em dois ciclos em Janeiro e Abril de 2013.
Os investigadores verificaram que a utilização da luz vermelha aumentou a conformidade para 23,5% no tempo frio e para 27,1% durante o tempo quente.

No geral, a taxa média de cumprimento aumentou para 25,3%.

Os autores do estudo concluíram "Nós colocamos a hipótese de que a nossa intervenção chamou a atenção para os distribuidores, que em seguida lembrou os funcionários e visitantes para a importância da lavagem das mãos".

Clique no link abaixo para ter acesso ao estudo completo do American Journal of Infection Control - A study of the efficacy of flashing lights to increase the salience ofalcohol-gel dispensers for improving hand hygiene compliance

Outros recursos interessantes sobre este tema:
Apresentação Power-Point com diferentes abordagens à monitorização da higiene das mãos – ExploringNew Developmentsin Hand Hygiene

Fernando Fausto M. Barroso

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

40% Das Informações Críticas São Omitidas Na Passagem De Turno Da Manhã – Resultados de um estudo

Parece estar a faltar uma comunicação completa durante as passagens de turno da manhã, de acordo com um estudo no JAMA Internal Medicine.

Os investigadores observaram estudantes de medicina do terceiro ano e os internos do primeiro e do segundo ano durante as suas passagens de turno da manhã após um turno da noite.

Eles verificaram que os estagiários do turno da noite omitiram 40,4% dos "problemas clinicamente importantes" durante estas passagens de turno da manhã.

Além disso, os estagiários não documentaram nenhum desses problemas no processo clínico do doente em 85,8% das vezes.

De acordo com o estudo, os investigadores sugerem que “os programas de treino devem introduzir atividades educativas e de mudanças de fluxo de trabalho, e atribuir tempo dedicado e um ambiente livre de distrações, para melhorar a passagem da informação.”

Este é um problema que afeta também outros profissionais com deixámos claro no artigo Passagem de Turno em Enfermagem e a Segurança do Doente.


Uma comunicação clara, completa e a vontade (de ambas as partes) para ouvir são certamente uma chave importante para a segurança do doente.
Fernando Fausto M. Barroso

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Revista Cuid’arte Ano 7 nº11

Divulgação da Revista Cuid’arte Ano 7 nº11, Uma revista de enfermagem do Centro Hospitalar de Setúbal
Pode aceder à mesma e a outras edições através do blog da revista em http://cuidartesetubal.blogspot.pt
Todos são convidados a colaborar com a revista através do envio de sugestões e artigos para publicação (normas disponíveis no blog).

sábado, 2 de agosto de 2014

Implementar Programas de Qualidade e de Segurança do Doente: Que Ganhos Podemos Esperar?

Autores: Paulo Sousa e João Lage

A segurança e a qualidade num sistema de saúde têm uma expressão individual e sistémica: o doente submete-se a cuidados progressivamente mais tecnológicos, invasivos e fragmentados numa organização que pretende garantir que o ganho em complexidade não se traduza simultaneamente em maior risco e lesão. 

Qualidade e segurança são habitualmente difíceis de quantificar. Que definições usar? Quais as medidas adequadas para avaliar lesão, erro ou fiabilidade? São necessárias medidas objetivas e úteis que permitam a monitorização, pelas equipas de saúde, dos ganhos obtidos na implementação de planos de melhoria da prática clínica. Nas equipas de saúde é frequente a incompreensão dos conceitos de qualidade e segurança. 

Com base na experiência de 12 anos da implementação de um programa de Qualidade e Gestão de Risco num Centro Hospitalar de Lisboa, tentamos aqui responder a algumas das questões que são habitualmente levantadas sobre o tema.

Para acesso ao artigo:

domingo, 20 de julho de 2014

Os médicos cometem erros. Podemos falar sobre isso?

Todos os médicos cometem erros (aliás, todos os profissionais que trabalham no setor da saúde - Enfermeiros, Fisioterapeutas, TDT's, Assistentes Operacionais e Técnicos, Administradores, etc...).

Mas,  o médico Brian Goldman diz que a cultura de negação (e vergonha) da medicina impede os médicos de alguma vez falarem sobre esses erros, ou utilizá-los para aprender e melhorar.

Ele conta histórias de sua própria longa prática clínica e convida os médicos a começarem a falar sobre “estar errado”. (Filmado em TEDxToronto.)

sábado, 19 de julho de 2014

What Can We Learn From Stories of Self-Diagnosis?

O que podemos aprender com as histórias de Doentes que definem o seu próprio diagnóstico, quando os médicos não o conseguem fazer?


Isso é o que podemos descobrir nesta newsletter (em inglês) que contêm histórias bem interessantes e principalmente sobre a importância de uma COMUNICAÇÃO eficaz de parte-a-parte.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Botões dos Elevadores nos Hospitais Mais Contaminados do Que os WC’s

De acordo com uma pesquisa publicada recentemente no “Open Medicine” os botões dos elevadores de um Hospital estão normalmente colonizados por bactérias, e têm uma maior prevalência de colonização do que as superfícies das casas-de-banho (WC’s).

Os investigadores realizaram zaragatoas em 120 botões de elevadores – quer em botões no interior quer no exterior dos elevadores – e em 96 superfícies de WC’s em três hospitais de cuidados agudos em Toronto.
A prevalência de colonização por bactérias nos botões dos elevadores foi de 61%, em oposição à prevalência de 43% dos WC’s. No entanto, a maioria das bactérias encontradas não eram clinicamente relevantes.
De acordo com os investigadores o risco de transmissão de microorganismos através dos botões do elevador pode ser mitigado por medidas preventivas simples. Eles sugeriram a colocação estratégica de distribuidores de solução desinfectante das mãos de base alcoólica, dentro e fora dos elevadores e aumentar a educação pública sobre a necessidade de higiene das mãos para as pessoas que utilizam frequentemente os elevadores.
Fazer os botões do elevador suficientemente grandes para permitir que sejam pressionados com os cotovelos também poderia reduzir a transmissão de microorganismos.

E na sua Instituição, ou Prédio de Habitação, com que frequência são limpos os botões do elevador?

Fonte: Open Medicine
Fernando Fausto M Barroso

domingo, 6 de julho de 2014

Segundo Relatório da Comissão Europeia sobre a implementação da RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO sobre a segurança dos pacientes, incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde

A Comissão Europeia divulgou a 19 de Junho de 2014 o Segundo Relatório ao Conselho Europeu (em inglês) relativo à implementação da RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO de 9 de Junho de 2009 sobre a segurança dos pacientes, incluindo a prevenção e o controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde (2009/C 151/01).

Recomendamos a leitura atenta deste documento, e salientamos aqui alguns pontos das suas conclusões:

Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS)

Ao conduzir à adopção de uma definição geral e específica para IACS e fornecer uma metodologia e moldura padronizada para a vigilância nacional de IACS, a acção a nível da União Europeia (EU) contribuiu para o fortalecimento dos sistemas de vigilância das IACS na UE.
Em particular, o estudo europeu de prevalência do ECDC de IACS e uso de antimicrobianos em 2011-12 contribuiu para a melhoria da recolha de dados sobre a IACS, mesmo em Estados-Membros que ainda não haviam começado com esta actividade.

Os relatórios “pointprevalence report - ECDC” e “Commission’sfirst implementation report” indicam que os Estados-Membros devem concentrar os seus esforços em assegurar a vigilância orientada das IACS do local cirúrgico, unidades de cuidados intensivos, casas-de-repouso e outras instalações de cuidados de longa duração.
São necessárias novas medidas a implementar pelos Estados-Membros para melhorar a recolha de informação de rotina sobre IACS, desenvolvimento de directrizes de diagnóstico nacionais, formação continuada dos profissionais de saúde na aplicação de definições de IACS e o reforço da capacidade dos laboratórios e outras capacidades de diagnóstico em instituições de saúde.

Mais especificamente, o estudo de prevalência efectuado em toda a Europa - destacou a necessidade de assegurar:
● um número suficiente de profissionais especializados em controle de infecção a colocar em hospitais e outras instituições de saúde;
● capacidade de isolamento suficiente para doentes infectados com microorganismos clinicamente relevantes nos hospitais de cuidados agudos;
● vigilância padronizada do consumo de Solução alcoólica para as mãos.
(…)

Segurança do Doente

A recomendação tem levantado com sucesso a consciencialização sobre a segurança do doente a nível político e provocou mudanças, como o desenvolvimento de estratégias e programas nacionais de segurança dos doentes e o desenvolvimento de sistemas de informação e de aprendizagem em muitos Estados-Membros da UE. Foi criado um clima propício para a melhoria da segurança dos doentes na UE.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Injeções - Práticas Seguras

O Centers for Disease Control and Prevention  (CDC) criou dois vídeos para promover práticas de injeção segura através da sua campanha “One & Only"” em conjunto com a Safe InjectionPractices Coalition.

Os vídeos, intitulados "Check Your Steps! Make Every Injection Safe” e "Managing Patient Safety, One Injection at a Time", contêm informações direccionadas ao prestadores de cuidados e gestores de instituições de saúde, destinadas a reforçar o conhecimento sobre o controlo da infecção.
Pode ver a seguir os vídeos desta campanha.

Vídeo - "Check Your Steps! Make Every Injection Safe”

Vídeo - "Managing Patient Safety, One Injection at a Time"

Caso esteja interessado, pode aceder aqui a mais material da campanha One & Only

Fernando Fausto M. Barroso

domingo, 29 de junho de 2014

Quanto Custam os Eventos Adversos

Artigo Original - Impacto económico de los eventos adversos en los hospitales espanoles a partir del Conjunto Mínimo Básico de Datos.

Este é um excelente artigo que contribui para um melhor conhecimento acerca dos custos associados aos eventos adversos, e cuja leitura recomendamos (pode fazer o dowload clicando no link acima).

Todos temos consciência que prevenir custa menos dinheiro do que “remediar ou reparar”, mas existe uma enorme dificuldade em demonstrar este principio. Com este artigo podemos procurar soluções que apontem para uma resposta mais fácil a este problema, tornando evidente os benefícios dos programas de Segurança do Doente nas Instituições de Saúde.

domingo, 22 de junho de 2014

5 Ferramentas para observação do cumprimento da Higiene das Mãos

A seguir indicamos cinco ferramentas para ajudar as organizações de saúde a observar e documentar o cumprimento da higiene das mãos.

1. A OrganizaçãoMundial da Saúde oferece um formulário de observação livre, para download, que inclui uma tabela de cálculo de conformidade básica, bem como recomendações gerais para uma observação eficiente da higiene das mãos. Pode ainda encontrar todo o material em português no microsite do PPCIRA da DGS no item “Campanha de Precauções Básicas”

2. O  IndianaState Department of Health’s disponibiliza uma ferramenta de observação da higienização das mãos que inclui instruções detalhadas para a equipa de controlo de infecção e pessoal designado para atuar como observadores. Ela permite efectuar 30 observações separadas.

3. O Johns Hopkins Medicine desenvolveu duas ferramentas para ajudar as organizações a observar e documentar o cumprimento da realização da higiene das mãos. Uma inclui quatro regras para a realização de observações da higiene das mãos, e a outra ferramenta permite mais detalhes, como o tipo de quarto e tipo profissional de saúde.

4. A empresa GOJO oferece um formuláriode observação da higienização das mãos adaptável para centros de cirurgia de ambulatório.

5. A Park Nicollet Hospital, em St. Louis Park, Minnesota, oferece uma ferramentade observação que apresenta uma auditoria básica da adesão à higienização das mãos.

Basta clicar nos link’s existentes no texto para ter acesso a todas as ferramentas.
Fernando Fausto M. Barroso

domingo, 8 de junho de 2014

Violência nos Serviços de Saúde. Como Evitar?

Ninguém está completamente imune ou protegido da violência no local de trabalho. No entanto, existem soluções que podem ser implementadas para a sua segurança e para minimizar esta ameaça. Um factor chave na prevenção e diminuição destes actos de violência é a nossa própria formação. Para começar, devemos primeiro ser capazes de definir o que é a “violência no local de trabalho”.

A OSHA define a violência no local de trabalho como qualquer acto ou ameaça de violência física, assédio, intimidação ou outro comportamento ameaçador disruptivo que ocorra no local de trabalho. Pode variar entre ameaças e agressões verbais para agressões físicas e até mesmo homicídio. Ela pode afectar e envolver funcionários, doentes e visitantes.
A violência nos serviços de saúde pode ser dividida em três categorias:
  • Violência por parte de um colega de trabalho, um doente ou antigo doente, ou o familiar de um doente. Estas são as formas mais comuns de violência nos serviços de saúde. Lidar com a doença, lesões ou a morte causa uma variedade de respostas emocionais que podem conduzir à violência.
  • Violência envolvendo um parceiro. Este é o clássico episodio do parceiro rejeitado que aparece no local de trabalho para cometer um ato de violência contra o/a seu/sua anterior parceiro(a).
  • Ato aleatório de violência. Neste cenário, alguém chega ao serviço de saúde com a única intenção de roubar ou causar estragos. Isto pode incluir também indivíduos mentalmente instáveis, sem qualquer história prévia com o serviço de saúde.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Observação como ferramenta de Segurança do Doente

Estamos habituados a executar o nosso trabalho de uma determinada forma. Possuímos procedimentos e normas de orientação pensados para responder "a todas as situações".
Mas funcionam corretamente?

A verdade é que muitas vezes não sabemos responder a esta questão.
Auditar é uma ferramenta válida, mas ao fazê-lo necessitamos de conhecer antecipadamente qual é o padrão de comparação e possuir uma ferramenta de registo válida (uma checklist de auditoria por exemplo).

Mas existe outra ferramenta. A observação não estruturada.
Observar os cuidados, enquanto elemento externo e não interventivo, constitui uma fonte de informação que é sobrestimada.
Observar de forma critica a prática de cuidados permite identificar falhas latentes do sistema de trabalho. Acompanhar o percurso do doente permite observar os momentos de transição (passagem de informação) tão críticos para a qualidade dos cuidados.

Quais as vantagens e princípios básicos a respeitar numa observação?
    Obter autorização prévia dos responsáveis no Serviço.
    Reservar tempo suficiente à tarefa. Em 15 minutos as oportunidades são certamente poucas.
    Devemos conhecer e compreender bem os cuidados que estamos a observar para podermos ser críticos da ação.
    Quem observa deve ser um elemento “neutro” para a equipa (nem superior nem subordinado).
    Devemos registar livremente e sem interferir tudo o que está a ser executado, como está a ser executado, e quais as oportunidades de melhoria identificadas.
    Devemos respeitar a confidencialidade de todos os envolvidos (profissionais e doentes).
    Devemos elaborar um relatório com as observações efetuadas, sugerindo medidas corretivas.
    Devemos disponibilizar explicações adicionais sobre o relatório se solicitado.

O desafio maior recairá depois na utilização da informação.

O objetivo é melhorar sem recriminar.
Fernando Fausto M. Barroso

domingo, 11 de maio de 2014

17 Coisas Que Cada Enfermeiro/a Devia Vivenciar

(Texto original de Katie Morales - Apr 21, 2014; Adaptado por Fernando Barroso)

Na minha opinião, existem 17 coisas que cada enfermeiro/a deve vivenciar num ponto ou noutro da sua carreira.

No entanto, nem todas as experiências são positivas. Algumas são edificantes, algumas são assustadoras, e algumas são trágicas.

No entanto, todas vão ajudar a moldá-lo(a) para que se transforme no(a) melhor enfermeiro(a) que você pode ser.
  1. A honra de estar presente quando um doente tem sua primeira respiração ou seu último suspiro.
  2. A alegria de ter um doente a solicitar que seja você o seu enfermeiro(a).
  3. A agonia de ter um doente a solicitar outro(a) enfermeiro(a).
  4. O horror quando você percebe que cometeu um erro ou omissão.
  5. A emoção de ser um defensor do doente quando você desafia uma ordem insegura.
  6. A coragem de se recusar a executar uma ordem insegura.
  7. A alegria de ver um "doente sem esperança" a receber alta e a andar de forma independente.
  8. Ser um herói quando você denunciar suspeitas de negligência/abuso.
  9. Sentir admiração quando você presencia uma família a honrar o seu ente querido, expressando a sua vontade de que ele seja um doador de órgãos.
  10. Ser um herói ao salvar o dia aceitando um turno extra de um colega de trabalho em necessidade.
  11. Sacrificar-se ao doar o seu tempo pessoal, dinheiro ou esforço a um colega de trabalho ou um doente em necessidade.
  12. A gratificação de receber uma nota escrita de um doente agradecido.
  13. O medo e a realização de executar suporte imediato de vida (SIV) que salvam vidas fora do hospital enquanto está como “civil”.
  14. O dom de salvar uma vida.
  15. Experimentar o papel de ser você o doente.
  16. Estar no lugar certo na hora certa com a palavra ou ação correta.
  17. “Dar de volta” através de tutoria à próxima geração de enfermeiros(as).


E para si? Que outras experiências não podem faltar?

terça-feira, 6 de maio de 2014